domingo, 31 de maio de 2015

Viação Penha Ltda.

Começamos a localizar pequenas notas sobre a Viação Penha Ltda., no ‘Jornal do Brasil’, a partir da edição de 15/10/1937, e elas se sucederam em 31/10, 06/11 e 14/11/1937, todas referentes a despachos “deferidos”, sem maiores detalhes.

Porém somente a 20 de dezembro de 1937 foi assinado o termo de transferência e unificação das empresas Viação Selecta, Viação Guanabara e Viação Progresso para a firma Viação Penha Ltda., esta com sede à Rua dos Romeiros, nº 10, 1º andar, e garagem e oficinas à Rua Antônio Rego, nº 143 – Olaria.

A Viação Penha passava então a explorar as linhas pertencentes às empresas que naquela ocasião se incorporavam: Monroe x Praça do Carmo, Monroe x Penha (via Rua São Luís Gonzaga) e Monroe x Penha (via Rua Bela de São João).

1) Linha Monroe x Praça do Carmo

Itinerário: Monroe, Av. Rio Branco, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Marechal Floriano, Praça da República, Rua Senador Eusébio (ida), Rua Visconde de Itaúna (volta), Av. do Mangue, Av. Francisco Bicalho, Av. Pedro II, Rua Figueira de Melo, Praça Marechal Deodoro, Rua São Luís Gonzaga, Largo de Benfica, Av. Suburbana, Av. dos Democráticos, Rua Uranos, Rua Ibiapina, Estrada Braz de Pina, Rua Plínio de Oliveira, Estrada Rio-Petrópolis e Estrada Braz de Pina, até a Praça do Carmo.

Seções: Monroe-Camerino, $200 (duzentos réis); Monroe-Barão de Mauá, $400 (quatrocentos réis); Barão de Mauá-Largo da Cancela, $200 (duzentos réis); Largo da Cancela-Benfica, $200 (duzentos réis); Benfica-Bonsucesso, $200 (duzentos réis); Bonsucesso-Ramos, $200 (duzentos réis); Ramos-Penha, $200 (duzentos réis) e Penha-Praça do Carmo, $200 (duzentos réis).

2) Linha Monroe x Penha (via Rua São Luís Gonzaga)

Itinerário: Monroe, Av. Rio Branco, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Marechal Floriano, Praça da República, Rua Senador Eusébio (ida), Rua Visconde de Itaúna (volta), Av. do Mangue, Av. Francisco Bicalho, Av. Pedro II, Rua Figueira de melo, Praça Marechal Deodoro, Largo da Cancela, Rua São Luís Gonzaga, Largo do Pedregulho, Av. Washington Luís, Rua Uranos, Av. dos Democráticos e Rua Ibiapina, até a Estação da Penha.

Seções: Monroe-Camerino, $200 (duzentos réis); Monroe-Barão de Mauá, $400 (quatrocentos réis); Barão de Mauá-Largo da Cancela, $200 (duzentos réis); Largo da cancela-Benfica,$200 (duzentos réis); Benfica-Bonsucesso, $200 (duzentos réis); Bonsucesso-Ramos, $200 (duzentos réis) e Ramos-Penha, $200 (duzentos réis).

3) Linha Monroe x Penha (via Rua Bela de São João)

Itinerário: Monroe, Av. Rio Branco, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Marechal Floriano, Praça da República, Rua Senador Eusébio (ida), Rua Visconde de Itaúna (volta), Av. do Mangue, Av. Francisco Bicalho, Rua Francisco Eugênio, Rua Figueira de Melo, Campo de São Cristóvão, Rua Bela de São João, Rua da Alegria, Benfica, Estrada Rio-Petrópolis, Rua Uranos, Av. dos Democráticos e Rua Ibiapina, até a Estação da Penha.

Seções: Monroe-Camerino, $200 (duzentos réis); Monroe-Barão de Mauá, $400 (quatrocentos réis); Barão de Mauá-Intendência da Guerra, $200 (duzentos réis); Intendência da Guerra-Benfica, $200 (duzentos réis); Benfica-Bonsucesso, $200 (duzentos réis); Bonsucesso-Ramos, $200 (duzentos réis) e Ramos-Penha, $200 (duzentos réis).

