domingo, 31 de janeiro de 2016

Auto Viação Metrópole Ltda.

Antes de falarmos sobre a empresa, gostaríamos de lembrar-lhes que quase concomitantemente existiram duas “Viação Metrópole” na nossa cidade, sendo que sobre a primeira – S/A –, já publicamos (recomendamos acessar o link: http://rionibusantigo.blogspot.com.br/2015/08/viacao-metropole-sa.html).

Não temos dados de sua fundação, mas devido a ser uma linha de auto-lotações ou caminhonetes, como eram chamados na época, por analogia consideramos que ela tenha sido da década de 50 e não anterior.

Nossa primeira referência é oriunda de uma batida, seguida de atropelamentos, ocorridos na Rua Leopoldina Rego, na Penha, na qual também soubemos ser a sua linha Parada de Lucas x Praça Tiradentes.

(A Noite, 11/01/1952)

Novo acidente com vários feridos nos chega ao conhecimento, devido ao excesso de velocidade, de outro lotação da Metrópole e desta vez com um bonde da linha São Januário, na Av. Presidente Vargas.

(A Noite, 12/08/1952)

Aqui temos em uma matéria que registra todas as linhas de auto-lotações existentes no Distrito Federal, a comprovação da linha permitida para exploração da empresa, informando a quantidade de veículos que ela possuía e com a lotação dos mesmos.

(A Manhã, 25/11/1952)

Em consequência da falta de emplacamento dos veículos de algumas empresas no prazo, passageiros da Zona da Leopoldina ficaram totalmente ou quase totalmente sem meios de transportes para se deslocarem de suas residências até seus trabalhos e vice-versa. Entre eles os da Metrópole.

(Última Hora, 16/03/1953)

Dois anos depois, uma notícia indica que duas empresas de lotações obtiveram concessões para colocar ônibus. São elas a Transportes Carvalho Silva, na linha S-30 – Méier x Bangu – posteriormente transferida pata a Transportes Oriental Ltda. –, e a Auto Viação Metrópole Ltda., na nova linha 80 – Madureira x Candelária, posteriormente passada para a Transportadora Rosane Ltda.

A linha 80 tinha o seguinte itinerário: Madureira, Rua Conselheiro Galvão, Turiaçu, Rocha Miranda, Av. Barro Vermelho, Colégio, Irajá, Cemitério, Av. Água Grande, Parada de Lucas, Av. Brasil, Leopoldina, Av. Presidente Vargas e Candelária.

Pelo que poderemos ver adiante, os lotações da empresa continuaram circulando também na linha de Madureira.

(A Noite, 23/04/1955)

Ficha usada nos ônibus - década de 50

Devido a uma dívida de Cr$15.000,00 (quinze mil cruzeiros), a firma Coimbra & Cia. Ltda. requereu a falência da empresa, que foi decretada pela 7ª Vara Cível.   

No mesmo recorte, descobrimos que a sede da empresa era à Rua Mariz e Barros, nº 93 – 1º andar, atualmente na Praça da Bandeira.

(Correio da Manhã, 28/03/1956)

Mesmo com a decretação de falência e a concessão para operar ônibus, os motoristas dos lotações, enquanto operaram, continuavam a ser mautoristas, e ainda causando desastres, como citado neste próximo recorte, ao atravessar a cancela fechada da Rua Lobo Júnior, na Penha. 

(Diário de Notícias, 30/03/1956)

É presumível que a empresa realmente faliu em 1956, visto que a linha 80, neste mesmo ano, passou a ser operada pela Rosane.

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão] 

domingo, 24 de janeiro de 2016

Companhia de Transportes Campo Grande

Ficha do início da década de 50

No início de suas atividades, a Companhia de Transportes Campo Grande tinha sua garagem localizada à Rua João Ricardo, nº 24, Largo da Cancela – São Cristóvão, de acordo com informações colhidas em DOU/DF.

E em dois periódicos de grande circulação, à época, no Rio de Janeiro, ‘Correio da Manhã’ e ‘Diário de Notícias’, encontramos citações referentes à CTCG em setembro de 1951.

Em ambos os casos, eram críticas a um grande empréstimo efetuado à empresa, pelo Banco da Prefeitura, para estabelecimento da linha Campo Grande x Lapa.

