domingo, 29 de novembro de 2015

Viação Madureira Ltda.

Em julho de 1949, através da notícia de um ato de vandalismo contra um dos seus veículos, tomamos conhecimento de que a Viação Madureira já atuava em nossa cidade.

(Correio da Manhã, 24/07/1949)

A imagem está muito pouco nítida, mas a legenda da foto a seguir nos diz que a garagem da empresa estava localizada na Estrada Marechal Rangel (atual Av. Ministro Edgar Romero), havendo a queixa de que a mesma não comportava todos os seus ônibus, e por isso os excedentes acabavam ficando estacionados na rua.

(Correio da Manhã, 25/12/1949)

Pelos recortes adiante, que nos dão conta de um acidente com vítimas fatais, ocorrido próximo à estação de Colégio, verificamos que a linha explorada pela empresa era Cascadura x Acari, muito embora, equivocadamente e contrariando o letreiro do ônibus exibido nas fotos de ‘A Noite’ e ‘Diário da Noite’, a pequena nota do ‘Diário de Notícias’ afirmasse ser Coelho Neto x Madureira (!!!???).

(A Noite, 09/08/1950)

(Diário da Noite, 09/08/1950)

(Diário de Notícias, 10/08/1950)

E a Viação Madureira também foi uma daquelas empresas notificadas pelo Departamento de Concessões da PDF, em outubro de 1951, a liquidar seus débitos junto àquele departamento, num prazo de dez dias, “sob pena de cassação imediata dos respectivos privilégios”.

(Diário de Notícias, 14/10/1951)

No entanto, a empresa ainda circulou por pelo menos mais uma década, operando, de 1951 a 1954, a linha S-9 – Méier x Irajá e, de 1954 a 1961, Méier x Vaz Lobo (referência: ‘Diários Oficiais’).

E nenhuma outra notícia sobre a Viação Madureira foi encontrada por nós, em pesquisa feita nos periódicos do Rio de Janeiro.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 22 de novembro de 2015

Viação Standard S.A.

Em junho de 1949 a Viação Standard já circulava pela cidade com os seus ônibus da linha 40 – Praça Mauá x Engenho de Dentro.

É o que nos mostra o recorte adiante, quando os moradores do subúrbio de Piedade solicitavam às ‘autoridades’ que prolongassem até aquele bairro a linha 40, que ia somente até o Engenho de Dentro.

(Diário de Notícias, 30/06/1949)

Poucos dias depois, o mesmo periódico, o ‘Diário de Notícias’, noticiava um acidente ocorrido com um carro da mencionada linha.

(Diário de Notícias, 05/07/1949)

E mais uma vez o apelo da população de Piedade, para que até ali fosse estendido o percurso da linha 40, logo a seguir novamente repetido.

(Diário de Notícias, 07/07/1949)

(Diário de Notícias, 20/07/1949)

No mês seguinte o apelo era reiterado.

(Diário de Notícias, 04/08/1949)

Novo acidente com um carro da empresa, sendo que o ‘Diário de Notícias’ referiu-se à linha 4, quando acreditamos que fosse a já citada 40.

(Diário de Notícias, 11/03/1950)

Aqui, em janeiro de 1951, a tentativa de empregados da Viação Standard no sentido de sensibilizar o Prefeito do DF a recolocar em circulação os ônibus da empresa, no dizer deles “em boas condições e aptos”, pois a mesma havia sido proibida pelo Departamento de Concessões da PDF de explorar a linha 40 – Praça Mauá x Engenho de Dentro.

(A Manhã, 20/01/1951)

Pela mesma matéria, verificamos que os diversos apelos feitos em 1949 por moradores de Piedade, solicitando a ampliação do percurso da linha 40 até aquele bairro, não foram atendidos.

Já em outubro de 1951, a imprensa, através do ‘Diário de Notícias’, noticiava que o Departamento de Concessões da PDF estava cientificando diversas empresas de transporte da cidade, entre elas a Viação Standard, sobre débitos com a Prefeitura, dando o prazo de dez dias para que os mesmos fossem quitados, “sob pena de cassação imediata dos respectivos privilégios”.