(Jornal do Brasil, 28/12/1937)

Pelo recorte a seguir, de junho de 1938, o leitor poderá observar que o ônibus da Viação Penha, envolvido em um acidente na Estrada Rio-Petrópolis, fazia a linha Braz de Pina x Monroe, que não era qualquer uma daquelas mencionadas no termo de transferência e unificação citado linhas acima. 

(A Noite, 07/06/1938)

Pouco mais de um mês depois, mais um acidente, desta vez com um carro da linha Penha x Arsenal de Marinha, onde o ponto terminal, no centro da cidade, não ficava no Monroe, como nas linhas descritas no já referido termo de transferência e unificação, mas sim no Arsenal de Marinha.

(A Noite, 12/07/1938)

(Diário Carioca, 13/07/1938)

Alguns dias após, uma carta de leitor era publicada no periódico ‘Diário de Notícias’, na qual um usuário dos carros da Viação Penha queixava-se da conduta de fiscais da empresa, que, postados na Rua Ibiapina, determinavam aos motoristas, de acordo com o movimento dos veículos da empresa concorrente, Viação Estrella do Norte, se deveriam “amarrar ou meter o pé na tábua”, nada muito diferente do ocorre nos dias de hoje.

(Diário de Notícias, 21/07/1938)

Passam-se alguns meses, e em novembro de 1938 os motoristas da Viação Penha fazem um movimento, visando receber pelas horas extras cumpridas no final de cada dia de trabalho, as quais não vinham sendo pagas pelos patrões. Veja a seguir.

(Diário da Noite, 25/11/1938)

E a última notícia que localizamos em jornais sobre a empresa foi em 21 de junho de 1940, no ‘Diário Carioca’, referindo-se à chamada de uma repartição da PDF, denominada ‘Contencioso Fiscal’, nos seguintes termos: “Estão sendo convidados a comparecer ao Departamento do Contencioso Fiscal, à Avenida Graça Aranha, 26, sobreloja, para satisfazerem o pagamento de seus débitos, sob pena de cobrança executiva, os seguintes contribuintes”, e dentre eles a Viação Penha Limitada.

Foi um projeto ambicioso, a unificação de três empresas em uma só, mas o sonho dos dez sócios cotistas iniciais durou muito pouco...

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 24 de maio de 2015

Viação Globo

A primeira informação encontrada por nós em jornais sobre a Viação Globo foi através de um edital de 31 de julho de 1936, da Diretoria dos Serviços de Utilidade Pública da PDF, publicado no ‘Jornal do Brasil’, intimando um representante da empresa a comparecer à sede daquela repartição (1).

Por meio de pequena notícia veiculada no mês seguinte pelo mesmo periódico, verificamos que a linha operada pela Viação Globo era Méier x Praia Pequena [Benfica], que a partir daquela ocasião era prolongada, passando a ser Méier x Bonsucesso, com o ponto terminal na Rua Uranos, em frente à estação ferroviária. Vejam a seguir.

(Jornal do Brasil, 18/09/1936)

Adiante temos a imagem de um ônibus da empresa, envolvido em um acidente, mas com a ‘vista’ indicando Meyer / Olaria. Observem que houve aqui um novo prolongamento da linha, que até então circulava somente até Bonsucesso. Notícias do fato foram publicadas nos diários ‘A Noite’, ‘Diário da Noite’ e ‘O Globo’, de 05/04/1937 e ‘Correio da Manhã’ e ‘O Jornal’, de 06/04/1937.

(Diário da Noite, 05/04/1937)

Através de uma notificação de multa, de agosto de 1937, publicada pelo JB, tomamos ciência que a linha então operada pela empresa era Ramos x Méier (2).

Já em 15 de outubro de 1937, o Sr. A. Soares Braga, proprietário da Viação Globo, assinava um termo de prorrogação e transferência de autorização, pelo qual a PDF concedia “a prorrogação e transferência da licença da Empresa Viação N. S. da Penha ao Sr. A. S. Braga e mudança de sua denominação para Viação Globo”.

Lendo o trecho acima reproduzido, entre aspas, interpretamos que houve a incorporação da Viação N. S. da Penha pela Viação Globo, e a unificação das duas empresas sob a denominação de Viação Globo, visto que esta última já existia, pelo menos desde julho de 1936.

