domingo, 30 de março de 2014

Viação Vera Cruz

Em 27 de novembro de 1929, através de um Termo de Obrigação, foi concedida à Viação Vera Cruz, pela Prefeitura do Distrito Federal, a Américo Duarte da Cruz, o direito de explorar através de “omnibus automóveis” uma linha entre a estação de Cascadura e a estação de Marechal Hermes.

Esta linha obedeceria ao seguinte itinerário: Rua Cel. Rangel, Av. Intendente Magalhães, Rua Cel. Savaget e Av. Primeiro de Maio, obedecendo na volta ao mesmo itinerário.

As passagens eram cobradas à razão de R$ 200 (duzentos réis), por viagem de ida ou de volta, por seções de 2.000 metros. Estas eram as seções: de Cascadura à Rua Carlos Xavier, R$ 200 (duzentos réis), da Rua Carlos Xavier à Rua Cel. Savaget esquina com Av. Intendente Magalhães, R$ 200 (duzentos réis) e dali até Marechal Hermes, R$ 200 (duzentos réis).

Tal linha posteriormente seria identificada como S-14 – Cascadura x Marechal Hermes. Em 1929 também operou a linha Cascadura x Bangu, futura S-13.

(Jornal do Brasil, 01/12/1929)

Não temos documentos comprovando a data de início dos termos de obrigação, mas outras linhas foram concedidas à Vera Cruz, tais como: S-13 – Cascadura x Bangu; S-17 – Cascadura x Vila Valqueire, S-45 – Bangu x Campo Grande e 74 – Cascadura x Praça Saenz Peña, linhas essas concedidas entre 1929 e 1942. Identificamos a existência de sua garagem, em Marechal Hermes, na Rua Guajuvira, 46. Existiu também uma outra garagem, em época desconhecida por nós, à Rua Francisco Real, 124 – Bangu.

Houve outra linha, totalmente desconhecida, que atendeu ao bairro de Cavalcanti, mas que foi descontinuada em 1933, aparentemente sob alegação da criação da linha Ramos x Cascadura, da Viação Santa Helena, conforme recorte anexo.

(A Noite, 15/09/1933)

(A Noite, 14/06/1937)

Como é normal, havia reclamação dos usuários com relação ao atendimento, neste caso da linha 74 – Cascadura x Praça Saens Peña.

(A Noite, 31/10/1935)

Em 19 de outubro de 1940, a razão social da empresa foi mudada para Duarte, Almeida & Comp. Ltda. e nessa época ela ainda operava quatro linhas, das cinco anteriores. A única que não estava mais sendo operada era a 74 – Cascadura x Praça Saenz Peña.

DEPARTAMENTO DE CONCESSÕES
TERMO DE TRANSFERÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO
“Pelo qual é transferida a licença da Empresa "Viação 'Vera Cruz" para a firma Duarte, Almeida & Comp. Ltda. Aos dezenove dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e quarenta, no Departamento de Concessões da Secretaria Geral de Viação e Obras, da Prefeitura do Distrito Federal, estando presentes o respectivo diretor, engenheiro civil Otávio Valdetário Coimbra, e as testemunhas infra-assinadas, compareceram o Sr. Américo Duarte da Cruz, proprietário da Empresa "Viação Vera Cruz", que explora a indústria do transporte coletivo de passageiros em auto-ônibus, com sede, garage e oficinas à rua Guajuvira n. 46, e a firma Duarte, Almeida & Comp. Ltda., representada pelos sócios Srs. Gil Duarte Pereira, José de Almeida e Rufino Ferreira, devidamente legalizada no Departamento da Indústria e Comércio, conforme registros ris. 140.820 o 141.120, para firmar o presente termo que, de acordo com o despacho do Sr. diretor, de 16 de abril de 1940, exarado no processo n. 2.374, de 1939, que se acha anexo ao processo n. 2.268-31, tem por finalidade especial transferir a referida empresa para a firma Duarte, Almeida & Comp. Ltda.

Primeira - Fica, pelo presente, transferida a Empresa "Viação Vera Cruz", que explora as linhas de ônibus suburbanas ns. 13, 14, 17 e 45, respectivamente "Cascadura-Bangu", "Cascadura-Marechal Hermes", "Cascadura-Vila Valqueire" e "Bangu-Campo Grande" para a firma Duarte Almeida & Comp. Ltda., de conformidade com a escritura de venda, lavrada no 3º Ofício de Títulos e Documentos (Tabelião A. Aranha) e alteração do contrato social da referida firma, registrado no 12º Ofício (Tabelião Lino Moreira) apresentadas nos processos 1.885-38 e 2.473-39, anexos ao processo 2.208 de 1934.

