domingo, 3 de maio de 2015

Viação Soberana

Em 6 de fevereiro de 1934, a firma F. B. Fernandes & Cia. Ltda., razão social da Viação Soberana, assinava junto à Prefeitura, o Termo de Obrigação Inicial, que a obrigava a instalar uma linha de ônibus entre o Méier e Bangu e tendo sua sede na Rua dos Cardosos, nº 32.

Nos dias de hoje, existe uma rua com o mesmo nome, em Sepetiba, mas não podemos afirmar ser a mesma.

O itinerário que a empresa tinha que seguir era Estação do Meyer, Rua Carolina Meyer, Rua Frederico Meyer, Rua Lucídio Lago, Rua Arquias Cordeiro, Rua José dos Reis, Rua da Abolição, Avenida Suburbana, Rua Coronel Rangel, Largo do Campinho, Estrada Rio-São Paulo, Bangu, e vice-versa.

E os preços por seções seriam: do Méier a Abolição, $200 (duzentos réis); da Abolição a Cascadura, $200 (duzentos réis); de Cascadura a Xavier Curado, $400 (quatrocentos réis); de Xavier Curado a Morgado, $200 (duzentos réis); do Morgado a Capelinha, $200 (duzentos réis); da Capelinha a Realengo, $200 (duzentos réis); e de Realengo a Bangu, $200 (duzentos réis). 

(Jornal do Brasil, 07/02/1934)

Nos próximos recortes poderemos ler citações conjuntas, onde aparecem duas empresas, a São Jorge e a Soberana, inaugurando suas linhas, bem como da inauguração, somente da Soberana.

(Diário da Noite, 07/02/1934)

(O Paiz, 08/02/1934)

(A Batalha, 08/02/1934)

E para fecharmos a longa história da empresa (...), segue o Termo Aditivo de Obrigação, sendo ela transferida para o seu novo proprietário, Américo Duarte da Cruz, o qual por incorporação adquire a concessão, linha e veículos para a Viação Vera Cruz.

Ela foi uma pequena empresa que conseguiu explorar um ótimo itinerário, que em nossa opinião foi o embrião da atual 689 – Méier x Campo Grande. Como diria o ‘Termo’, na época: “fica, pelo termo ora assignado, extincta e se incorpora, para todos os effeitos legaes, à Viação Vera Cruz, constituindo uma só empresa, com esta última denominação”.

(Jornal do Brasil, 01/05/1935)

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

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