A autorização mencionada era prorrogada por um período de quatro anos, contando de 30 de março de 1935, quando expirara a licença anterior.

A garagem da Viação N. S. da Penha localizava-se à Av. Suburbana, nº 737 – Jacaré, e a linha envolvida nesta operação era a Méier x Olaria.

Itinerário: Rua Aristides Caire, Rua Ferreira de Andrade, Rua Rocha Pitta, Rua Cachambi, Av. Suburbana, Rua Tenente Abel da Cunha, Av. dos Democráticos, Rua Cardoso de Morais e Rua Leopoldina Rego, até a Estação de Olaria.

Seções: Méier à Rua Honório, $200 (duzentos réis); Rua Honório à Estação de Del Castillo, $200 (duzentos réis); Estação de Del Castillo à Praça das Nações, $200 (duzentos réis); Praça das Nações à Estação de Olaria, $200 (duzentos réis) e inteira, $800 (oitocentos réis) (3).

Em julho de 1939, em notícia publicada em ‘O Globo’, verificamos que a garagem da Viação Globo mantinha-se à Av. Suburbana, nº 737 (4).

Já em novembro do mesmo ano, localizamos a última referência em jornais sobre a empresa, na qual havia menção à sua garagem, ainda na Av. Suburbana (5).

Porém, por informações colhidas na publicação ‘Guerra de Posições na Metrópole’, tomamos conhecimento de que em 1941 a Viação Globo foi adquirida pela Viação São Jorge, que ficou com a linha da primeira, S-4 – Méier x Olaria, citada linhas acima.

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 02/08/1936.
(2) – Jornal do Brasil, 18/08/1937.
(3) – Jornal do Brasil, 16/10/1937.
(4) – O Globo, 06/07/1939.
(5) – Jornal do Brasil, 12/11/1939.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 17 de maio de 2015

Companhia Santa Cruz / Empresa Jardim Guanabara

Pelo mês de junho de 1926, a Companhia Santa Cruz passou a anunciar em jornais do Rio de Janeiro a venda de terrenos em um grande loteamento na Ilha do Governador, no que viria a se constituir no bairro de Jardim Guanabara.

Naquela ocasião a empresa mantinha seus escritórios à Rua do Ouvidor, nº 61 – centro da cidade, e era voltada basicamente para a venda de terrenos nesse loteamento, bem como na abertura de ruas e na implementação de infraestrutura para a edificação de casas naquela região (1).

Seu endereço na Ilha do Governador, por essa época, era à Praia da Bica, nº 424 e, pelo menos até abril de 1937, ainda permanecia no mesmo local (2). Posteriormente passou para o nº 448 da Praia da Bica – telefones: Gov. 239 e Gov. 67 (3).

Porém em 1936 a sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro, foi transferida para a Av. Rio Branco, nº 138 – 1º andar (4).

Já em 28 de maio de 1936, era assinado, junto à Inspetoria de Concessões da PDF, um termo de transferência de obrigações, no seguinte teor:

“Pelo qual o Sr. Emídio Luís de Freitas, proprietário da Empresa E. L. Freitas, cede e transfere à Companhia Santa Cruz S.A. [representada pelo seu Diretor, João Ferreira de Morais Júnior] a linha ‘Ribeira-Jardim Guanabara’, constante do termo de obrigações assinado com a Prefeitura do Distrito Federal, em 12 de abril de 1934” (5).

Com tal medida, a Companhia Santa Cruz procurou tomar sob sua responsabilidade a oferta de transporte coletivo para a região do Jardim Guanabara, onde seus clientes construíam novas moradias.

Era este o itinerário da linha: Ponte da Ribeira, Rua Maldonado, Praia do Jequiá, Ponte da Estrada da Radiotelegrafia da Marinha, Estrada da Radiotelegrafia, Praia da Bica e Jardim Guanabara.

Compreendia duas seções: da ponte da Ribeira ao entroncamento da nova Estrada Radiotelegráfica com a da Bica, $200 (duzentos réis) e deste ponto ao Jardim Guanabara, $200 (duzentos réis), e vice-versa (6).

Logo a seguir, começaram a ser veiculados na imprensa grandes anúncios, que procuravam mostrar os progressos que já eram notados naquele bairro, dentre os quais a existência da mencionada linha de ônibus, agora sob a gerência da Companhia Santa Cruz. Veja adiante.