Segunda - A firma Duarte, Almeida & Comp. Ltda. se compromete, sob penalidade e nulidade da licença a que se refere este termo, a continuar a dar cumprimento integral ao Regulamento baixado com o Decreto n. 3.926, de 23 de Junho de 1932, e a todas as leis, decretos regulamentos, portarias, ordens e avisos emanados da autoridade municipal competente, quer os já em vigor, quer os que venham a ser baixados na vigência do presente termo, e a não causar nenhum embaraço à execução do Decreto n. 4.864, de 13 de junho de 4934, que determina a divisão da cidade em zonas, para efeito da organização do serviço de ônibus, submetendo-se a tudo que nesse sentido for determinado pela Prefeitura, bem como a fazer, desde que a mesma Prefeitura julgue necessário para conveniência pública, as alterações dos itinerários, pontos de estacionamento, secções e cobrança de passagens das linhas mencionadas neste termo, de acordo com a legislação vigente.

Terceira - De acordo com o que estabelece o art. 10 do Regulamento baixado com o Decreto n. 3.926, de 23 de junho de 1932, garantirá o presente termo a caução de 5:000$0 (cinco contos de réis), depositada nos cofres municipais nas datas indicadas e do modo seguinte: 1:000$0 (um conto de réis), em moeda corrente, guia n. 437 em 27 de novembro de 1929, feita em nome de Américo Duarte da Cruz - 2:000$0 (dois contos de réis), - em moeda corrente, pela guia n. 2.158, em 20 de outubro de 1933, em nome de F. ·B. Fernandes & Comp. Ltda., integrada pela guia n. 3.274, desta Diretoria, na importância de 500$0 (quinhentos mil réis), em 1 de setembro de 1936, em nome de Américo Duarte da Cruz; 2:000$0 (dois contos de réis), em moeda corrente, pela guia n. 4.131, em 18 de novembro de 1938 em nome de Américo Duarte da Cruz, para garantia do serviço das linhas "Cascadura-Vila Valqueire" e "Bangu-Campo Grande", e que ficam, também, por este termo, transferidos para o nome da nova firma Duarte, Almeida & Comp. Ltda.”.
(Diário Oficial do Distrito Federal, 24/10/1940)

Não temos informações documentais, porém sabemos que a empresa operou até 1942 e que também absorveu a Viação Soberana, em 1935 (informação do site MILBUS).

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

domingo, 23 de março de 2014

Ludolf Filho

Apesar de ser uma empresa que operou entre 1924 e 1931 (referência: site MILBUS), a Ludolf Filho é para nós muito desconhecida. Uma das poucas informações que temos dela, dá conta que em 1921, quando ainda não operava, tinha um prédio em obras que poderia sugerir ser uma futura garagem. Vejam recorte abaixo.

(Jornal do Brasil, 28/05/1921)

Posteriormente temos outra informação, sobre o acidente de um veículo da empresa, na Rua Conde de Bonfim, porém sem referência à localização exata, o que pode tanto ser uma linha para a Tijuca, como não.

(Jornal do Brasil, 02/03/1924)

Também sabemos que ela assinou um termo com a Prefeitura do Distrito Federal, em 5 de maio de 1924, mas não o temos, e dessa forma não sabemos para que linha foi concedido (referência: site MILBUS).

Como citado antes, ela circulou até 1931 e cabe a nós, ou com a ajuda de vocês, conseguirmos descobrir este mistério. Fica aqui o registro da mesma, para não passarmos em branco, mas com a grande expectativa de que com as nossas pesquisas contínuas, conseguiremos descobrir que empresa e linha eram essas.

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

Empreza Industrial do Rio de Janeiro

Poucas informações conseguimos sobre a atuação da Empreza Industrial do Rio de Janeiro no transporte coletivo na nossa cidade.

No entanto, sabemos que a 12 de novembro de 1913 foi assinado junto à Prefeitura o contrato para esta empresa explorar um serviço de ônibus no trajeto Copacabana-Av. Rio Branco.