(Diário de Notícias, 14/10/1951)

Não temos conhecimento se a empresa em questão teve sua concessão cassada nessa mesma ocasião, mas o certo é que não localizamos mais qualquer notícia sobre a Viação Standard nos jornais cariocas por nós consultados.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 15 de novembro de 2015

Viação Paraguassu

A primeira informação encontrada por nós nos periódicos do Rio de Janeiro sobre a Viação Paraguassu, foi numa edição do ‘Correio da Manhã’, em fevereiro de 1949. Tratava-se de um despacho “concedido” pelo Prefeito do então Distrito Federal.

(Correio da Manhã, 18/02/1949)

Já a matéria a seguir, do mesmo periódico, menos de quatro meses depois, dava conta de que a partir de fevereiro daquele ano, os “velhos ônibus cinzentos” que serviam à população do bairro das Laranjeiras passaram a circular com o dístico da Viação Paraguassu, numa linha anteriormente explorada “durante 18 anos” pela Viação Excelsior (43 – Clube Naval x Palácio Guanabara), e, nos quatro meses anteriores (outubro de 1948 a fevereiro de 1949), pela Viação Elite.

Concluímos que o citado despacho do Prefeito, “deferido”, referia-se, muito provavelmente, a uma autorização para a Viação Paraguassu começar a circular com seus carros.

Na mesma matéria encontram-se as informações de que a empresa colocara para rodar apenas um veículo na mencionada linha, acarretando, naturalmente, muitas inconveniências aos moradores da região, e que este carro parara de circular logo em seguida, no mês de abril.

(Correio da Manhã, 05/06/1949)

A partir daí notamos uma carência absoluta de referências nos jornais da nossa cidade, acerca da empresa.

Até que a Viação Paraguassu teve sua falência anunciada pelo diário ‘A Noite’, em outubro de 1953, como os leitores poderão conferir no recorte adiante, sem determinar, no entanto, a data exata do ocorrido.

(A Noite, 30/10/1953)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 8 de novembro de 2015

Viação Continente-Ilha Ltda.

Com a proximidade da inauguração da ponte que ligaria a Ilha do Governador ao continente, em janeiro de 1949, um problema surgiu: de nada adiantaria uma ponte, se não houvesse um meio de transporte rodoviário ligando a Ilha ao Centro da cidade. Infelizmente, a empresa que explorava as linhas internas, Empreza E. L. Freitas, não possuía estrutura suficiente, contentando-se com uma linha entre Bonsucesso e Freguesia, mas não encontramos qualquer matéria afirmando sua existência.

A empresa denominada Viação Continente-Ilha Ltda., chegou até a publicar anúncio em jornal, anunciando para breve a inauguração de suas três linhas para a Ilha, Galeão, Freguesia e Ribeira, conforme recorte abaixo.

(Correio da Manhã, 05/02/1949)

Porém, devido a motivos alheios aos nossos conhecimentos, nada disso veio a acontecer, e sim que a solução encontrada foi ceder provisoriamente a nova linha a uma empresa já estabelecida na cidade. Como a Ilha possuía pouquíssimas ruas pavimentadas e os ônibus urbanos convencionais certamente não iriam resistir por muito tempo à lama e aos buracos, esta deve ter sido a razão para a cessão da concessão à EMO, e todo o processo de relacionamento entre ela e a Continente-Ilha, bem como o início da confecção provisória de uma ata de constituição, para a futura Transportes Paranapuan S/A.

Foram então adquiridos da massa falida da Viação Excelsior, dois ônibus Guy, apelidados de ‘Detefon’ – devido ao excesso de baratas que eram encontradas em seus interiores –, e que seguiriam o trajeto restante, Galeão x Freguesia, por dois diferentes itinerários.  Apesar de somente um veículo em cada linha, suas enormes rodas passavam por qualquer buraco mais profundo que fosse encontrado.

A seguir, duas raras menções aos ônibus da Continente-Ilha, uma foto de um deles na antiga Praça Carmela Dutra, na Freguesia, em 1949, e a outra um ‘desenho artístico’, assinado por A. Said, também em 1949, com o veículo trafegando na orla da Ilha.

Atentem que, no desenho, os ônibus foram dotados de faróis, coisa que quando circulavam pela Excelsior, não tinham.