(Correio da Manhã, 12/07/1936)

O ônibus do anúncio acima, em destaque

O presidente da empresa era o Dr. Sampaio Vidal, ex-ministro da Fazenda. E observe também, na matéria a seguir, que o Jardim Guanabara era citado como “um outro bairro semelhante a Copacabana”.

(Correio da Manhã, 23/08/1936)

Em dezembro de 1937, a Diretoria de Serviços de Utilidade Pública da PDF tornava público um edital, datado do dia 23, pelo qual convidava representantes da Companhia Santa Cruz a comparecerem àquela repartição para tratarem de providências para a substituição da denominação de sua empresa de transporte de passageiros, como o leitor poderá verificar adiante:

“Fica convidada a Companhia Santa Cruz, concessionária da linha de ônibus ‘Ribeira-Jardim Guanabara’ (Ilha do Governador), a comparecer na Contabilidade desta Diretoria, a fim de tratar de assunto urgente relativo à mudança de denominação da referida linha para ‘Empresa Jardim Guanabara’” (7).

No anúncio a seguir, de outubro de 1940, o leitor tomará conhecimento dos horários de partida das barcas, bem como dos ônibus, horários que, pelo menos na teoria, mantinham uma correspondência.

(Gazeta de Notícias, 20/10/1940)

Mais uma vez, agora em maio de 1941, era realizada a mudança do escritório central da firma, que passava a funcionar à Av. Rio Branco, nº 108 – 13º andar – Edifício Martinelli, como pode ser confirmado pelo recorte que se segue.

(Correio da Manhã, 11/05/1941)

E ainda pelo ano de 1945, encontramos notícias nos periódicos fazendo menção à Empresa Jardim Guanabara: uma, relativa a um atropelamento (mês de fevereiro) e outra, onde lê-se que “três dessas quatro linhas [da Ilha do Governador] foram suspensas, permanecendo em atividade apenas a que a empresa do Jardim Guanabara mantém em atenção ao compromisso que assumiu com os compradores dos seus terrenos” (mês de dezembro).

(Diário da Noite, 19/02/1945)

(A Manhã, 29/12/1945)

Por informação colhida na publicação ‘Guerra de Posições na Metrópole’, verificamos que a linha Ribeira x Jardim Guanabara, que recebera a numeração S-84, circulou até 1952.

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 19/09/1926.
(2) – Jornal do Brasil, 14/10/1926, 15/01/1937 e 10/04/1937.
(3) – Jornal do Brasil, 10/01/1951.
(4) – Jornal do Brasil, 16/04/1936.
(5) – Jornal do Brasil, 31/05, 03/06 e 04/06/1936.
(6) – Jornal do Brasil, 13/04/1934.
(7) – Jornal do Brasil, 24/12/1937.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 10 de maio de 2015

Viação Aurora

Em consulta ao site MILBUS, tomamos conhecimento de que a Viação Aurora foi fundada a 27 de novembro de 1933.

Em março de 1934 o Jornal do Brasil já publicava uma pequena nota a respeito de uma “petição deferida” pelo Inspetor de Concessões da PDF, relativa à Viação Aurora (1).

Já em julho daquele mesmo ano, ainda no JB, era noticiada uma “multa mantida” para um dos veículos da empresa, mostrando que a mesma já se encontrava em operação (2).

Porém somente a 20 de dezembro de 1934 era assinado pelo Sr. Waldemiro Telles de Lemos, proprietário da Viação Aurora, o termo inicial de obrigações, pelo qual comprometia-se a estabelecer a linha de “omnibus-automóveis” Cascadura x Anchieta.

Sede, oficina e garagem da empresa localizavam-se à Rua Coronel Rangel, nº 452 – Cascadura (atual Av. Ernani Cardoso).

Itinerário da linha: Ponte de Cascadura, ruas Coronel Rangel, Domingos Lopes, João Vicente e Dois de Abril, Estrada de Nazareth, até a Estação de Anchieta, e vice-versa.

Seções: Cascadura a Madureira, $200 (duzentos réis); Madureira a Bento Ribeiro, $200 (duzentos réis); Bento Ribeiro a Deodoro, $200 (duzentos réis); Deodoro a Ricardo de Albuquerque, $200 (duzentos réis) e Ricardo de Albuquerque a Anchieta, $200 (duzentos réis) (3).

