domingo, 22 de dezembro de 2013

Empreza Brasileira de Auto Omnibus

“Aos seis dias do mês de setembro de mil novecentos e vinte e sete, perante o Senhor Inspetor de Concessões da Prefeitura do Distrito Federal, compareceram os Senhores Zaka Saad e Jorge Zouain, neste ato designados pela palavra Contratantes, para assinar um Termo de Obrigação e declaram que pelo presente termo se obrigam a estabelecer um serviço regular de transporte de passageiros por meio de ônibus-automóveis entre Engenho de Dentro e o Palácio Monroe, sob as seguintes condições”:

O preço das passagens seria cobrado à razão de $200 (duzentos réis) por viagem de ida ou de volta, por seções de dois mil (2.000) metros;

Tinha como itinerário Rua Engenho de Dentro, Rua Dias da Cruz, Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República (lado do Quartel General), Rua Marechal Floriano Peixoto, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco e Palácio Monroe. A volta seria pela Rua Senador Eusébio em vez de Visconde de Itaúna;

Era composta por sete seções: Engenho de Dentro ao Méier, $200 (duzentos réis); Méier ao Sampaio, $200 (duzentos réis); Sampaio a São Francisco Xavier, $200 (duzentos réis); São Francisco Xavier à Rua Dona Zulmira, $200 (duzentos réis); Rua Dona Zulmira à Rua Afonso Pena, $200 (duzentos réis); Rua Afonso Pena à Rua Machado Coelho, $200 (duzentos réis); Rua Machado Coelho à Rua Camerino, $200 (duzentos réis); e Rua Camerino ao Palácio Monroe, $200 (duzentos réis). As passagens da Estação do Méier ao Palácio Monroe eram cobradas à razão de 1$200 (hum mil e duzentos réis) (1).

[Informação do pesquisador Luiz Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]

(Jornal do Brasil, 11/05/1928)


Posteriormente, foi lavrado o Termo Aditivo, de 9 de maio de 1928, mediante o qual foi estabelecida a linha Meyer x Monroe, da mesma forma distribuída por sete seções, de $200  (duzentos réis) cada e a direta de 1$200 (hum mil e duzentos réis).

Sua garagem era na Rua São Francisco Xavier, nº 601, na Aldeia Campista.

[Informação do pesquisador Luiz Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]

(Jornal do Brasil, 01/03/1929)

Essa linha foi ampliada até o Engenho de Dentro, e em 18 de fevereiro de 1929 substituída para Vila Isabel x Monroe, através de outro Termo Aditivo.

Seu itinerário era Palácio Monroe, Av. Rio Branco, Rua Visconde de Inhaúma, Rua Marechal Floriano, Praça da República, Rua Senador Eusébio, Rua Francisco Bicalho, Rua Mariz e Barros, Rua São Francisco Xavier, Av. 28 de Setembro e Praça Barão de Drummond.

Suas seções eram Monroe à Camerino, $200 (duzentos réis), de Camerino à Machado Coelho, $200 (duzentos réis), de Machado Coelho à Affonso Penna, $200 (duzentos réis), de Affonso Penna à D. Zulmira, $200 (duzentos réis) e da D. Zulmira à Praça Barão de Drummond, $200 (duzentos réis), com as ‘diretas’ a $800 (oitocentos réis).

[Informação do pesquisador Luiz Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]

(Jornal do Brasil, 27/02/1929)

No mesmo ano, outro Termo Aditivo, este em 15 de maio de 1929, para substituir a linha Monroe x Engenho Novo pela linha Uruguay x Monroe. Também com cinco seções, nos mesmos $200 (duzentos réis) cada. Curiosamente, este termo não faz qualquer referência a direta.

[Informação do pesquisador Luiz Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]

Por último, o Termo de Transferência, em 30 de junho de 1929, mediante o qual a empresa Zaki, Jorge & Nassur – razão social da Empreza Brasileira de Auto Omnibus – transferiu todos os ônus e vantagens decorrentes do Termo de Obrigação assinado em 06/09/1927, ao senhor J. M. Bell, representante da Auto Omnibus S.A., ex-Auto Omnibus Ltda.

[Informação do pesquisador Luiz Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]

(Jornal do Brasil, 15/06/1929)

(Jornal do Brasil, 03/08/1929)


Referência:

(1) – Jornal do Brasil, 09/09/1927

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

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