“Aos seis dias do mês de setembro de mil novecentos e vinte e sete,
perante o Senhor Inspetor de Concessões da Prefeitura do Distrito Federal,
compareceram os Senhores Zaka Saad e Jorge Zouain, neste ato designados pela palavra
Contratantes, para assinar um Termo de Obrigação e declaram que pelo presente
termo se obrigam a estabelecer um serviço regular de transporte de passageiros
por meio de ônibus-automóveis entre Engenho de Dentro e o Palácio Monroe, sob
as seguintes condições”:
O preço das passagens seria cobrado à razão de $200 (duzentos réis) por
viagem de ida ou de volta, por seções de dois mil (2.000) metros;
Tinha
como itinerário Rua
Engenho de Dentro, Rua Dias da Cruz, Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e
Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Rua Visconde de Itaúna, Praça da
República (lado do Quartel General), Rua Marechal Floriano Peixoto, Rua
Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco e Palácio Monroe. A volta seria pela Rua
Senador Eusébio em vez de Visconde de Itaúna;
Era
composta por sete seções:
Engenho de Dentro ao Méier, $200 (duzentos réis); Méier ao
Sampaio, $200 (duzentos réis);
Sampaio a São Francisco Xavier, $200 (duzentos réis); São Francisco
Xavier à Rua Dona Zulmira, $200 (duzentos réis); Rua Dona
Zulmira à Rua Afonso Pena, $200 (duzentos réis); Rua Afonso
Pena à Rua Machado Coelho, $200 (duzentos réis); Rua Machado
Coelho à Rua Camerino, $200 (duzentos réis); e Rua Camerino ao Palácio Monroe, $200
(duzentos réis).
As passagens da Estação do Méier ao Palácio Monroe eram cobradas à razão de
1$200 (hum mil e duzentos réis) (1).
[Informação do pesquisador Luiz
Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]
(Jornal do Brasil, 11/05/1928) |
Posteriormente, foi lavrado o Termo Aditivo, de 9 de maio
de 1928, mediante o qual foi estabelecida a linha Meyer x Monroe, da mesma
forma distribuída por sete seções, de $200 (duzentos réis) cada
e a direta de 1$200 (hum mil e duzentos réis).
Sua garagem era na Rua São Francisco
Xavier, nº 601, na Aldeia Campista.
[Informação do pesquisador Luiz
Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]
(Jornal do Brasil, 01/03/1929) |
Essa linha foi ampliada até o Engenho de Dentro, e
em 18 de fevereiro de 1929 substituída para Vila Isabel x Monroe, através de outro Termo Aditivo.
Seu itinerário era Palácio Monroe, Av. Rio Branco,
Rua Visconde de Inhaúma, Rua Marechal Floriano, Praça da República, Rua Senador
Eusébio, Rua Francisco Bicalho, Rua Mariz e Barros, Rua São Francisco Xavier, Av.
28 de Setembro e Praça Barão de Drummond.
Suas seções eram Monroe à Camerino, $200 (duzentos
réis), de Camerino à Machado Coelho, $200 (duzentos réis), de Machado Coelho à
Affonso Penna, $200 (duzentos réis), de Affonso Penna à D. Zulmira, $200 (duzentos
réis) e da D. Zulmira à Praça Barão de Drummond, $200 (duzentos réis), com as
‘diretas’ a $800 (oitocentos réis).
[Informação
do pesquisador Luiz Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]
(Jornal do Brasil, 27/02/1929) |
No mesmo ano, outro Termo Aditivo, este em 15 de maio de 1929, para
substituir a linha Monroe x Engenho Novo pela linha Uruguay x Monroe. Também
com cinco seções, nos mesmos $200 (duzentos réis) cada. Curiosamente, este termo
não faz qualquer referência a direta.
[Informação do pesquisador Luiz
Carlos Tosta, baseado no livro da Light.]
Por último, o Termo de Transferência, em 30 de junho de
1929, mediante o qual a empresa Zaki, Jorge & Nassur – razão social da
Empreza Brasileira de Auto Omnibus – transferiu todos os ônus e vantagens decorrentes
do Termo de Obrigação assinado em 06/09/1927, ao senhor J. M. Bell,
representante da Auto Omnibus S.A., ex-Auto Omnibus Ltda.
[Informação do pesquisador Luiz Carlos Tosta, baseado no livro
da Light.]
(Jornal do Brasil, 15/06/1929) |
(Jornal do Brasil, 03/08/1929) |
Referência:
(1) – Jornal do Brasil, 09/09/1927
[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]
Rica abordagem da E.B.O.
ResponderExcluirGrato, Prazs, mas esta é a EBAO e não a EBO, do Bianchi.
ResponderExcluirOk, E.B.A.O!!!!!
ResponderExcluirIsso mesmo.
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