domingo, 23 de fevereiro de 2014

Viação Geral / Viação Império

A 10 de outubro de 1928, o Sr. José Maria Metello Júnior, representando a firma F. Lucas & Cia. Ltda., assinava um termo de substituição de denominação de Viação Brasil para Viação Geral. Assim surgia esse novo nome para a empresa que, como veremos mais adiante, teve curtíssima duração.

(Jornal do Brasil, 31/10/1928)

Por essa época a mesma apresentava por endereço a Rua Nerval de Gouvêa, nº 21, Cascadura, e operava a “linha extraordinária” Cascadura-Freguesia.

(Jornal do Brasil, 18/09/1928)

Já em 24 de janeiro de 1929, os mesmos F. Lucas & Cia. Ltda. assinaram novo termo de substituição de denominação, alterando o nome de Viação Geral para Viação Império.

(Jornal do Brasil, 10/02/1929)

E em anúncio publicado no periódico ‘A Noite’, a empresa propagava que, a partir de 28 de janeiro daquele ano, inauguraria duas linhas: Méier-Monroe, pelo lado da Rua Dias da Cruz (a partir das 06:30 horas, com intervalos de 10 em 10 minutos) e Méier-Cascadura, mantendo correspondência entre elas.

(A Noite, 26/01/1929)

No entanto, só a 3 de abril de 1929, junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, o representante da firma F. Lucas & Cia. Ltda. obtinha autorização para substituir a linha Cascadura-Monroe pelas acima mencionadas Méier-Monroe e Méier-Cascadura.

(Jornal do Brasil, 12/04/1929)

E a 3 de agosto do mesmo ano a razão social da firma era alterada para Viação Império Ltda.

(Jornal do Brasil, 04/08/1929)

Já a 26 de outubro de 1929 um termo aditivo foi assinado, onde foi substituída a linha Monroe-Méier por Monroe-Engenho de Dentro.

(Jornal do Brasil, 29/10/1929)

Em 31 de dezembro de 1929 terminava o contrato de locação da garagem e oficinas da Viação Império, à Rua Nerval de Gouvêa e, em abril/1931, segundo notícia publicada em ‘A Noite’, a garagem da empresa situava-se à Av. 28 de Setembro, 191.

(Jornal do Brasil, 01/12/1929)

Em nossa pesquisa, a última informação colhida sobre a Viação Império datava de 5 de setembro de 1931 (‘Correio da Manhã’), relativa a um acidente.

Posteriormente, provavelmente em 1932, a Viação Império teve o seu nome fantasia novamente alterado, retornando ao nome original da empresa, Viação Brasil (ver http://rionibusantigo.blogspot.com.br/2014/01/auto-viacao-brasil.html).

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

Viação Tijuca

A 21 de junho de 1928, o representante da Viação Tijuca, Sr. Francisco Machado, assinou um termo de obrigação junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, para implantar uma linha de “ônibus-automóveis” ligando a Praça Mauá à Praça Serzedelo Corrêa (Copacabana).

Esta linha obedecia ao seguinte itinerário: Praça Mauá, Av. Rio Branco, Av. Beira Mar (Lapa, Glória e Flamengo), Av. Oswaldo Cruz, Av. Beira Mar (Praia de Botafogo), Av. Pasteur, Av. Wenceslau Braz, Praça Juliano Moreira, Rua do Túnel, Rua Salvador Corrêa, Av. Atlântica, Rua Hilário Gouvêa e Praça Serzedelo Corrêa (esquina de Rua Barroso – nota: atual Siqueira Campos). A volta era feita pela Rua Barroso, Av. Atlântica, e dali por diante seguindo o mesmo percurso da ida.

A linha era dividida em duas seções: da Praça Mauá ao Pavilhão Mourisco, $600 (seiscentos réis) e deste à Praça Serzedelo Corrêa, $400 (quatrocentos réis). A passagem direta custava 1$000 (hum mil) réis.

(Jornal do Brasil, 22/06/1928)

Encontramos uma referência em jornais sobre a Viação Tijuca, que tratava de um despacho administrativo, em maio/1929.