Este era o itinerário: Rua N. S. de Copacabana, Rua Barroso (atual Siqueira Campos), Rua General Polidoro, Rua da Matriz, Rua das Palmeiras, Rua São Clemente, Av. Beira-Mar, Rua Senador Vergueiro, Rua do Catete, Glória e Passeio.

(A Noite, 13/11/1913)

Alguns meses depois, a 3 de agosto de 1914, a imprensa divulgou nota convocando para uma reunião para eleições na referida empresa, a serem realizadas a 9 de agosto daquele ano, e não mais encontramos notícias acerca da atuação da Empreza Industrial do Rio de Janeiro no transporte coletivo aqui na cidade.

(Jornal do Brasil, 03/08/1914)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 16 de março de 2014

Auto Viação Metropolitana Ltda.


Apesar da Auto Viação Metropolitana Ltda. ter sido fundada em 1928, o termo de obrigação para exploração da linha de “omnibus automóveis” só foi assinado em 19/01/1929, quando começaram a circular operando a linha Teatro Lyrico x Largo dos Leões, representada pelo Sr. Annibal Marchesini.

Esta linha obedeceria ao seguinte itinerário: Teatro Lyrico, Rua Senador Dantas, Rua Luiz de Vasconcellos, Av. Beira-Mar, Av. Oswaldo Cruz, Av. Beira-Mar, Rua Voluntários da Pátria, Rua Humaytá e Largo dos Leões, obedecendo na volta os mesmos logradouros até a Rua Luiz de Vasconcellos, Rua do Passeio, Praça Floriano, Rua Treze de Maio e Teatro Lyrico. Estava dividida em duas seções: do Teatro Lyrico ao Pavilhão Mourisco, R$ 400 (quatrocentos réis) e do Pavilhão Mourisco até o Largo dos Leões, R$ 200 (duzentos réis).

(Jornal do Brasil, 30/12/1928)

(Jornal do Brasil, 19/01/1929)

Em 30 de agosto de 1929, novo termo aditivo é assinado, para exploração da linha Rio Comprido x Igrejinha, obedecendo ao itinerário: Rua da Estrella, Largo do Rio Comprido; Av. Paulo de Frontin, Rua Haddock Lobo, Rua Machado Coelho, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco, Av. Beira-Mar, Av. Oswaldo Cruz, Av. Beira-Mar, Av. Pasteur, Av. Wenceslau Braz, Praça Juliano Moreira, Rua do Túnel, Rua Salvador Corrêa, Av. Atlântica e Forte de Copacabana. A volta era pelo mesmo itinerário, passando pela Rua Senador Eusébio ao invés de Visconde de Itaúna.

Tinha as seguintes seções: da Rua da Estrella à Rua Machado Coelho, R$ 200 (duzentos réis), da Rua Machado Coelho à Rua Camerino, R$ 200 (duzentos réis), da Rua Camerino ao Palácio Monroe, R$ 200 (duzentos réis), do Palácio Monroe ao Pavilhão Mourisco, R$ 400 (quatrocentos réis), do Pavilhão Mourisco à Rua Barroso, R$ 400 (quatrocentos réis) e da Rua Barroso ao Forte de Copacabana, R$ 200 (duzentos réis).

(Jornal do Brasil, 20/09/1929)

Sua garagem era na Rua Uruguay, 106, entre ruas Barão de Mesquita e Maxwell, no Andaraí, conforme recorte abaixo.

(Jornal do Brasil, 04/12/1930)

Não conseguimos nenhum documento mostrando a carta de concessão para a Metropolitana explorar a linha Pavilhão Mourisco x Leopoldina, mas pelos recortes a seguir podemos comprovar sua existência já em abril de 1935. A partir de outubro de 1937, a linha recebeu o número 14.

(A Noite, 01/04/1935)

(Jornal do Brasil, 02/04/1935)

Essa linha foi posteriormente dividida em duas outras, Clube Naval x Mourisco e Castelo x Leopoldina. A primeira linha já existia, explorada pela Excelsior e passou a ser explorada pela Metropolitana, ambas pelo mesmo itinerário já existente.

A segunda fazia o seguinte itinerário: Rua Araújo Porto Alegre, Av. Rio Branco, Av. Marechal Floriano, Praça da República, Mangue e Leopoldina. Tinha duas seções, Castelo à Rua Camerino, R$ 200 (duzentos réis) e Castelo à Leopoldina, R$ 400 (quatrocentos réis).

