Em
fevereiro de 1931 é assinado um termo com a Empreza de Omnibus de Luxo (Saad &
Fernandes Costa), com sede na Rua Francisco Otaviano, nº 35, Copacabana, para
exploração da linha Praça Mauá x Forte de Copacabana (Igrejinha), com passagens
em duas seções de $600 (seiscentos réis), cada.
O
anúncio a seguir, que propaga a utilização de um óleo lubrificante pela
empresa, atesta também, como visto no canto superior esquerdo, o nome fantasia
e razão social da mesma.
Nesse
ano, ela também explorou as linhas 4 – Praça Mauá x Ipanema e 28 – Praça Mauá x
Leblon, esta junto com a Excelsior e a Victoria.
(A Noite, 04/03/1932) |
Em
17 de março de 1934, inicia-se o cumprimento de um mandato dos sócios Khalil e
George Saad, da Empreza de Omnibus de Luxo , para dissolução da mesma e o
sequestro dos seus ativos, incluindo 17 ônibus, que estavam em suas duas
garagens: Rua Barão da Torre, nº 635, Ipanema e Rua Francisco Otaviano, nº 35,
Copacabana.
Os
Saad, mais Naja Koury, Nagib Koury e Francisco Fernandes Costa, compunham o
restante da sociedade, que agora começava a se dissolver. Apesar disso, a
empresa continuaria operando sob administração do depositário Stellio Bastos
Belchior.
Soma-se
a isso que os dois primeiros já haviam fundado outra empresa, a Empreza
Interestadoal de Omnibus de Luxo Ltda., com pintura verde e já apelidados pela
população de “arrasta a sandália”.
(O Globo, 17/03/1934) |
Agora,
com total aprovação dos empregados que foram mantidos na operação da empresa,
ela apresenta os novos proprietários, os irmãos Naja Koury e Nagib Koury, dois
dos antigos sócios iniciais, como comprovamos a seguir. Os amarelinhos
continuam vivos, concorrentes, e com seu nome fantasia tradicional.
(O Globo, 19/05/1934) |
Novo
capricho se abate sobre a empresa. Ela é alvo de assaltantes que invadem seu
escritório e garagem na Rua Carlos Góes, nº 60, Leblon, levando parte
considerável da féria do dia.
(A Noite, 20/09/1935) |
Em 1938,
mais uma do destino, pois um dos seus ônibus, da linha Praça Mauá x Ipanema,
pega fogo no ponto final da Praça Mauá.
(O Globo, 27/10/1938) |
Um
novo anúncio veiculado comprova a nova identidade da empresa, agora Empreza de
Omnibus de Luxo Ltda.
(A Noite, 22/12/1939) |
Enfim,
uma notícia ótima para seus usuários, a compra, e em breve o recebimento, dos
primeiros quatro veículos novos, oriundos da GM Coach.
E
nesse mesmo ano, ela começou a explorar a linha 103 – Leblon x São Conrado, antiga
S-81 explorada pela Victoria. A 103, depois foi passada para a Viação
Relâmpago.
(Diário de Notícias, 13/09/1946) |
Em 1947 ela começou a explorar a linha 49 – Largo da Carioca x Ponte das Táboas, em conjunto com a Viação Imperial.
A partir desta data só conseguimos duas pequenas informações, uma citando sua participação, em 1952, na linha 12 – Estrada de Ferro x Ipanema – Leblon, junto com a detentora da linha, a Empreza Interestadoal de Omnibus de Luxo Ltda. – Limousine Federal, e em 1956, na linha 64 - Castelo x Ipanema, também passada para a Viação Relâmpago.
Acreditamos,
pois já dividia a linha 12 e a garagem da Rua Carlos Góes, que a Empreza de Omnibus
de Luxo Ltda., tenha sido incorporada à Empreza Interestadoal de Omnibus de
Luxo Ltda. – Limousine Federal.
Nota: Informações
adicionais – site MILBUS.
[Pesquisa de
Eduardo Cunha e Claudio Falcão]
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