domingo, 7 de setembro de 2014

Viação Moderna / Viação Ypiranga

Ônibus 'Grajahú', da Viação Moderna, em 1932

A 26 de fevereiro de 1932, o Sr. Francisco Gomes Ribeiro, representante e razão social da Viação Moderna, assinava, junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, um termo de obrigação pelo qual se comprometia a estabelecer um serviço de transporte de passageiros por meio de auto-ônibus, com a linha Monroe x Grajaú.

Itinerário da linha: Av. Rio Branco, Rua Marechal Floriano, Praça da República, Rua Senador Eusébio, Av. Lauro Müller, Rua Pará, Rua Sergipe, Av. Maracanã, Rua São Francisco Xavier, Av. 28 de Setembro, Rua Visconde de Santa Isabel, Rua Mearim, Rua Maquiné, com o ponto final à Praça Edmundo Rego (Grajaú). A volta ocorria pelo mesmo itinerário, no entanto passando pela Rua Visconde de Itaúna, em vez de Senador Eusébio.

Era dividida nas seguintes seções: Praça Paris à Av. Maracanã, esquina da Rua Matta Machado, $600 (seiscentos réis); deste ponto à Praça 7 de Março (Barão de Drummond), $200 (duzentos réis) e da Praça 7 à Praça Edmundo Rego, $200 (duzentos réis), sendo a passagem direta cobrada à razão de 1$000 (hum mil réis).

(Jornal do Brasil, 02/03/1932)

Mais adiante, a direção da empresa solicitou autorização para fazer alguns dos seus veículos circularem à noite pelo ‘circuito’ dos teatros, na Praça Tiradentes e arredores, porém, pelo menos em um primeiro momento, não foi atendida pela PDF.

(A Noite, 27/04/1932)

Pouco mais de um ano depois, a 25 de maio de 1933, eram assinados dois termos perante o inspetor de concessões da Prefeitura.

O primeiro, um termo aditivo, tratava da substituição de denominação da empresa, de Viação Moderna para Viação Ypiranga, isto apesar desta ter sido ‘criada’ em 3 de abril de 1933. E o segundo, um termo de transferência, pelo qual o Sr. Francisco Gomes Ribeiro “cedia e transferia” à firma individual do Sr. Luiz Gomes Ribeiro, nova razão social da empresa, o termo de obrigação que havia assinado a 26 de fevereiro de 1932.

(Jornal do Brasil, 27/05/1933)

(Jornal do Brasil, 27/05/1933)

Nessa época, sua garagem localizava-se à Rua Mariz e Barros, nº 251 – Maracanã, perto da Rua Senador Furtado (referência: site MILBUS).

Sabemos que a empresa operou a linha 23 – Theatro Municipal x Grajaú, porém não temos informações em qual data (referência: site MILBUS).

Pouquíssimo tempo durou a Viação Ypiranga, pois a 4 de outubro do mesmo ano, 1933, era cassada pela Inspetoria de Concessões a licença da mencionada empresa, “por ter sido paralisado o tráfego de sua linha ‘C. Municipal-Grajaú’, por mais de 24 horas, sem causa justificada”.

(Jornal do Brasil, 05/10/1933)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha] 

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