domingo, 31 de agosto de 2014

Viação Irajá

A empresa começou a operar em 1932, através de um termo assinado em 26 de fevereiro daquele ano pelo proprietário Melchiades José Coelho da Rocha, para operar as linhas Cascadura x Barra da Tijuca, Cascadura x Bangu e Madureira x Irajá.

A linha Cascadura x Barra da Tijuca, obedecia ao seguinte itinerário: Cascadura, Rua Coronel Rangel, Rua Cândido Benício, Largo do Tanque, Estrada da Freguesia, Porta da Água, Estrada da Tijuca e Largo da Barra.

Suas seções eram: Cascadura à Praça Seca, $200 (duzentos réis), Praça Seca ao Largo do Tanque, $200 (duzentos réis), Largo do Tanque ao Largo da Freguesia, $200 (duzentos réis), Largo da Freguesia à Estrada da Tijuca com Rio das Pedras, $500 (quinhentos réis), Estrada da Tijuca à Estrada das Furnas, $500 (quinhentos réis) e Estrada das Furnas ao Largo da Barra, $ 500 (quinhentos réis).

A linha Cascadura x Bangu ia por Cascadura, Rua Coronel Rangel, Estrada Intendente Magalhães e Bangu.

As seções eram: Bangu a Realengo, $200 (duzentos réis), Realengo a Capellinha, $200 (duzentos réis), Capellinha a Morgado, $200 (duzentos réis), Morgado a Xavier Conrado, $200 (duzentos réis) e Xavier Conrado a Cascadura, $400 (quatrocentos réis).

A linha Madureira x Irajá, saía pela Rua Domingos Lopes, Estrada Marechal Rangel e Estrada Monsenhor Félix.

Teve também as seguintes seções: Madureira ao Largo de Vaz Lobo, $200 (duzentos réis) e Largo de Vaz Lobo até a Estrada Monsenhor Félix, esquina com a Rua Pau Ferro, $200 (duzentos réis).        

Sua garagem era na Estrada Marechal Rangel, nº 77, Madureira, atual Av. Ministro Edgard Romero (referência: site MILBUS).

(Jornal do Brasil, 02/03/1932)

No ano seguinte, há um termo aditivo, datado de 9 de janeiro de 1933, provavelmente afetando a linha Madureira x Irajá e transferindo-a para Madureira x Vila Santa Teresa.

Essa nova linha obedecia ao seguinte itinerário: Rua Carolina Machado, Rua Maria Freitas, Rua Domingos Lopes, Rua Conselheiro Galvão e Rua dos Rubis, fazendo ponto final na esquina da Rua Ururahy.

Teve as seções: Madureira à Estação de Turiassu, $200 (duzentos réis), da Estação de Turiassu à Estação de Sapé $200 (duzentos réis) e da Estação de Sapé à Rua dos Rubis, esquina de Ururahy, $200 (duzentos réis) (referência: Jornal do Brasil, 10/01/1933).

Ainda em 1933, a empresa trocou de propriedade para Eduardo Duarte da Cruz, filho de Américo Duarte da Cruz, proprietário de outras empresas, mas o Termo de Transferência não cita quais linhas eram operadas por esta empresa, na época.

(Jornal do Brasil, 24/05/1933)

Já em 1936, foi publicada uma nota intimando o proprietário da empresa, Eduardo Duarte da Cruz, a comparecer a uma repartição para comprovar a idoneidade da firma Batista & Simões, interessada em adquirir a Viação Irajá, porém nada foi encontrado sobre essa firma, nem se houve a concretização do negócio (referência: Jornal do Brasil, 22/01/1936).

A última informação que encontramos sobre a empresa foi uma exigência a cumprir, em 1937, que pode ter sido o último ano de operação da empresa (referência: Jornal do Brasil, 23/10/1937).

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

6 comentários:

  1. Caro Eduardo, me perece que a Viação Irajá operou a linha Madureira x Irajá em conjunto com a Viação Santos Dumont. O mesmo com a Cascadura x Bangu, que era em conjunto com a Viação Vera Cruz. Quanto à Cascadura x barra, nessa época desconhecia a sua existência. Sds, Antonio Sérgio.

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  2. Boa tarde, Antonio Sérgio, tudo bem? Grato pela participação. Essa linha Madureira x Irajá teve muitas empresas que a operaram, posteriormente S-22 e S-23A, mas eu desconheço o paralelismo da Irajá com a Santos Dumont, visto a Irajá ter acabado em 1937. Como a Santos Dumont é de 1939, sei que operou essas linhas a partir de 39, como também outras linhas. Mas se de todo você tiver algum documento, com data e fonte, gostaria de ver e mudarei com prazer. Sobre a linha Cascadura x Bangu, junto com a Vera Cruz, também desconheço pois só tenho a Vera Cruz operando de 29 a 40, como S-13, coisa que a Irajá operou em 32. Houve um certo tempo de paralelismo, pois não é impossível, que além de ser atestado por mim agora –só preciso citar isso no blog -, a Vera Cruz era do pai do dono da Irajá, já viu não é? Quanto a linha Cascadura x Largo da Barra, tornou-se a S-33, foi operada em 1931, pela Viação Baptista, que faliu, mas antes explorou o local e deixou o espaço para outra, no caso a Irajá. Abraços, Eduardo.

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  3. Prezado Eduardo, com relação a existência da Viação Santos Dumont antes de 1939, a informação obtive no seu próprio blog no histórico do Viação Léa, quando esta mudou sua razão social em 1932. Além disso, o link http://iraja.jorgerodrigues.com.br/transporte/onibus.html mostra uma reportagem sobre a empresa em 1937. Abraços, Antonio Sérgio.

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  4. Caro Antonio Sérgio, boa noite. Houve um engano e uma explicação incompleta em minhas afirmativas . Me enganei ao afirmar que ela é de 39, quando na verdade ela é de 32, como você leu na nossa matéria e me corrigiu. Quanto a explicação, não ficaram claras as datas que ocorreram os fatos. Ambas operaram as linhas mas em anos bem diferentes, a Irajá, em 32 e a Santos Dumont até 35, A Santos Dumont também operou uma variante a S-23A. Quanto ao blog citado tirando o Rio Ilustrado as demais fontes são muito pessoais e sem eu conhecê-las, mas acredito não precisarmos mais destas informações. Desculpe-me e grato pela "chamada de atenção". Abraços.

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  5. Que é isso, Eduardo! Quem sou eu para chamá-lo atenção? Enganos acontecem. Estou aqui mais pra aprender do que para ensinar. Abraços, Antonio.

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    1. Antonio Sérgio, foi mais uma forma de falar. O chamar a atenção era me mostrar, lembrar. Escrevemos assuntos tão ligados entre empresas que até esquecemos que ir bater uma contra a outra, para ve se está "fechando". Abraços.

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