domingo, 28 de dezembro de 2014

Transporte Guaratiba Ltda.

Em 1 de fevereiro de 1932, através de Francisco Penalva Santos, proprietário da Transporte Guaratiba Ltda., é assinado o Termo de Obrigação, com a finalidade de estabelecer linhas de transporte de passageiros entre Campo Grande x Barra de Guaratiba, Campo Grande x Pedra e Campo Grande x Rio da Prata do Cabuçu, utilizando “omnibus-automóveis” e tendo como sede e garagem a Estrada do Monteiro, nº 531 – Campo Grande.  

Itinerário da linha Campo Grande x Barra de Guaratiba: Campo Grande, Monteiro, Mato Alto, Inspetoria Agrícola, Entrada do Curral Grande, Largo da Ilha, Xavier e Campo de São João da Barra de Guaratiba, tendo as seguintes seções: Campo Grande ao Monteiro, $400 (quatrocentos réis); Monteiro ao Mato Alto (Almerinda), $400 (quatrocentos réis); Mato Alto à Inspetoria Agrícola, $400 (quatrocentos réis); Inspetoria Agrícola à Entrada do Curral Grande, $400 (quatrocentos réis); Curral Grande ao Largo da Ilha, $400 (quatrocentos réis); Largo da Ilha ao Xavier, $400 (quatrocentos réis); Xavier ao Campo de São João, $400 (quatrocentos réis) e Campo de São João à Barra de Guaratiba, $400 (quatrocentos réis).

Itinerário da linha Campo Grande x Pedra: Campo Grande, Monteiro, Chambon, Quebra Carros, Entrada Catruz e Largo do Barroso, com as seguintes seções: Campo Grande ao Monteiro, $400 (quatrocentos réis); Monteiro ao Chambon, $400 (quatrocentos réis); Chambon ao Quebra Carros, $400 (quatrocentos réis); Quebra Carros a Entrada Catruz, $400 (quatrocentos réis) e Entrada Catruz ao Largo do Barroso, $200 (duzentos réis).

Itinerário da linha Campo Grande x Rio da Prata do Cabuçu: Campo Grande, Joary e Rio da Prata, obedecendo às seções: Campo Grande a Joary, $400 (quatrocentos réis); Joary ao Rio da Prata, $300 (trezentos réis) (1).

Em nenhuma das linhas há referência dos preços das passagens diretas delas. 

De acordo com os anexos a seguir, a Junta Comercial, em 11 de maio de 1933, publica o registro oficial da empresa com seus sócios e capital, por um prazo indeterminado e confirmando suas atividades comerciais e localização, indicado no endereço citado acima.

(Correio da Manhã, 15/05/1933)

Várias intimações e multas recebidas indicam a existência da empresa em 1936 e intima fazendo respeito a “requerer aprovação de fichas indicadoras de seção” e “requerer aprovação de emblemas para uso de seus empregados no tráfego”, “sob pena de multa” (2).

Vemos na matéria a seguir, que os “pegas” ou “rachas”, como eram chamados, já eram de praxe e praticados pelos motoristas de empresas cariocas. A matéria cita uma fiscalização em Madureira, onde oito veículos foram apreendidos e retirados de circulação, entre eles da Guaratiba, da São José e também da Mendanha, devido ao abuso na condução do veículo, provavelmente correndo devido ao “bife” (pagamento extra recebido, pelo motorista, para cada passageiro adicional pego, daquilo que fora estabelecido pela empresa para o dia).

Essa matéria e a localização das multas, Madureira, “sugere” que a empresa possa ter tido alguma linha para aquele bairro ou que por lá passasse, assim como as outras duas. 

(A Noite, 08/03/1937)

Nossa última referência trata-se de um despacho da Diretoria dos Serviços de Utilidade Pública (19/07/1937), “deferido, nos termos da informação” (3).

Ela foi mais uma, das muitas pequenas empresas dos subúrbios cariocas, que não duraram muito tempo, principalmente pela precariedade e falta de estrutura das ruas e estradas da época. Provavelmente terminou em 1937.

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 03/02/1932.
(2) – Jornal do Brasil, 28, 29 e 30/08/1936.
(3) – Jornal do Brasil, 20/07/1937.