Em 1º de janeiro de 1930, o Jornal do Brasil publicava um termo aditivo, assinado dois dias antes, pelo qual o Sr. Francisco Machado, proprietário da Viação Tijuca, “ceda e transferia à Studebaker do Brasil S/A o termo de obrigação que mantinha com a Prefeitura, para o transporte de passageiros por meio de auto-ônibus.

Para efeito de esclarecimento, a firma citada como sendo a sucessora, Studebaker do Brasil S/A era, como pode ser visto no recorte a seguir, uma empresa internacional fabricante de automóveis e também de caminhões (chassis provavelmente utilizados na fabricação de ônibus), que manteve no Brasil uma subsidiária, que os importava e vendia localmente. Esta subsidiária teve sua liquidação em 15 de novembro de 1933.

(A Noite, 08/01/1921)
       
A empresa manteve o nome fantasia e circulou até 1931, quando foi adquirida pela Auto Omnibus S/A (site MILBUS e livros “Guerra de Posições na Metrópole” e “Prefeitura do Distrito Federal, Noronha Santos, 1934”).

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Viação Glória


Aqui começa a saga de uma das empresas mais antigas do Rio, que percorreu um longo trajeto até sua falência na década de 1980, passando por vários bairros cariocas e tendo vários proprietários e razões sociais, porém mantendo sempre o nome fantasia Viação Glória.

Em 26 de abril de 1928, compareceu a firma Joaquim, Irmão & Cia. Ltda., junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do antigo Distrito Federal, para transferir para a Viação Glória Ltda., o termo de obrigação para continuação da operação de linha de ônibus automóveis, existente desde 25 de junho de 1927. Não conseguimos localizar o documento citado, e firmado com a empresa Joaquim, Irmão & Cia. Ltda., para obtenção de informações sobre para qual linha foi dada a concessão.  

(Jornal do Brasil, 13/05/1928)

Já em 14 de junho de 1932, foi estabelecido e assinado pelo então proprietário e razão social da empresa, J. Antônio Moreira, um novo termo aditivo para exploração da linha Palácio Monroe x Meyer, via Jacaré.

Esta linha obedeceria ao seguinte itinerário: Rua Cardoso, Rua Archias Cordeiro, Rua Souza Barros, Largo do Jacaré, Rua Dois de Maio, Rua Viúva Cláudio, Rua Lino Teixeira, Rua Conselheiro Mayrink, Rua Dr. Garnier, Rua D. Anna Nery, Rua São Luiz Gonzaga, Praça Marechal Deodoro da Fonseca, Rua Figueira de Mello, Rua Francisco Eugênio, Av. Francisco Bicalho, Av. do Mangue, Praça Onze de Junho, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco até o Monroe, obedecendo na volta os mesmos logradouros substituindo somente a Rua Visconde de Itaúna pela Rua Senador Eusébio. 

Estava dividida nas seguintes seções: do Meyer à Rua Licínio Cardoso, $400 (quatrocentos réis); da Rua Licínio Cardoso ao Largo da Cancella, $200 (duzentos réis) e do Largo da Cancella ao Monroe, $600 (seiscentos réis), havendo também seção a entre Rua Camerino e o Monroe, $200 (duzentos réis). A direta custaria 1$200 (hum mil e duzentos réis).

(Jornal do Brasil, 15/06/1932)

A seguinte ilustração comprova que a linha já havia sido ampliada até o Engenho de Dentro. A essa linha foi posteriormente atribuído o número 14.

Da mesma forma que a outra comprova a existência de sua garagem na Piedade, à Rua Elias da Silva, nº 11.

(A Noite, 14/07/1932)

(A Noite, 15/12/1932)

O próximo recorte mostra a melhora na organização dos controles da Prefeitura do Distrito Federal, continuando a atribuição de números para as linhas de ônibus, e a Viação Glória recebendo o número 33 para a então linha Monroe x Largo da Abolição.

E podemos também ver já um desses ônibus, com capelinha, ‘aprendendo a nadar’ na Praça da Bandeira.

Para aqueles que gostam de identificar linhas e empresas, a ilustração dá uma ampla relação das empresas da época e suas linhas, pelo menos no tocante às linhas urbanas.

