A primeira
notícia que encontramos, relativa à Auto Viação Avenida, data de 4 de julho de
1931, quando o periódico ‘O Globo’ informava a respeito de uma dispensa de
funcionários da empresa, da qual era proprietário o General Waldomiro Castilho
Lima.
(O Globo, 04/07/1931) |
Alguns meses
depois, a 21 de setembro do mesmo ano, o jornal ‘A Noite’ dava conta de que
seria inaugurada no dia seguinte uma nova linha de ônibus da empresa, Escola de
Belas Artes-Praça Saenz Peña, dividida nas seguintes seções: Escola de Belas
Artes até Afonso Pena – 600 réis; Afonso Pena até a Praça Saenz Peña – 200 réis
e Direta – 800 réis.
(A Noite, 21/09/1931) |
Já a 26 de março
de 1932, o mesmo ‘A Noite’ publicava uma nota em que a firma The Dunlop
Pneumatic Tyre Co., credora de C. Lima & Cia. (Auto Viação Avenida),
requeria a falência desta, a qual encontrava-se estabelecida à Praia de
Botafogo, nº 404.
(A Noite, 26/03/1932) |
Poucos dias
depois, a 6 de abril, o Sr. Pedro de Freitas, como procurador de Waldomiro
Castilho Lima assinava, junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então
Distrito Federal, representando a Auto Viação Avenida, um termo de
transferência pelo qual “cedia e transferia” ao Sr. Mário Bianchi o termo de
obrigação que havia sido assinado a 30 de abril de 1931, relativo ao transporte
de passageiros por meio de auto-ônibus.
(Jornal do Brasil, 08/04/1932) |
Já Mário Bianchi
assinava, a 4 de maio de 1932, junto à mesma Inspetoria de Concessões, um termo
aditivo, substituindo a denominação da empresa de Auto Viação Avenida para Viação Carioca, segundo nota publicada
no ‘Jornal do Brasil’, de 7 de maio subsequente.
(Jornal do Brasil, 07/05/1932) |
Iniciava-se aí a
saga de uma das mais importantes companhias de transporte coletivo do Rio de
Janeiro, o que será motivo de uma postagem específica.
[Pesquisa de
Claudio Falcão e Eduardo Cunha]
Nessa época o Sr. Mário Bianchi, que já era dono da Viação Suburbana, resolveu ampliar sua área de atuação, pensando em investir em linhas mais longas. A falência da Auto Viação Avenida e a aquisição desta pelo Sr. Mário, fez com que mudasse a razão social para Viação Carioca, tentando resgatar a antiga empresa homônima que funcionara entre 1927 e 1928, período em que a antiga Auto Viação Carioca, nas mãos dos antigos sócios, era uma empresa deficitária. Mário Bianchi fez as mudanças e reformas necessárias a fim de rapidamente transformar a nova Viação Carioca numa das melhores empresas da cidade. Além disso, adquiriu mais adiante a Empresa Brasileira de Ônibus, que tinha a linha Leblon x Muda e por último, em 1948, a Viação Cruzeiro do Sul, cuja garagem ficava na rua Babilônia 49, esquina com a rua Major Ávila, onde hoje existe o edifício Jamaica. A Cruzeiro do Sul operava a linha 29 – Monroe x Muda (via Almirante Cochrane). Posteriormente, a Carioca ficou somente com a linha 11 – Usina x Copacabana, e sua garagem no fim de uma viela que começava na esquina de Rua Santa Carolina com Conde de Bonfim (onde hoje é uma garagem da Fábio's) mas isso antes da morte de Mário Bianchi, em 1940, pois nesta data, a garagem já ficava localizada na rua Conde de Bonfim, 821 e sua residência ficava no outro lado da rua. Abraços, Antonio Sérgio.
ResponderExcluirGrato pela visita ao blog e participação, são muito importantes os dados enviados por todos. Não sei se você já teve oportunidade de ler a matéria da Suburbana, aqui no blog, onde abordamos o que você comentou e esticamos a participação do Bianchi aqui na Avenida. Em breve sairão as matérias da Carioca, EBO e Cruzeiro do Sul, completando a saga dele e citando suas informações. Volte sempre que quiser e deixe seu comentário e aproveite e deixe também seu nome. Grato.
ResponderExcluirObrigado, Eduardo. De fato a maioria das informações que escrevi já haviam sido publicadas aqui. Eu sempre me identifico no final dos comentários, pois só consigo enviá-los como "Anônimo". Sds, Antonio Sérgio.
ResponderExcluirOlá Antonio Sérgio, não sabia que era você. Grato pelo retorno e apresentação.
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