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

domingo, 21 de dezembro de 2014

Viação Bomsuccesso / Viação Oriente

Em 18 de janeiro de 1933, o Sr. Olympio Barreto, proprietário e razão social da Viação Bomsuccesso (grafia da época), assinou um Termo Inicial de Obrigação, comprometendo-se a estabelecer um serviço de transporte de passageiros por meio de “auto-lotação”, da Estação de Bonsucesso à Praça Dr. Miguel (Apicu) – Ramos. A sede da empresa localizava-se à Rua Jequiriçá, nº 200 – Penha.

Itinerário da linha: Rua Dr. Cardoso de Moraes, Estrada do Norte [atual Av. Teixeira de Castro] e Estrada Engenho da Pedra, até a Praça Dr. Miguel.

Tarifa: $200 (duzentos réis), por todo o percurso (1).

Já em 29 de março do mesmo ano, o mesmo Olympio Barreto assinava um termo aditivo, substituindo a denominação de Viação Bomsuccesso para Viação Oriente, mantendo-se as condições do termo inicial de 18/01/1933 (2). Ou seja, chega-se à conclusão de que a Viação Bomsuccesso teve curtíssima duração, exatamente setenta dias.

Aproximadamente dois meses depois, a 25 de maio de 1933, foi publicada pelo ‘Jornal do Brasil’ uma intimação da Inspetoria de Concessões da PDF, com o seguinte exato teor:

“Foi intimada a empreza ‘Viação Oriente’ a cumprir os horários approvados para as suas linhas licenciadas, sob pena de cassação da licença” (3).

Vejam que a intimação refere-se a “suas linhas licenciadas”, o que nos faz concluir que a empresa detinha mais de uma concessão.

O periódico ‘Diário da Noite’ publicou nota semelhante. Leiam a seguir:

(Diário da Noite, 26/05/1933)

E nada mais localizamos em jornais sobre a Viação Oriente, também uma empresa de curta duração.

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 20/01/1933.
(2) – Jornal do Brasil, 30/03/1933.
(3) – Jornal do Brasil, 26/05/1933.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 14 de dezembro de 2014

Viação Mendanha

A primeira referência que encontramos sobre a Viação Mendanha relaciona-se a um despacho “deferido” a 2 de dezembro de 1932, sem maiores detalhes (1).

Já em setembro de 1939, através de uma notícia publicada no periódico ‘Correio da Manhã’, verificamos que a empresa havia licenciado dois novos veículos naquele ano.

(Correio da Manhã, 26/09/1939)

Um apelo dirigido por moradores da localidade de Mendanha, em Campo Grande, ao Conselho Nacional do Petróleo, publicado em fevereiro/1943 na seção de cartas dos leitores do jornal ‘Diário de Notícias’, solicitava uma quota maior de gasolina para a empresa da zona oeste, a fim de que a mesma pudesse prestar um melhor serviço aos usuários. Certamente era o reflexo dos tempos difíceis da II Guerra Mundial.

(Diário de Notícias, 13/02/1943)

Pequeno anúncio da empresa, mencionando a razão social Viação Mendanha Ltda., foi divulgado em março/1944 no ‘Jornal do Brasil’, no qual o então proprietário, Avelino Lopes da Silva Filho, informava ter adquirido a Viação Santa Cruz do Sr. Ataualpa Pereira da Silva (2).

Nova carta dos leitores do ‘Diário de Notícias’, agora em setembro/1949, mencionava uma linha que era então explorada pela Viação Mendanha: Campo Grande x Serrinha. As reclamações quanto às viagens muito espaçadas e com os ônibus superlotados repetiam-se.

(Diário de Notícias, 22/09/1949)

Mais uma reclamação dos moradores com relação à Viação Mendanha, agora publicada no jornal ‘A Manhã’, em fevereiro/1950, denunciava que os ônibus da empresa não os estavam conduzindo ao ponto final da linha, a localidade de Serrinha, só os levando “até a metade da viagem” e cobrando “o mesmo preço da passagem”.

(A Manhã, 15/02/1950)

Através da notícia de um grave acidente ocorrido em junho/1951 na Estrada do Monteiro, em Campo Grande, publicada no periódico ‘A Noite’, verificamos que a Viação Mendanha estava operando uma nova linha, “Pedra” (de Guaratiba).