(A Noite, 11/10/1937)

Ônibus 33, na Praça da Bandeira
(acervo Marcelo Prazs)

Em 1946, conforme ilustrações anexas, a Cruz, Filho & Cia., através do seu representante Francisco Corrêa Alves, reclama à reportagem da situação financeira da empresa, devido aos maus tratos das vias, como é apresentado o caso do trecho da Avenida Suburbana, no Largo da Abolição.

(A Noite, 30/01/1946)

Atentem para a ilustração abaixo, que mostra um movimento grevista fracassado, com ônibus parados na Praça Mauá, que a foto postada na matéria está ao contrário. Vejam as portas dos ônibus e os números na vista, invertidos.

(A Noite, 10/04/1947)

Em 1948, anúncio da Glória, notificando a inauguração da linha 133, Meyer x Copacabana.

(A Noite, 16/04/1948)

Apesar do péssimo estado das ruas, a Glória, acreditando na promessa da Prefeitura, comprou 10 novos veículos e colocou para rodar, na linha 133, conforme matéria a seguir. Junto com os veículos novos, circulavam os conhecidos ‘Camões’.

A Noite (19/11/1949)

(A Noite, 27/09/1952)

(A Noite, 11/03/1957)

Ônibus 'Camões', em 1957


Vemos também que o sistema de pilhagem sempre existiu no meio dos transportes. Observem esse caso da reutilização das fichas.

(A Noite, 19/12/1953)

Na reportagem a seguir, vejam a placa indicativa do ponto final da linha 238, na Praça 15. Vale lembrar que as linhas 238 e 239, foram operadas pela Glória, após a compra da Viação Todos os Santos S/A, na década de 60.


E nas fotos mais adiante, dois momentos diferentes de apresentações visuais (pinturas) da empresa.

(Correio da Manhã, 03/05/1972)

(Acervo do site Cia. de Ônibus)

(Acervo do site Ônibus do Rio)

Já na década de 80, a matéria reflete o estado de endividamento da empresa, que após algum tempo viria a falir.

(Jornal do Brasil, 23/04/1981)

Algumas outras linhas operadas pela Glória:
- em 1932, Monroe x Engenho de Dentro;
- em 1934/35, 14 – Monroe x Engenho de Dentro-Abolição, substituída pela 33, e trocada para Praça Mauá x Abolição, cassada em 1954;
- em 1943, S-14 – Cascadura x Marechal Hermes;
- em 1943, S-17 – Cascadura x Vila Valqueire;
- em 1943, S-45 – Bangu x Campo Grande;
- de 1943 até 1955, S-13 – Cascadura x Bangu;
- a partir de 1951, 133 – Méier x Forte de Copacabana, substituída em 1963 para 455; e
- operou também as linhas 238 e 239, ambas Praça 15 x Engenho de Dentro, que, quando a empresa faliu na década de 80, foram inicialmente passadas para a Companhia de Transportes Coletivos (CTC-RJ) e posteriormente para a Viação Verdun S/A.

Resumo das razões sociais da Viação Glória:
- de 1927 a 1928, Joaquim, Irmão & Companhia Ltda.
- de 1928 a 1932, Viação Glória Ltda.;
- de 1933 a 1939, J. Antônio Moreira; 
- de 1939 a 1941, Cruz, Filho & Cia.;
- de 1941 a 1952, Américo Duarte da Cruz e Francisco Correia Alves (F. Alves & Cruz Ltda.);
- de 1952 a 1958, Viação Glória Ltda. e
- de 1958 a 1982, Viação Glória S/A.

[Demais informações oriundas do site MILBUS e publicações Guerra de Posições na Metrópole, PDF e DOUDF.]

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Auto Viação Carioca

Segundo notícia do Jornal do Brasil, de 11 de janeiro de 1927, a empresa Auto Viação Carioca havia inaugurado na véspera a linha de ônibus Estação de São Francisco Xavier x Palácio Monroe. Os veículos eram para 27 passageiros, sendo montados em chassis Lancia. Era concessionária do serviço a firma Kayat & Aquim.


(Jornal do Brasil, 08/01/1927)

(Jornal do Brasil, 11/01/1927)

No entanto, somente a 17 de janeiro foi assinado um termo de obrigação junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, no qual a mencionada firma Kayat & Aquim, estabelecida à Rua da Alfândega, nº 327, comprometia-se a começar a operar a referida linha num prazo de 30 dias.