Já em 14 de março de 1935, o mesmo Jornal do Brasil publicava notícia de página inteira de um grave acidente em Ricardo de Albuquerque, entre um trem (o “noturno paulista”) e um ônibus da Viação Aurora, linha Deodoro x Nilópolis (4).

Também os periódicos A Noite (13/03 e dias subsequentes), Correio da Manhã (14/03 e dias subsequentes), Diário Carioca (15/03), Diário da Noite (13 e 14/03) e Diário de Notícias (15/03) noticiaram com destaque o acidente.

(A Noite, 13/03/1935)

Através de uma pequena notificação de multa, publicada ainda no Jornal do Brasil, em junho de 1936, pudemos verificar que a Viação Aurora estava operando por aquela época com a linha Cascadura x Deodoro (5).

E as últimas referências que obtivemos sobre a empresa eram todas relativas a essa linha: Cascadura x Deodoro, como poderão ler adiante.

Linha Cascadura x Deodoro (30/12/1937, JB – reclamação quanto ao não cumprimento de horários e ao mau estado dos carros; 10/04/1938, JB – reclamação quanto ao mau estado dos carros e 18/05/1938, JB – notícia dando conta do atendimento às reclamações quanto ao mau estado dos carros: “Estão circulando agora ônibus mais amplos, de boa aparência, por certo reformados, porém dando melhor aspecto, segurança e conforto”.).

E mais não localizamos sobre o ‘destino final’ da Viação Aurora.

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 07/03/1934.
(2) – Jornal do Brasil, 18/07/1934.
(3) – Jornal do Brasil, 21/12/1934.
(4) – Jornal do Brasil, 14/03/1935.
(5) – Jornal do Brasil, 04/06/1936.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha] 

domingo, 3 de maio de 2015

Viação Soberana

Em 6 de fevereiro de 1934, a firma F. B. Fernandes & Cia. Ltda., razão social da Viação Soberana, assinava junto à Prefeitura, o Termo de Obrigação Inicial, que a obrigava a instalar uma linha de ônibus entre o Méier e Bangu e tendo sua sede na Rua dos Cardosos, nº 32.

Nos dias de hoje, existe uma rua com o mesmo nome, em Sepetiba, mas não podemos afirmar ser a mesma.

O itinerário que a empresa tinha que seguir era Estação do Meyer, Rua Carolina Meyer, Rua Frederico Meyer, Rua Lucídio Lago, Rua Arquias Cordeiro, Rua José dos Reis, Rua da Abolição, Avenida Suburbana, Rua Coronel Rangel, Largo do Campinho, Estrada Rio-São Paulo, Bangu, e vice-versa.

E os preços por seções seriam: do Méier a Abolição, $200 (duzentos réis); da Abolição a Cascadura, $200 (duzentos réis); de Cascadura a Xavier Curado, $400 (quatrocentos réis); de Xavier Curado a Morgado, $200 (duzentos réis); do Morgado a Capelinha, $200 (duzentos réis); da Capelinha a Realengo, $200 (duzentos réis); e de Realengo a Bangu, $200 (duzentos réis). 

(Jornal do Brasil, 07/02/1934)

Nos próximos recortes poderemos ler citações conjuntas, onde aparecem duas empresas, a São Jorge e a Soberana, inaugurando suas linhas, bem como da inauguração, somente da Soberana.

(Diário da Noite, 07/02/1934)

(O Paiz, 08/02/1934)

(A Batalha, 08/02/1934)

E para fecharmos a longa história da empresa (...), segue o Termo Aditivo de Obrigação, sendo ela transferida para o seu novo proprietário, Américo Duarte da Cruz, o qual por incorporação adquire a concessão, linha e veículos para a Viação Vera Cruz.

Ela foi uma pequena empresa que conseguiu explorar um ótimo itinerário, que em nossa opinião foi o embrião da atual 689 – Méier x Campo Grande. Como diria o ‘Termo’, na época: “fica, pelo termo ora assignado, extincta e se incorpora, para todos os effeitos legaes, à Viação Vera Cruz, constituindo uma só empresa, com esta última denominação”.

(Jornal do Brasil, 01/05/1935)

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]