(A Noite, 06/06/1951)

Outra linha que a empresa operou foi a Barra (de Guaratiba) x Campo Grande. Vejam adiante a notícia de um atropelamento que teve lugar em julho/1955 na mesma Estrada do Monteiro do acidente acima mencionado, no qual um veículo da linha “Barra” esteve envolvido.

Diário Carioca, 24/07/1955)

Foi a última referência que localizamos em jornais sobre a Viação Mendanha.

Notas:

(a) – Pelo livro ‘Guerra de Posições na Metrópole’ verificamos que a empresa teve sua garagem à Estrada do Mendanha, nº 944.

(b) – E através de pesquisas realizadas no D.O.U./DF, tomamos conhecimento que a Viação Mendanha operou com a linha S-53 – Campo Grande x Mendanha, de 1939 a 1956, bem como a linha Campo Grande x Serrinha, em 1957 e a S-43 – Bangu x Largo do Mendanha, esta em 1958. A linha Campo Grande x Mendanha posteriormente foi explorada pela Viação Garcia Ltda.

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 03/12/1932.
(2) – Jornal do Brasil, 03/03/1944.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

Viação Thelmo

Essa empresa, se não fosse por duas publicações em livros, passaria totalmente despercebida de nós e de quem mais fosse procurar sobre ela, tendo como fonte os periódicos da época. Nada, absolutamente nada, foi encontrado em nossas pesquisas nesses locais e não foram poucas as nossas tentativas!

O que somente sabemos dela, é que sua razão social e seu proprietário foi Cezar Magalhães, tendo seu Termo de Concessão assinado em 19 de outubro de 1930, para operar na linha Penha x Praça do Carmo.

Era um trajeto curto e não deve ter tido sucesso, pois aparentemente ela deixou de operar em 1931.

Se alguém souber de algo que acrescente mais informações para a matéria, agradeceremos o contato.

[Informações obtidas nos livros ‘Guerra de Posições na Metrópole’ e Prefeitura do Distrito Federal, de Noronha Santos.]

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

domingo, 7 de dezembro de 2014

Viação Cruz de Malta

No Termo de Obrigação Inicial, de 23 de outubro de 1931, assinado pelos representantes da Viação Cruz de Malta, através de João Lopes da Silva Campos e Albino Ribeiro – razão social da empresa –, foi estabelecida a linha Estação do Meyer x Estação da Piedade, tendo a empresa como garagem a Rua Engenheiro Richard, nº 21 – no Grajaú.

Tinha o seguinte itinerário: Estação do Meyer, saindo da Rua Joaquim Meyer; Rua Dias da Cruz; Rua Engenho de Dentro; Av. Amaro Cavalcanti; Rua Clarimundo de Melo; Rua Assis Carneiro até a Estação da Piedade.

A linha foi secionada da Estação do Meyer até a Estação do Engenho de Dentro, $200 (duzentos réis) e Estação do Engenho de Dentro até a Estação da Piedade, $200  (duzentos réis) (1).  

Um segundo Termo, este de Cessão e Transferência, datado de 13 de janeiro de 1933, do termo que havia sido assinado em 23/10/1931, transfere a empresa para Albino Ribeiro Júnior (2).

Nos dois próximos recortes sendo um do ônibus em zoom , é apresentada a matéria de um acidente no Engenho Novo, no qual tomamos conhecimento da existência de uma das linhas Praça Saenz Peña x Cascadura, mas não identificamos qual delas.   

(A Noite, 04/09/1936)


Em algum momento entre 1933 e 1937, e poderemos subentender isso através dos dois recortes a seguir, a empresa trocou de proprietário e razão social para Melquíades José Coelho da Rocha.

Adicionalmente, nesses mesmos recortes, temos a informação de que houve em 31 de maio de 1937, um Termo de Transferência e Unificação, onde três empresas – Cruz de Malta, de Melquíades José Coelho da Rocha; América, de Américo Duarte da Cruz; e Primavera, de José Joaquim de Brito – foram transferidas para José Joaquim de Brito, mantendo o nome de Viação Cruz de Malta, sob a razão social J. J. Brito.

Ou seja, todas exploravam a mesma linha Praça Saens Peña x Cascadura, com itinerários e números de linhas diferentes (74, via Carimundo de Melo; 75, via Assis Carneiro; e 76, via Av. Suburbana) e essas operações ficaram todas com a mesma empresa.

