Nota
do editor: Quando publicamos essa matéria, onde citamos o nome da empresa como
sendo Independente Auto Omnibus (informação constante no primeiro parágrafo do
primeiro termo de concessão da empresa), fomos levados a cometer um erro,
devido à confiabilidade depositada no Jornal do Brasil, que era, à época
(1927), quando não havia Diário Oficial do DF, o órgão responsável pela
divulgação de todas as informações oficiais, referentes ao então Distrito
Federal.
Pedimos
desculpas a todos que leram a matéria e acreditaram na existência da empresa
citada, e agora estamos aqui refazendo e publicando a matéria correta, depois
de novas e aprofundadas pesquisas a respeito, bem como da ajuda de adeptos do ‘hobby’.
N. Guerrera foi a denominação social da Independência Auto Omnibus, a qual iniciou as atividades em 25 de novembro de 1927, para operar através de ônibus automóveis a concessão entre Praça Barão de Drummond (Praça 7 de Março) x Palácio Monroe, obedecendo ao seguinte itinerário: Praça Barão de Drummond, Av. 28 de Setembro, Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco até o Palácio Monroe, sendo a volta pelo mesmo itinerário, passando no entanto pela Rua Senador Eusébio, ao invés de Visconde de Itaúna.
O preço das
passagens, de ida ou de volta, era de $200 (duzentos réis) para seções a cada
2.000 metros. A linha foi dividida nas seguintes seções: Praça Barão de
Drummond à Rua Afonso Pena, $400 (quatrocentos réis), Rua Afonso Pena ao
Monroe, $600 (seiscentos réis). Nas viagens de volta, eram cobradas passagens
do Palácio Monroe à Rua Camerino, $200 (duzentos réis) e da Rua Dona Zulmira à
Praça Barão de Drummond, $200 (duzentos réis). As diretas tinham o valor de
1$000 (hum mil réis).
É importante
salientar – para quem lembrou e para quem não lembrou –, para revisar a matéria
da Auto Viação Ypiranga (consultar: http://rionibusantigo.blogspot.com.br/2013/12/auto-viacao-ypiranga.html),
que na mesma época operou esta mesma linha, sendo por algum tempo em paralelo.
O aspecto interessante deste caso é que um dos proprietários da Ypiranga
era o mesmo desta (razão social da Ypiranga: Guerrera Cosentino & Cia.
Ltda.).
(Jornal do Brasil, 27/11/1927) |
Em 15 de março de 1929, a Independência Auto Omnibus
(N. Guerrera), teve sua concessão transferida para a The Rio de Janeiro, Tramway,
Light & Power Company Ltd., através da Viação Excelsior.
[Informações do Livro da Light, cedidas por Luís
Carlos Tosta.]
[Fontes
adicionais: site MILBUS e publicações
‘Guerra das Posições na Metrópole’ e Noronha Santos (PDF).]
[Pesquisa de
Eduardo Cunha e Claudio Falcão]
Edu, segundo o livro do Noronha Santos o nome da empresa seria Independência Auto Ônibus no têrmo de contracto de 25 de Novembro de 1927. Pode ser que no Cartório ou no Departamento de Concessões tenha-se registrado de outra forma. Sei lá!! Mas a abordagem está ótima.
ResponderExcluirPrazs, sempre conheci como havendo 3 empresas no Rio com o nome Independência A.O. Ltda. Até a chegada deste documento que comprova ou pode comprovar sua existência, mesmo que seja com o nome errado. Porém acredito ser o nome correto, até que provemos ao contrário, pelo próprio motivo de terem duas empresas explorando o mesmo trecho e uma tornou-se Independente. Valeu.
ResponderExcluirDe qualquer forma se referir das duas formas não estaria errado até que se tenha uma definição.Valeu!!!!!
ExcluirPrazs, para mim o que vale, é o que está escrito e registrado, Independente. Abraços.
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