domingo, 9 de novembro de 2014

Viação Nossa Senhora da Penha

Em 30 de março de 1931, o Sr. Francisco José Lobo Netto, razão social da empresa, compareceu à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, onde assinou um termo de obrigação, comprometendo-se a estabelecer um serviço regular de transporte de passageiros por meio de “auto-lotações”, ligando Penha a Madureira.

Essa linha obedeceria ao seguinte itinerário: Estação da Penha, estradas de Braz de Pina, do Quitungo e Monsenhor Félix, até a Estação de Madureira, tanto na ida como na volta.

Era este o seccionamento da linha: da Estação da Penha à Praça do Carmo, $200 (duzentos réis); da Praça do Carmo à Estrada do Quitungo, canto da Vila da Penha, $200 (duzentos réis); dali à Estação de Irajá, $200 (duzentos réis); da Estação de Irajá a Vaz Lobo, $200 (duzentos réis) e de Vaz Lobo à Estação de Madureira, $200 (duzentos réis) (1).

Já em 16 de junho de 1932, o mesmo Francisco José Lobo Netto, proprietário da Viação Nossa Senhora da Penha, assinava um termo de transferência, pelo qual “cedia e transferia” à Sra. Henriqueta Xavier Lobo, nova razão social da empresa, o termo de obrigação acima referido (2).

Observamos por uma nota publicada no ‘Jornal do Brasil’, que em junho/1934 a Sra. Henriqueta ainda era a proprietária da empresa (3).

Mais adiante, em agosto/1935, outra nota do mesmo periódico fazia menção a uma multa dirigida à Viação N. S. da Penha, por não estar cumprindo os horários da linha Penha x Praça do Carmo. Verifiquem que aqui o trajeto original, que era até a Estação de Madureira, ficara bem reduzido (4).

E a última referência que encontramos sobre a empresa, em julho/1936, era relativa a um despacho administrativo “deferido”, sem maiores detalhes (5).

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 05/04/1931.
(2) – Jornal do Brasil, 18/06/1932.
(3) – Jornal do Brasil, 24/06/1934.
(4) – Jornal do Brasil, 22/08/1935.
(5) – Jornal do Brasil, 16/07/1936.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha.]

2 comentários:

  1. Muito bom Cunha, mas esta N.S da Penha nada tem ou teve a ver com a atual empresa de Nova Iguaçu. Certo?

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    1. Estava sumido não? Foi preciso eu te desafiar a vir aqui ler a matéria, rsrsrs... Está correta a tua afirmativa, não há associação com a atual de Nova Iguaçu. Mas pode aparecer uma surpresa por aí, outra Nossa Senhora da Penha, desta vez Empreza. Abraços e não suma.

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