Além dessas linhas citadas, também operava a S-5 Estação do Engenho de Dentro x Estação da Piedade.

Vejam itinerários e seções de cada uma delas:

- 74 – Rua Nerval de Gouveia, Rua Garcia Pires, Rua Clarimundo de Melo, Av. Amaro Cavalcanti, Rua Engenho de Dentro, Rua Dias da Cruz, Rua 24 de Maio, Rua Barão do Bom Retiro, Rua José do Patrocínio, Rua Barão de Mesquita, Rua Uruguai, Rua Conde de Bonfim e vice-versa. Seções: de Cascadura à Rua Clarimundo de Melo, esquina da Rua Lemos de Brito, $200 (duzentos réis); da Rua Clarimundo de Melo, esquina da Rua Lemos de Brito ao Engenho de Dentro, $200 (duzentos réis); do Engenho de Dentro ao Méier, $200 (duzentos réis); do Méier à Rua Visconde de Santa Isabel, esquina de Rua José do Patrocínio, $200 (duzentos réis); Rua Visconde de Santa Isabel, esquina de Rua José do Patrocínio à Rua Uruguai, $200 (duzentos réis); e da Rua Uruguai à Praça Saenz Peña, $200 (duzentos réis);

- 75 Rua Nerval de Gouveia, Rua Assis Carneiro, Rua Clarimundo de Melo, Av. Amaro Cavalcanti, Rua Engenho de Dentro, Rua Dias da Cruz, Rua 24 de Maio, Rua Barão do Bom Retiro, Rua José do Patrocínio, Rua Barão de Mesquita, Rua Uruguai, Rua Conde de Bonfim e vice-versa. Seções: de Cascadura à Piedade, $200 (duzentos réis); da Piedade ao Engenho de Dentro, $200 (duzentos réis); do Engenho de Dentro ao Méier, $200 (duzentos réis); do Méier à Rua Visconde de Santa Isabel, esquina de Rua José do Patrocínio, $200 (duzentos réis); Rua Visconde de Santa Isabel, esquina de Rua José do Patrocínio a Rua Uruguai, $200 (duzentos réis); e da Rua Uruguai à Praça Saenz Peña, $200 (duzentos réis);  

- 76 – Av. Suburbana, Rua Bernardino de Campos, Piedade, Rua Goiás, passagem inferior do Encantado, Av. Amaro Cavalcanti, Rua Adriano, Rua Magalhães Couto, Rua Dias da Cruz, Rua 24 de Maio, Rua Barão de Mesquita, Rua Visconde de Santa Isabel, Av. 28 de Setembro, Rua Rufino de Almeida, Rua Pereira Nunes, Rua Barão de Mesquita, Rua General Roca e Rua Conde de Bonfim e vice-versa. Seções: de Cascadura à Piedade, $200 (duzentos réis); da Piedade ao Engenho de Dentro, $200 (duzentos réis); do Engenho de Dentro ao Méier, $200 (duzentos réis); do Méier à Rua Visconde de Santa Isabel, $200 (duzentos réis); Rua Visconde de Santa Isabel à Av. 28 de Setembro, esquino Rufino de Almeida, $200 (duzentos réis); e da Av. 28 de Setembro, esquino Rufino de Almeida à Praça Saenz Peña, $200 (duzentos réis); e

- S-5 – Rua Engenho de Dentro, Rua Francisca Meyer, Rua Borja Reis, Rua Monteiro da Luz, Rua Torres de Oliveira, Rua Assis Carneiro e vice-versa. Seções: do Engenho de Dentro à Rua Monteiro da Luz, esquina da Rua Leandro Pinto, $200 (duzentos réis); da Rua Monteiro da Luz, esquina da Rua Leandro Pinto à Piedade, $200 (duzentos réis).

Nessa época, sua garagem era na Rua Garcia Pires, nº 4, em Quintino.

(Jornal do Brasil, 15/06/1937)

Já nos dois seguintes recortes, a confirmação das linhas urbanas em operação.

(A Noite, 11/10/1937)

Coisa rara de ser vista, mas aqui temos um grande elogio à empresa – seria matéria paga? , devido à compra de novos veículos para entrar em circulação brevemente nas linhas Praça Saenz Peña x Cascadura.

