domingo, 31 de julho de 2016

Empresa de Transportes Juçara Ltda.


A primeira referência que encontramos sobre a Empresa de Transportes Juçara relacionava-se a uma explosão, seguida de um incêndio, ocorrida em um dos seus micro-ônibus da linha 241 – Castelo x Cavalcanti, em dezembro de 1955, quando o mesmo era abastecido, com passageiros a bordo.

(Correio da Manhã, 06/12/1955)

Agora apresentamos três imagens do ano de 1956, concernentes à linha 241.

(Mundo Ilustrado, 08/08/1956)

(ver imagem abaixo)

Tríplice colisão, em que se envolveu o 241 (E. T. Juçara), sendo
que o ônibus da linha 201 pertencia à Viação Oswaldo Cruz
(Arquivo Público do Estado de São Paulo) 

Já no final de 1957, verificamos em nota do extinto periódico ‘Correio da Manhã’, que a empresa teve sua permissão cancelada pela PDF, em vista de ter sido provado que se tratava de uma empresa de “agregados”, contrariando o regulamento vigente.

(Correio da Manhã, 22/12/1957)

Outros jornais da cidade também se ocuparam do assunto, como o ‘Diário de Notícias’ e o ‘Diário da Noite’, noticiando que várias empresas, entre elas a Juçara, foram acusadas de terem sido beneficiadas por um determinado vereador, tendo então sido “canceladas as facilidades proporcionadas” a elas, que tiveram suas permissões de funcionamento canceladas.

(Diário de Notícias, 22/12/1957)

(Diário da Noite, 24/12/1957)

Em nota do ‘Jornal do Brasil’, em setembro de 1958, confirma-se que houvera a cassação da mencionada linha, pelo motivo acima exposto pelo ‘Correio da Manhã’.

(Jornal do Brasil, 09/09/1958)

Já em dezembro do mesmo ano, um motorista profissional, alegando ter adquirido um ônibus à empresa, do antigo proprietário, Oldemar Lourenço Bispo, apresentou denúncia contra os novos dirigentes da Transportes Juçara, José Ascêncio Lucas, Raul Mendes e Werner Provenzano, alegando que estava pagando as prestações em dia, porém o veículo continuava circulando em nome do vendedor, e que estaria sendo ameaçado por José Ascêncio de que se “arrependeria” caso pedisse abertura de inquérito. Este último pleiteava a apreensão do ônibus.

Vejam mais detalhes a seguir.

(Diário Carioca, 19/12/1958)

(Diário da Noite, 19/12/1958)

Em cartas dirigidas à redação da ‘Luta Democrática’, ainda em dezembro de 1958, e ao ‘Diário Carioca’, no mês seguinte, José Ascêncio Lucas contestava as acusações do motorista, de que mandara apreender o ônibus em questão, alegando, ainda, que não mais fazia parte da sociedade, por ter cedido suas cotas a Raul Mendes e Werner Dalmato Provenzano.

(Luta Democrática, 23/12/1958)

(Diário Carioca, 07/01/1959)

Concluímos esta postagem informando que temos conhecimento de que a Empresa de Transportes Juçara e a Empresa de Ônibus União Ltda. operavam em 1959, e que possivelmente a primeira foi encampada pela segunda, visto que nada mais localizamos sobre a E. T. Juçara nos periódicos por nós pesquisados.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]