Informava-se que a CTCG já explorava, “em regime deficitário”, as linhas 84 e 85 (ambas no trajeto Lins de Vasconcelos x Santa Rita), além da 104 – Praça Barão de Drummond x Praça General Osório e da 106 – Lins x Urca.

(Correio da Manhã, 14/09/1951)

(Diário de Notícias, 14/09/1951)

Pela notícia de um acidente, em maio de 1952, verificamos que a empresa estava circulando com a linha Candelária x Campo Grande, cujo número era 78.

(Diário da Noite, 06/05/1952)

Já pela pequena nota adiante, a respeito da posse da ‘nova’ diretoria do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro, tomamos ciência de que o Sr. Pedro Avelino, presidente empossado, também era o presidente das empresas TURI, EMO, bem como da própria CTCG.

(Correio da Manhã, 11/07/1952)

Pelos recortes a seguir, a respeito de novo acidente, vemos que outra linha era explorada pela CTCG. Era a linha 92 – Praça Independência (Praça Tiradentes) x Penha.

(A Noite, 16/07/1952)

(Diário da Noite, 16/07/1952)

Adiante, temos uma imagem bem pouco nítida de um ônibus da empresa, dito da linha Acari x Candelária, na estação de ônibus de Acari. O texto dizia que corriam onze veículos nessa linha, sendo o preço da passagem de Cr$5,00 (cinco cruzeiros).

(Diário da Noite, 06/08/1952)

A seguir, mostramos a pequena notícia de outro acidente com um ônibus da linha 92, agora na Av. Presidente Vargas.

(Diário de Notícias, 21/10/1952)

Já na matéria adiante, veem-se as queixas dos usuários da linha 91 – Praça Independência x Acari, outrora explorada pela Copanorte, e naquela época pela CTCG, quanto ao mau estado da frota, a impontualidade nas partidas e também quanto aos funcionários, por vezes desuniformizados, “maltrapilhos e sujos”.

(Diário de Notícias, 08/01/1953)

No mês seguinte, uma briga envolvendo o motorista e o trocador de um carro da linha 92, e o condutor e o passageiro de um automóvel que teria sido abalroado pelo ônibus. O caso foi parar na delegacia.

(A Noite, 18/02/1953)

Em maio de 1953, sério acidente com um ônibus da linha 92 – IAPI x Praça Tiradentes (aqui já aparece a denominação atual do logradouro).

(A Noite, 13/05/1953)

Agora foi um ônibus da linha 91 – Praça Independência x Acari a se envolver em um acidente, supostamente por falha nos freios, na Av. Presidente Vargas, região da Praça Onze.

(Diário de Notícias, 14/08/1953)

Ainda naquele mês, interessante matéria do periódico ‘Correio da Manhã’, mostrava as queixas dos usuários da linha Tiradentes x Acari, que contava com apenas três veículos circulando, com “elevados preços das passagens”.

Notem que nesta reportagem acham-se também mencionadas duas linhas que eram exploradas pela Viação Redentor: S-14 – Cascadura x Anchieta e S-12 – Cascadura x Bangu.

(Correio da Manhã, 30/08/1953)

Adiante, mais queixas com relação aos ônibus da linha Acari x Praça Tiradentes, que “vivem enguiçados”.

(Diário de Notícias, 16/06/1954)

Já em janeiro do ano seguinte, uma pequena nota dá conta de que o acervo da CTCG havia sido adquirido pelos representantes da Mercedes Benz no Rio de Janeiro, com a intenção de transformar seus ônibus em caminhões, “que é mais rendoso”.

(Diário Carioca, 13/01/1955)

Dois meses depois, na coluna de ‘Falências e concordatas’ do diário ‘A Noite’, verificamos um despacho em que o juiz da 14ª Vara Cível “mandou ouvir a falida, o síndico e o Dr. Curador de Massas”, referindo-se à Companhia de Transportes Campo Grande.

(A Noite, 10/03/1955)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 17 de janeiro de 2016

Viação Constelação

As primeiras informações encontradas por nós sobre a Viação Constelação diziam logo respeito à notificação de uma dívida de Cr$400,00 (quatrocentos cruzeiros) com o Departamento de Concessões da PDF, e com o prazo de dez dias para saldá-la. Isto ocorreu em novembro de 1950, como o leitor poderá verificar adiante, na qual a empresa achava-se acompanhada de diversas outras.