(Diário Carioca, 31/10/1937)

Mas como nada é perfeito, temos agora reclamações para a empresa, comparando o serviço dela com o que era feito antes pela Viação Primavera. E olhem que o dono da Primavera é o atual dono da Cruz de Malta!

(Jornal do Brasil, 19/04/1938)

Agora vemos a notícia de um acidente envolvendo um ônibus da empresa com um carro particular, onde é citada a linha Engenho de Dentro x Méier, atual versão da S-5.

(Correio da Manhã, 17/01/1939)

Outro problema envolvendo a empresa. Sentia-se que ela estava começando a não cumprir corretamente seus deveres como provedora do transporte coletivo público.

(A Noite, 27/06/1939)

Dois recortes que citam uma negociação com a Viação Grajaú. Juntando-se as informações de ambas, podemos constatar que a Viação Grajaú foi comprada pela Viação Cruz de Malta, tendo suas duas linhas 81 e 82 – Largo de Santa Rita x Grajaú, via Rua Almirante Cochrane e via Rua Moraes e Silva, incorporadas a esta última.

(Gazeta de Notícias, 19/09/1940)

(A Noite, 15/11/1940)

No começo desta nova década, as finanças não estão saudáveis para a empresa e uma concordata preventiva é pedida para ela.

(Gazeta de Notícias (15/02/1942)

E as reclamações à empresa começam a aparecer, especificamente para a linha 74, que acreditamos que foi a única, da série das 70, que sobrou em 1943.

(A Noite, 08/08/1943)

E a empresa torna-se recordista em quantidade de multas, no mês.

(Diário de Notícias, 15/12/1943)

As duas matérias a seguir retratam a derrocada que a empresa vinha sofrendo, devido a seus desserviços à sociedade, culminando com a cassação da linha 74. Apesar da cassação a linha ainda circulou até junho de 1947 (3).

Posteriormente, essa linha foi operada pela Viação Universal Auto Ônibus Ltda.

(Diário da Noite, 19/10/1944)

(Diário Carioca, 26/10/1944)

Apesar dos pesares, ela ainda ia aos trancos e barrancos caminhando, com seus veículos velhos e muitos outros sucateados, como podemos constatar.

Ônibus da linha 81 - 1946

(A Noite, 09/01/1946)

E o fim era previsível. Agora eram as linhas 81 e 82, que passavam para a operação da Lubrasa.

(A Noite, 08/11/1946)

Em termos de informações recolhidas de periódicos normais, a última referência encontrada trata de um julgamento na Justiça do Trabalho (4).

Conforme informação publicada, anunciando a missa de 7º dia, o proprietário da empresa, José Joaquim de Brito, faleceu em abril de 1949 (5). Não temos conhecimento em nome de quem a empresa ficou, a partir deste evento.

Através de DOUs/DF, temos informações que a empresa operou até 1952, quando explorava a linha S-5 – Méier x Cascadura, além de ter feito em 1950 uma nova versão da linha 76, desta vez como Praça Saenz Peña x Madureira e também em 1938, pasmem, a S-87 – Praça da Bandeira x Méier (6).

Linhas operadas:

- Méier x Piedade, de 1931 a 1933
- Engenho de Dentro x Méier, em 1939
- S-5 – Engenho de Dentro x Piedade, de 1937 e 1938, Engenho de Dentro x Cascadura, de 1939 a 1952, tornou-se Méier x Cascadura
- S-87 – Méier x Praça da Bandeira, em 1938
- 74 – Praça Saenz Peña x Cascadura, via Clarimundo de Melo, de 1936 a 1947
- 75 – Praça Saenz Peña x Cascadura, via Assis Carneiro, de 1937 a 1938
- 76 – Praça Saenz Peña x Cascadura, via Av. Suburbana, de 1937 a 1942, depois Praça Saenz  Peña x Madureira, em 1950
- 81 – Largo de Santa Rita x Grajaú, via Almirante Cochrane, de 1940 a 1946
- 82 – Largo de Santa Rita x Grajaú, via Morais e Silva, de 1940 a 1946.

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 24/10/1931
(2) – Jornal do Brasil, 14/01/1933
(3) – A Noite, 06/1947
(4) – Gazeta de Notícias, 05/1948
(5) – Jornal do Brasil, de 22/04/1949
(6) – Diários Oficiais do Distrito Federal, de várias datas

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]