Antes de falarmos
sobre a empresa, gostaríamos de lembrar-lhes que quase concomitantemente
existiram duas “Viação Metrópole” na nossa cidade, sendo que sobre a primeira –
S/A –, já publicamos (recomendamos acessar o link: http://rionibusantigo.blogspot.com.br/2015/08/viacao-metropole-sa.html).
Não temos dados
de sua fundação, mas devido a ser uma linha de auto-lotações ou caminhonetes,
como eram chamados na época, por analogia consideramos que ela tenha sido da
década de 50 e não anterior.
Nossa primeira
referência é oriunda de uma batida, seguida de atropelamentos, ocorridos na Rua
Leopoldina Rego, na Penha, na qual também soubemos ser a sua linha Parada de
Lucas x Praça Tiradentes.
(A Noite, 11/01/1952) |
Novo acidente
com vários feridos nos chega ao conhecimento, devido ao excesso de velocidade, de
outro lotação da Metrópole e desta vez com um bonde da linha São Januário, na
Av. Presidente Vargas.
(A Noite, 12/08/1952) |
Aqui temos em
uma matéria que registra todas as linhas de auto-lotações existentes no
Distrito Federal, a comprovação da linha permitida para exploração da empresa,
informando a quantidade de veículos que ela possuía e com a lotação dos mesmos.
(A Manhã, 25/11/1952) |
Em consequência
da falta de emplacamento dos veículos de algumas empresas no prazo, passageiros
da Zona da Leopoldina ficaram totalmente ou quase totalmente sem meios de
transportes para se deslocarem de suas residências até seus trabalhos e
vice-versa. Entre eles os da Metrópole.
(Última Hora, 16/03/1953) |
Dois anos depois,
uma notícia indica que duas empresas de lotações obtiveram concessões para
colocar ônibus. São elas a Transportes Carvalho Silva, na linha S-30 – Méier x
Bangu – posteriormente transferida pata a Transportes Oriental Ltda. –, e a
Auto Viação Metrópole Ltda., na nova linha 80 – Madureira x Candelária,
posteriormente passada para a Transportadora Rosane Ltda.
A linha 80 tinha
o seguinte itinerário: Madureira, Rua Conselheiro Galvão, Turiaçu, Rocha
Miranda, Av. Barro Vermelho, Colégio, Irajá, Cemitério, Av. Água Grande, Parada
de Lucas, Av. Brasil, Leopoldina, Av. Presidente Vargas e Candelária.
Pelo que
poderemos ver adiante, os lotações da empresa continuaram circulando também na
linha de Madureira.
(A Noite, 23/04/1955) |
Ficha usada nos ônibus - década de 50 |
Devido a uma
dívida de Cr$15.000,00 (quinze mil cruzeiros), a firma Coimbra & Cia. Ltda.
requereu a falência da empresa, que
foi decretada pela 7ª Vara Cível.
No mesmo recorte,
descobrimos que a sede da empresa era à Rua Mariz e Barros, nº 93 – 1º andar, atualmente
na Praça da Bandeira.
(Correio da Manhã, 28/03/1956) |
Mesmo com a
decretação de falência e a concessão para operar ônibus, os motoristas dos
lotações, enquanto operaram, continuavam a ser ‘mautoristas’, e ainda causando
desastres, como citado neste próximo recorte, ao atravessar a cancela fechada da
Rua Lobo Júnior, na Penha.
(Diário de Notícias, 30/03/1956) |
É presumível que
a empresa realmente faliu em 1956, visto que a linha 80, neste mesmo ano,
passou a ser operada pela Rosane.
[Pesquisa de Eduardo
Cunha e Claudio Falcão]