(Diário de Notícias, 19/11/1950)

(Diário da Noite, 21/11/1950)

Em abril de 1951, na região de Campo Grande, a notícia de um atropelamento causado por um ônibus da Viação Constelação.

(Diário de Notícias, 13/04/1951)

Já em agosto do mesmo ano, verificamos, através da notícia de um acidente com um dos seus veículos, que a linha que a empresa operava era Campo Grande x Cascadura.

(Última Hora, 02/08/1951)

Dois meses depois, em informação que já é do conhecimento dos leitores habituais do blog, temos outra notificação relativa a dívidas de empresas de ônibus, dentre elas a Viação Constelação, mais uma vez com o Departamento de Concessões da PDF, e novamente com o prazo de dez dias para liquidá-las, “sob pena de cassação imediata dos respectivos privilégios”.

(Diário de Notícias, 14/10/1951)

Teria sido esta a ‘pá de cal’ no destino da empresa?

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 10 de janeiro de 2016

Viação Marambaia

Empresa que, pela referência de nome, operou na Zona Oeste do antigo Distrito Federal, diríamos totalmente desconhecida e sem qualquer informação que nos traga detalhes sobre sua(s) linha(s), seu(s) proprietário(s), sua garagem, etc.

Dessa forma, as únicas referências que encontramos a seu respeito são sobre sua dívida com a Prefeitura do Distrito Federal e sua falência.

(Diário de Notícias, 14/10/1951)

(A Noite, 30/10/1953)

Ou seja, só sabemos isso sobre ela e publicamos aqui para marcar sua efêmera (???) existência na cidade.

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

domingo, 3 de janeiro de 2016

Viação São Cristóvão

Em dezembro de 1949, na seção de classificados do ‘Jornal do Brasil’, foi publicado um anúncio solicitando eletricista “com prática para empresa de ônibus” para a Viação São Cristóvão, devendo o candidato dirigir-se à Estrada Vicente de Carvalho, nº 791.

Foi a referência mais antiga que localizamos sobre a empresa.

(Jornal do Brasil, 09/12/1949)

Já em janeiro de 1950 foi publicado um despacho da Secretaria de Viação e Obras da PDF, relativo à Viação São Cristóvão: “de acordo”, sem detalhes do que se tratava.

(Correio da Manhã, 07/01/1950)

Ainda no mesmo ano, um acidente com um ônibus da Viação São Cristóvão.

(A Noite, 04/09/1950)

Pouco mais de um mês após, era publicado na coluna ‘Indústria e Comércio’, no periódico ‘Diário Carioca’, o registro de constituição da firma Viação São Cristóvão Ltda., na Divisão de Registro do Departamento Nacional da Indústria e Comércio, com o capital de Cr$1.000.000,00.

(Diário Carioca, 14/10/1950)

E pelo pequeno anúncio classificado adiante, verificamos o endereço da empresa: Rua Oliveira Figueiredo, nº 100 – Vaz Lobo.

(Jornal do Brasil, 10/01/1951)

A linha explorada pela Viação São Cristóvão era Cascadura x Coelho Neto. É o que se conclui por outro anúncio classificado.

(Jornal do Brasil, 17/02/1951)

Também esta empresa teve um débito com a Prefeitura, cuja cobrança foi noticiada pelo ‘Diário de Notícias’, em outubro de 1951.

(Diário de Notícias, 14/10/1951)

Certamente conseguiram quitar tal débito, pois a empresa continuou a circular com os seus ônibus, pelo menos até fevereiro de 1955, quando uma quadrilha de assaltantes à mão armada e traficantes de maconha foi desarticulada, sendo que um dos seus integrantes era motorista da Viação São Cristóvão, o qual confessou que “também a empresa para onde trabalha era vítima de seus furtos: um único bilhete de passagem, ele o vendia às vezes até a dez pessoas”.

(Diário Carioca, 02/02/1955)

Daí em adiante não logramos encontrar mais notícias sobre a empresa objeto desta matéria.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]