(Jornal do Brasil, 19/01/1927)

Era este o percurso: ida – Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Mangue, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República, Rua Marechal Floriano e Av. Rio Branco. Na volta era utilizada a Rua Senador Eusébio, ao invés de Visconde de Itaúna.

A linha era dividida em três seções: da Estação de São Francisco Xavier à Praça da Bandeira – $400 (quatrocentos réis); desta à Rua Marechal Floriano, canto da Rua Camerino – $400 (quatrocentos réis) e da Camerino até o Palácio Monroe – $200 (duzentos réis).

A 7 de junho de 1927, os Srs. Kayat & Aquim assinaram um termo de modificação, prolongando a linha acima citada para Méier x Monroe, sendo este o itinerário: Estação do Méier, Rua Arquias Cordeiro, Rua Souza Barros, Rua Dr. Silva Freire, Rua Vinte e Quatro de Maio, Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República – Estrada de Ferro e Quartel General –, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco e Palácio Monroe.

Assim ficava subdividida a linha: 1ª seção, do Méier à Estação do Sampaio, $200 (duzentos réis); 2ª seção, do Sampaio à Estação de São Francisco Xavier, $200 (duzentos réis); 3ª seção, da Estação de São Francisco Xavier à Rua Dona Zulmira, $200 (duzentos réis); 4ª seção, da Rua Dona Zulmira à Rua Afonso Pena, $200 (duzentos réis); 5ª seção, da Rua Afonso Pena à Rua Machado Coelho, $200 (duzentos réis); 6ª seção, da Rua Machado Coelho à Rua Camerino, $200 (duzentos réis). As passagens diretas eram cobradas à razão de 1$200 (hum mil e duzentos) réis.

(Jornal do Brasil, 11/06/1927)

De fins de março/1928 em diante não mais encontramos notícias nos jornais sobre a empresa de Kayat & Aquim. Reafirmando nossa convicção do ‘desaparecimento’ desta concessionária por aquela época, os periódicos Jornal do Brasil e O Paiz, em suas edições de 02/06 e de 05/06/1929, respectivamente, publicavam idêntica matéria, dando conta de que no decorrer de 1928 três empresas deixaram de trafegar, entre elas a Viação Carioca.

No entanto, em maio/1932 a denominação Viação Carioca ‘renasceu’ nas mãos do então desconhecido empresário Mário Bianchi, mas isto já será motivo de outra postagem.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha] 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Viação Progresso

Em 13 de outubro de 1927, o Sr. Fernando Moreira Pinto, representante da Empreza Viação Progresso Ltda., assinava, junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do antigo Distrito Federal, um termo de obrigação para operar a linha Clube Naval x Estrada de Ferro Corcovado (Laranjeiras), através de “ônibus-automóveis”.

A referida linha obedeceria ao seguinte itinerário: ida – Clube Naval, Av. Rio Branco, Av. Beira Mar, Rua Buarque de Macedo, Rua do Catete, Rua Carvalho Monteiro, Rua Bento Lisboa, Largo do Machado e Rua das Laranjeiras, até a Estrada de Ferro Corcovado; volta – pelo mesmo itinerário, até o Palácio Monroe, Rua do Passeio, Praça Floriano, Rua 13 de Maio, Rua Almirante Barroso e Clube Naval.

A tarifa das passagens inteiras seria cobrada à razão de $600 (seiscentos réis).

(Jornal do Brasil, 14/10/1927)

Há uma solicitação da população à empresa, pedindo a não retirada da linha Águas Férreas x Praça Mauá, o que caracteriza que esta linha existiu.

(A Noite, 19/01/1928)

A 28 de janeiro de 1928 foi assinado um termo aditivo para prolongar a linha Clube Naval x Laranjeiras até a Praça Mauá, mantendo o mesmo itinerário e dividindo em duas seções: ida – da Praça Mauá ao Largo do Machado, $400 (quatrocentos réis) e do Largo do Machado ao final da linha, $200 (duzentos réis); volta – da Rua das Laranjeiras ao Palácio Monroe, $400 (quatrocentos réis) e do Palácio Monroe à Praça Mauá, $200 (duzentos réis).