Praça Carmela Dutra - Freguesia
(imagem cedida pelo historiador Jaime Moraes)

Ônibus 'Detefon' da Viação Continente-Ilha - gravura: A. Said (1949)
(imagem cedida pelo historiador Jaime Moraes)

Como relatado na ata de incorporação da Transportes Paranapuan S/A: “Os fundadores obrigam-se a adquirir acervo da Viação Continente-Ilha Ltda„ e os direitos da concessão "Ilha do Governador"  outorgada à Emprêsa Municipal de Ônibus S. A.; as importâncias despendidas ou a despender serão as permitidas pela Lei das Sociedades Anônimas na forma do art. 129, alíneas "d" — "e" mediante autorização expressa de cada subscritor no ato da subscrição(1).

Esse descritivo nos informa que a Continente-Ilha teve sua vida terminada quando da fundação da Paranapuan, o que ocorreu em 1951.

Referência:

(1) – DOU/DF, 1949

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

domingo, 1 de novembro de 2015

Viação Amarante Ltda.

(Imagem: http://fichadeonibus.blogspot.com.br/)
  
A primeira indicação da existência da Viação Amarante que obtivemos, foi a pequena nota relativa a um despacho proveniente do Prefeito do Distrito Federal (“atenda-se”), em setembro de 1948, como consta do recorte adiante.

(Diário de Notícias, 07/09/1948)

E através da notícia de um atropelamento, publicada em fevereiro de 1949 pelo periódico ‘A Manhã’, verificamos que a Viação Amarante já estava circulando pela cidade com seus ônibus da linha Cascadura x Penha, neste ano operada em conjunto com a Auto Viação Três Amigos Ltda.

(A Manhã 22/02/1949)

Já em janeiro de 1952 era veiculada uma grande matéria pela ‘Gazeta de Notícias’, fartamente ilustrada, na qual informava-se que os escritórios centrais da empresa localizavam-se em Vicente de Carvalho e que a mesma era dirigida pelos irmãos e sócios Agostinho e Adelino Nogueira Cardoso. O número da referida linha era S-20, e a mesma fazia seu trajeto via Madureira.

Na ocasião, a Viação Amarante contava com uma frota de dezessete ônibus, e seus sócios faziam queixas específicas com relação a três veículos Berliet, de fabricação francesa, então recentemente adquiridos, com capacidade para 39 passageiros sentados e 20 em pé, cujas dificuldades de reparos e aquisição de novas peças era muito grande. Entretanto, eram fartos os elogios ao funcionamento dos dez carros comprados à Fábrica Nacional de Motores (FNM).

(Gazeta de Notícias, 03/01/1952)

Ônibus Berliet da linha S-20 - Penha x Cascadura, da Viação Amarante
(Gazeta de Notícias, 03/01/1952)

Cerca de um mês depois, através de um “violento desastre” ocorrido com um dos seus veículos, na Estrada Vicente de Carvalho, obtivemos mais uma confirmação da numeração da linha Cascadura x Penha, da empresa: S-20.

(A Manhã, 07/02/1952)

Não teve muito mais tempo de duração a Viação Amarante Ltda., pois em abril de 1954 era decretada, pelo Juiz da 12ª Vara Cível, a falência da empresa, estabelecida então à Rua Ápia, nº 466 – Vila da Penha.

(A Noite, 22/04/1954)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

Jácomo Rosário Staffa

Mais uma daquelas pequenas empresas que existiram em nossa cidade e como tal, não podemos deixar de citá-la.

Em 08 de março de 1923, obteve concessão para exploração de transportes coletivos a empresa de razão social Jácomo Rosário Staffa, cujo nome da empresa nos é desconhecido.

(Livro da Prefeitura do Distrito Federal - 1934)

Temos uma publicação do Diário Oficial do Distrito Federal, citando um despacho indeferido por parte da Diretoria Geral de Obras e Viação, para alguma solicitação da empresa, mas não temos ideia do que se tratava.

Há também a hipótese que esse indeferimento tenha sido para criação de alguma linha ou de uso de algum tipo de veículo não permitido, que tenha causado a não utilização da concessão.

(Jornal do Brasil, 28/05/1924)

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]