(Jornal do Brasil, 13/06/1936)

Entretanto, o próximo recorte, de 1938, mostra o retorno da linha original, Pavilhão Mourisco x Leopoldina, operada pela própria Metropolitana.

(Jornal do Brasil, 09/08/1938)

Não temos nenhuma informação sobre quando a empresa deixou de operar, mas sabemos que sua linha posteriormente foi operada pela Viação Estrella do Norte.

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

domingo, 9 de março de 2014

Auto Omnibus

Após quase cinco anos sem concessões, e com o advento da Exposição Internacional do Centenário da Independência, foi inaugurada uma linha de carros, ligando o Centro ao Calabouço, local da exposição, e também inaugurada a linha Praça Mauá x Country Club, na Av. Vieira Souto, ambas operadas pela Auto Omnibus Ltda.

Um dos proprietários da empresa, José D’Orey, possuía uma agência de aluguel de carros, o que possibilitou a linha para a Exposição.

(Livro da Prefeitura do Distrito Federal - 1934)

(Publicação 'Guerra de Posições na Metrópole')

Pelo recorte a seguir, supõe-se que é dada, a título precário, a autorização para utilização dos veículos da empresa, desde que não fossem do modelo “Imperial”, devido à sua altura.

Os Imperiais, ou cariocamente conhecidos como “chopps duplos”, eram ônibus de dois andares, que em função da sua altura não poderiam passar por túneis.

(Jornal do Brasil, 28/06/1922)

Segue o Termo de Obrigação, assinado com a Prefeitura em 02 de agosto de 1922, para a linha Praça Mauá x Country Club, informando sua sede à Rua dos Beneditinos, nº 7 – Centro; as seções da linha, sendo a direta 1$000 (mil réis), dividida nas seguintes intermediárias, 1ª e 2ª, Praça Mauá x Hotel Central, $400 (quatrocentos réis); 3ª, Hotel Central x Pavilhão Mourisco, $200 (duzentos réis); 4ª, Pavilhão Mourisco x Rua Sampaio Corrêa, $200 (duzentos réis) e 5ª, Rua Sampaio Corrêa x Country Club, $200 (duzentos réis); e seu itinerário era Praça Mauá, Av. Rio Branco, Rua Marechal Floriano, Rua Uruguaiana, Largo da Carioca, Rua Barão de São Gonçalo, Av. Beira Mar, Av. da Ligação, Av. Beira Mar, Praia da Saudade, Rua Barão do Rio Bonito, Rua da Passagem, Túnel Novo, Rua Sampaio Corrêa, Av. Atlântica, Igrejinha e Av. Vieira Souto, até o Country Club e vice-versa.

(Publicação da Light, Auto Omnibus - 1940)

Aqui, uma informação sobre o encerramento das atividades da Exposição e automaticamente dos carros de passeio operados pela Auto Omnibus.  

(O Imparcial, 04/10/1922)

Em 1926 a empresa, já com a denominação social alterada para Auto Omnibus S/A, operava mais uma linha, como a citada nesta matéria.

(O Paiz, 24/07/1926)

Veja a seguir modelo dos vales utilizados pelas duas empresas em comum.

(O Paiz, 05/02/1928)

Em 09 de julho de 1928, a empresa inaugurou ao mesmo tempo 4 linhas, a saber: Praça Mauá x Igrejinha, Praça Mauá x Leblon, Monroe x Muda e Monroe x Meyer. Nos recortes a seguir, conheçam seus itinerários e preços de suas passagens.

(Publicação da Light, Auto Omnibus - 1940)

Nos dois recortes a seguir, informações sobre onde funcionava a garagem da empresa, à Praia de Botafogo, nº 195.

(Jornal do Brasil, 06/07/1928)

Entre 1928 e 1930, a empresa adquiriu mais outras seis companhias de ônibus e ampliou suas linhas, independente do caminho traçado pela Excelsior, inclusive tendo sua garagem e dependências separadas, na Rua Desembargador Isidro, na Tijuca.

As empresas adquiridas foram: Motor Viação, Viação Conceição, Viação Tijuca, Auto Viação Maracanã, Viação Ipiranga e Empreza Brasileira de Auto Omnibus.