(Jornal do Brasil, 02/02/1928)

Pouco depois, a 5 de março de 1928, novo termo aditivo foi assinado pelo Sr. Fernando Moreira Pinto, desta vez para estabelecer a linha Praça Mauá x Pavilhão Mourisco, tendo o seguinte itinerário: Praça Mauá, Av. Rio Branco, Av. Beira Mar, Av. Oswaldo Cruz, Av. Beira Mar (Praia de Botafogo) e Pavilhão Mourisco, compreendendo uma única seção de $400 (quatrocentos réis).

(Jornal do Brasil, 23/03/1928)

Apesar dos apelos da população, vemos que suas orações não foram atendidas, em função de um termo aditivo, assinado a 27 de março de 1928, para a substituição da linha Águas Férreas x Praça Mauá por Pavilhão Mourisco x Urca.

Seu itinerário era: Pavilhão Mourisco, Av. Pasteur, Rua Osório de Almeida, Av. Portugal, Rua Marechal Cantuária e Rua Cândido Gaffrée.

A mesma compreendia apenas uma seção, ao preço de $400 (quatrocentos réis).

A empresa tinha como endereço, pelo menos entre fevereiro e maio/1928, Rua Menna Barreto, nº 176.

(Jornal do Brasil, 21/04/1928)

Apesar de não termos documentado, a empresa trocou de proprietários, quando em 22 de outubro de 1931 foi assinado um termo para exploração da linha Penha x Praça do Carmo. Seus novos proprietários eram Dionel Vieira de Souza e Alfredo Vieira, e a empresa retirou a razão social limitada, voltando ao nome fantasia Viação Progresso (informações do site MILBUS).

Agora pelas mãos de outros representantes/proprietários, Dionel Vieira de Souza e Nadyr da Cruz Lobo, era assinado em 30 de julho de 1932 um termo de obrigação para a Viação Progresso operar a linha Penha x Monroe, a ser iniciada no prazo de trinta dias a contar da assinatura do mesmo.

A nova linha tinha o seguinte itinerário: Estação da Penha, Rua Custódio de Mello, Rua Ibiapina, Av. dos Democráticos, Av. Suburbana, Largo de Benfica, Rua da Alegria, Rua Bela de São João, Campo de São Cristóvão, Rua Figueira de Mello, Rua Francisco Eugênio, Av. Francisco Bicalho, Av. do Mangue, Praça Onze de Junho, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco, Rua Luiz de Vasconcellos e Monroe, sendo que na volta passava pela Rua Senador Eusébio, ao invés de Visconde de Itaúna.

A linha era dividida em várias seções, a saber: do Monroe à Rua Camerino, $200 (duzentos réis); de Camerino ao cruzamento de Rua Bela com Rua Bonfim, $400 (quatrocentos réis); dali ao Largo de Benfica, $200 (duzentos réis); deste local à estação de Bonsucesso, $200 (duzentos réis); da estação de Bonsucesso à de Ramos, $200 (duzentos réis) e da estação de Ramos à da Penha, $200 (duzentos réis). A passagem direta saía à razão de 1$200 (hum mil e duzentos réis).

Inicialmente a linha Penha x Monroe tinha o nº 19.

(Jornal do Brasil, 04/08/1932)

Ônibus Penha, da Viação Progresso
(A Noite, 26/02/1934)

Em 11 de março de 1936, os Srs. Dionel Vieira de Souza e Nadyr da Cruz Lobo assinaram um termo aditivo de transferência, cedendo e transferindo a firma para Dionel & Pereira Ltda., o termo de obrigação assinado por eles com a Prefeitura em 30 de julho de 1932.

(Jornal do Brasil, 14/03/1936)

A partir de setembro-outubro/1937 o número da linha mudou para 36, como atestamos a seguir.

A última referência que encontramos sobre a Viação Progresso (Auto Viação Progresso Ltda.), foi a publicação do termo de transferência e unificação das empresas Viação Selecta, Viação Guanabara e Viação Progresso para a firma Viação Penha Ltda., assinado a 20 de dezembro de 1937.

Ônibus Penha, da Viação Progresso
(A Noite, 06/08/1937)

(Jornal do Brasil, 28/12/1937)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]