domingo, 15 de novembro de 2015

Viação Paraguassu

A primeira informação encontrada por nós nos periódicos do Rio de Janeiro sobre a Viação Paraguassu, foi numa edição do ‘Correio da Manhã’, em fevereiro de 1949. Tratava-se de um despacho “concedido” pelo Prefeito do então Distrito Federal.

(Correio da Manhã, 18/02/1949)

Já a matéria a seguir, do mesmo periódico, menos de quatro meses depois, dava conta de que a partir de fevereiro daquele ano, os “velhos ônibus cinzentos” que serviam à população do bairro das Laranjeiras passaram a circular com o dístico da Viação Paraguassu, numa linha anteriormente explorada “durante 18 anos” pela Viação Excelsior (43 – Clube Naval x Palácio Guanabara), e, nos quatro meses anteriores (outubro de 1948 a fevereiro de 1949), pela Viação Elite.

Concluímos que o citado despacho do Prefeito, “deferido”, referia-se, muito provavelmente, a uma autorização para a Viação Paraguassu começar a circular com seus carros.

Na mesma matéria encontram-se as informações de que a empresa colocara para rodar apenas um veículo na mencionada linha, acarretando, naturalmente, muitas inconveniências aos moradores da região, e que este carro parara de circular logo em seguida, no mês de abril.

(Correio da Manhã, 05/06/1949)

A partir daí notamos uma carência absoluta de referências nos jornais da nossa cidade, acerca da empresa.

Até que a Viação Paraguassu teve sua falência anunciada pelo diário ‘A Noite’, em outubro de 1953, como os leitores poderão conferir no recorte adiante, sem determinar, no entanto, a data exata do ocorrido.

(A Noite, 30/10/1953)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

4 comentários:

  1. Os velhos Guy- Daimler custaram a acabar....
    Um motor Diesel, de baixa rotação e excelente construção, ao lado das carrocerias com estrutura de peroba ( madeira), fabricadas pela Light fizeram com que os ônibus fossem praticamente indestrutíveis

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    1. Boa tarde. Grato pela visita e comentário. Sim eles eram de ótima qualidade e duraram bastante tempo e muito bem citado por você, em se tratando de carrocerias de madeira. Como vimos na matéria da Viação Continente-Ilha, esta é a segunda empresa a utilizá-los. Gostaríamos que fizesse outro comentário, informando seu nome. Volte sempre e um abraço.

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  2. Os ônibus da Excelsior, com mecânica britânica " Guy- Daimler" e carrocerias com estrutura em madeira ( Peroba do Campo) eram praticamente indestrutíveis, permanecendo em serviço continuo por cerca de 20 anos.

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  3. O comentário foi feito por mim, Eduardo.
    O problema é a minha "mão nervosa" que não espera completar o carregamento da página.
    Um abração e vamos em frente !
    Um abração do
    Jaime Moraes

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