Veja quadro a seguir para entendimento completo da formação da Auto Omnibus e da Excelsior.

(Publicação da Light, Auto Omnibus - 1940)

Nessa ilustração a seguir, a primeira vez em que é citada a utilização de fichas – que é uma criação da Light –, na linha Monroe x Muda.

Nota do Editor 1: Interessante é que na primeira matéria encontrada na qual é citado o uso de fichas, foi através da Auto Omnibus, quando na prática a primeira ficha considerada como circulante em ônibus do Rio de Janeiro tem estampado o nome da Viação Excelsior. Das duas uma, ou a Auto Omnibus tinha sua própria ficha, e ninguém conhece, ou a ficha com descritivo da Excelsior era usada nas empresas do grupo.

(A Noite, 20/07/1928)

Adicionalmente, anúncios em jornais da época, de linhas da Auto Omnibus, notificando ampliação de sua abrangência com novas linhas – Monroe x Cancela e Monroe x Andaraí –, e outras mais informações.

(A Noite, 30/11/1928)

(Jornal do Brasil, 16/12/1928)

(Jornal do Brasil, 19/04/1929)

(O Paiz, 01/01/1930)

Nova linha é estabelecida pela empresa, trata-se da Monroe x Praça Saenz Peña. Vejam no Terno Aditivo, seu itinerário e preços.

(Publicação da Light, Auto Omnibus - 1940)

Apesar de haver citada acima sua inauguração para 1º de dezembro, somente agora, através deste Termo Aditivo, é colocada em funcionamento em 15 de dezembro a linha Monroe x Cancela, em substituição à linha Monroe x Saenz Peña. Vejam em anexo.

(Publicação da Light, Auto Omnibus - 1940)

A Studebaker do Brasil – empresa responsável pela importação de caminhões e chassis para ônibus –, vendeu chassis para algumas empresas de ônibus que faliram, e dentre essas, três (vejam Organograma de Fundação) repassaram sua explorações de concessões de linhas urbanas, ao devolver seus veículos que ainda não se achavam pagos em sua totalidade para a Studebaker, que por Termos de Obrigações assumiu operar as linhas, mesmo não sendo sua área de atuação.

A seguir, temos dois Termos de Transferências, das três empresas falidas, passados para a Auto Omnibus.

(Jornal do Brasil, 25/09/1929)

(Jornal do Brasil, 11/02/1930)

Por fim, em 1933, através de Termo de Transferência, a Auto Omnibus foi totalmente absorvida pela Viação Excelsior, bem como as linhas que explorava e suas garagens, que já atuavam em conjunto.

(Publicação da Light, Auto Omnibus - 1940)

Nota do Editor 2: O livro da Light, citado na matéria, foi cedido por Jaime Pericas, a quem agradecemos.


[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

quarta-feira, 5 de março de 2014

Dahmen's Auto-Excursões

Fugindo um pouco, ou um tanto, ao trivial, estamos entrando em uma nova área das pesquisas e divulgações sobre o assunto transportes, onde iremos focalizar outros itens relacionados à causa, hoje falando especificamente de turismo.

Assim sendo, um alemão, Paulo Dahmen, que já executava esta atividade em outras cidades e países, decidiu investir aqui no Rio de Janeiro e pediu concessões para a instalação da Dahmen’s Auto-Excursões. Seus veículos eram como os mostrados a seguir.



A empresa conseguiu três concessões: Avenida Rodrigues Alves à Tijuca, Avenida Rodrigues Alves até o Alto da Boa Vista, e por último uma circular, da Avenida Rodrigues Alves ao Jardim Botânico, conforme notícias dos periódicos a seguir.

(O Paiz, 05/09/1924)

(O Paiz, 10/09/1924)

(A Noite, 13/09/1924)

(Gazeta de Notícias, 14/09/1924)

(Revista da Semana, 25/10/1924)

Apesar de todas as regulamentações e itinerários a cumprir, também havia ‘saídas pela contra mão’, como mostra a multa aplicada, descrita nesse recorte anexo.

(Jornal do Brasil, 27/01/1925)

Há também a procura de profissionais competentes para o transporte dos passageiros.

(Jornal do Brasil, 22/07/1925)

A partir de fevereiro/1926 não conseguimos mais informações sobre a Dahmen’s Auto-Excursões (O Paiz, 06/02/1926).

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]