A
empresa Motor Viação (Barretto & Santos) começou suas operações após a
concessão permitida pela Prefeitura do Distrito Federal, em 29 de março de
1927, para a linha Praça Marechal Deodoro x Praça Mauá.
Obedecia
ao seguinte itinerário: Praça Marechal Deodoro, Rua Figueira de Mello, Rua São
Christóvão, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Rua Visconde de Itaúna, Praça
Onze de Junho, Rua Sant’Anna, Av. Mem de Sá, Largo da Lapa, Rua Teixeira de
Freitas, Av. Beira Mar, Av. Rio Branco e Praça Mauá.
Suas
seções foram divididas em: da Praça Mal. Deodoro até a Av. Pedro Ivo, $200
(duzentos réis), da Av. Pedro Ivo à Praça Onze de Junho, $200 (duzentos réis),
da Praça Onze de Junho até o Largo da Lapa, $200 (duzentos réis) e do Largo da
Lapa até a Praça Mauá, $200 (duzentos réis).
(Jornal do Brasil, 29/03/1927) |
(Revista 'Vida Doméstica', abril/1927) |
(Jornal do Brasil, 21/06/1927) |
Essa linha
posteriormente teria sua terminologia mudada para Campo de São Chistóvão x
Praça Mauá.
(Revista 'Vida Doméstica', abril/1927) |
Em 16
de junho de 1927 obtém concessão para exploração da linha Praça Mauá x General
Polydoro.
Seu
itinerário era: Praça Mauá, Av. Rio Branco, Av. Beira-Mar, Rua Almirante
Tamandaré, Rua do Cattete, Largo José de Alencar, Rua Marquês de Abrantes, Av.
Beira Mar, Rua General Polydoro e Rua Real Grandeza.
Teve
as seguintes seções: da Praça Mauá ao Largo José de Alencar, $400 (quatrocentos
réis), do Largo José de Alencar ao Pavilhão Mourisco, $200 (duzentos réis) e do
Pavilhão Mourisco à Rua Real Grandeza, $200 (duzentos réis).
(Jornal do Brasil, 21/06/1927) |
(Revista 'Vida Doméstica', julho/1927) |
Como é
normal, reclamação por parte dos usuários é o que não falta, como comprovamos a
seguir.
(Jornal do Brasil, 24/06/1927) |
Em 27
de setembro de 1927 a sociedade termina, e a empresa Barretto & Santos
torna-se Thomaz Santos.
(Correio da Manhã, 27/09/1927) |
A
segunda concessão foi progressivamente, durante o tempo, sendo prolongada,
assim como Praça Mauá x Largo do Machado, Praça Mauá x Pavilhão Mourisco, Praça
Mauá x Praça Serzedelo Corrêa (Copacabana).
Essa
linha tinha o seguinte itinerário: Praça Mauá, Av. Rio Branco, Av. Beira-Mar,
Av. Oswaldo Cruz, Av. Beira-Mar, Rua Marquês de Olinda, Rua Bambina, Rua São
Clemente, Rua Real Grandeza, Túnel Alaor Prata, Rua Barroso e Praça Serzedelo
Corrêa.
Era
composta de duas seções: Praça Mauá à Real Grandeza, &800 (oitocentos réis)
e General Polidoro à Praça Serzedelo Corrêa, $200 (duzentos réis).
(Jornal do Brasil, 11/02/1928) |
(Jornal do Brasil, 21/04/1928) |
Em abril de 1928
a concessão da linha foi transferida à
Studebaker do Brasil S/A, porém mantendo o nome fantasia Motor Viação.
(Jornal do Brasil, 29/04/1928) |
Continuando
sua linha de trocas de pontos finais, a linha Praça Mauá x Copacabana foi
substituída para Praça Mauá x General Polidoro, em junho/1928.
Seu
itinerário era: Praça Mauá, Av. Rio Branco, Av. Beira-Mar, Av. Oswaldo Cruz,
Av. Beira-Mar, Pavilhão Mourisco, Rua da Passagem, Rua General Polydoro e Rua
Real Grandeza até o Túnel Alaor Prata, onde fazia ponto terminal ao lado do
Cemitério São João Batista.
A
linha teve uma única seção direta, no valor de $400 (quatrocentos réis), porém
podendo ser cobradas duas seções intermediárias entre o Pavilhão Mourisco e o
Túnel Alaor Prata, na ida e Palácio Monroe e a Praça Mauá, na volta, ambas no
valor de $200 (duzentos réis).
(Jornal do Brasil, 15/06/1928) |
Para
efeitos de esclarecimento, a firma citada como sendo a sucessora, Studebaker do
Brasil S/A, era, como pode ser visto no recorte a seguir, uma empresa
internacional fabricante de automóveis e também de caminhões (chassis
provavelmente utilizados na fabricação de ônibus), que manteve no Brasil uma
subsidiária, que os importava e vendia localmente. Esta subsidiária teve sua
liquidação em 15 de novembro de 1933.
(A Noite, 08/01/1921) |
Não
temos absoluta certeza, mas a empresa Motor Viação deve ter encerrado suas
atividades em torno de 1930.
[Pesquisa de Eduardo
Cunha e Claudio Falcão]
Simplesmente, pesquisa cultural!!!! Parabéns!!!!!
ResponderExcluirGrato mais uma vez. Mesmo que se transcreva texto pelo menos houve o tempo gasto na pesquisa, montagem e edição/publicação.
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