domingo, 2 de fevereiro de 2014

Viação Progresso

Em 13 de outubro de 1927, o Sr. Fernando Moreira Pinto, representante da Empreza Viação Progresso Ltda., assinava, junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do antigo Distrito Federal, um termo de obrigação para operar a linha Clube Naval x Estrada de Ferro Corcovado (Laranjeiras), através de “ônibus-automóveis”.

A referida linha obedeceria ao seguinte itinerário: ida – Clube Naval, Av. Rio Branco, Av. Beira Mar, Rua Buarque de Macedo, Rua do Catete, Rua Carvalho Monteiro, Rua Bento Lisboa, Largo do Machado e Rua das Laranjeiras, até a Estrada de Ferro Corcovado; volta – pelo mesmo itinerário, até o Palácio Monroe, Rua do Passeio, Praça Floriano, Rua 13 de Maio, Rua Almirante Barroso e Clube Naval.

A tarifa das passagens inteiras seria cobrada à razão de $600 (seiscentos réis).

(Jornal do Brasil, 14/10/1927)

Há uma solicitação da população à empresa, pedindo a não retirada da linha Águas Férreas x Praça Mauá, o que caracteriza que esta linha existiu.

(A Noite, 19/01/1928)

A 28 de janeiro de 1928 foi assinado um termo aditivo para prolongar a linha Clube Naval x Laranjeiras até a Praça Mauá, mantendo o mesmo itinerário e dividindo em duas seções: ida – da Praça Mauá ao Largo do Machado, $400 (quatrocentos réis) e do Largo do Machado ao final da linha, $200 (duzentos réis); volta – da Rua das Laranjeiras ao Palácio Monroe, $400 (quatrocentos réis) e do Palácio Monroe à Praça Mauá, $200 (duzentos réis).

(Jornal do Brasil, 02/02/1928)

Pouco depois, a 5 de março de 1928, novo termo aditivo foi assinado pelo Sr. Fernando Moreira Pinto, desta vez para estabelecer a linha Praça Mauá x Pavilhão Mourisco, tendo o seguinte itinerário: Praça Mauá, Av. Rio Branco, Av. Beira Mar, Av. Oswaldo Cruz, Av. Beira Mar (Praia de Botafogo) e Pavilhão Mourisco, compreendendo uma única seção de $400 (quatrocentos réis).

(Jornal do Brasil, 23/03/1928)

Apesar dos apelos da população, vemos que suas orações não foram atendidas, em função de um termo aditivo, assinado a 27 de março de 1928, para a substituição da linha Águas Férreas x Praça Mauá por Pavilhão Mourisco x Urca.

Seu itinerário era: Pavilhão Mourisco, Av. Pasteur, Rua Osório de Almeida, Av. Portugal, Rua Marechal Cantuária e Rua Cândido Gaffrée.

A mesma compreendia apenas uma seção, ao preço de $400 (quatrocentos réis).

A empresa tinha como endereço, pelo menos entre fevereiro e maio/1928, Rua Menna Barreto, nº 176.

(Jornal do Brasil, 21/04/1928)

Apesar de não termos documentado, a empresa trocou de proprietários, quando em 22 de outubro de 1931 foi assinado um termo para exploração da linha Penha x Praça do Carmo. Seus novos proprietários eram Dionel Vieira de Souza e Alfredo Vieira, e a empresa retirou a razão social limitada, voltando ao nome fantasia Viação Progresso (informações do site MILBUS).

Agora pelas mãos de outros representantes/proprietários, Dionel Vieira de Souza e Nadyr da Cruz Lobo, era assinado em 30 de julho de 1932 um termo de obrigação para a Viação Progresso operar a linha Penha x Monroe, a ser iniciada no prazo de trinta dias a contar da assinatura do mesmo.

A nova linha tinha o seguinte itinerário: Estação da Penha, Rua Custódio de Mello, Rua Ibiapina, Av. dos Democráticos, Av. Suburbana, Largo de Benfica, Rua da Alegria, Rua Bela de São João, Campo de São Cristóvão, Rua Figueira de Mello, Rua Francisco Eugênio, Av. Francisco Bicalho, Av. do Mangue, Praça Onze de Junho, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco, Rua Luiz de Vasconcellos e Monroe, sendo que na volta passava pela Rua Senador Eusébio, ao invés de Visconde de Itaúna.

A linha era dividida em várias seções, a saber: do Monroe à Rua Camerino, $200 (duzentos réis); de Camerino ao cruzamento de Rua Bela com Rua Bonfim, $400 (quatrocentos réis); dali ao Largo de Benfica, $200 (duzentos réis); deste local à estação de Bonsucesso, $200 (duzentos réis); da estação de Bonsucesso à de Ramos, $200 (duzentos réis) e da estação de Ramos à da Penha, $200 (duzentos réis). A passagem direta saía à razão de 1$200 (hum mil e duzentos réis).

Inicialmente a linha Penha x Monroe tinha o nº 19.

(Jornal do Brasil, 04/08/1932)

Ônibus Penha, da Viação Progresso
(A Noite, 26/02/1934)

Em 11 de março de 1936, os Srs. Dionel Vieira de Souza e Nadyr da Cruz Lobo assinaram um termo aditivo de transferência, cedendo e transferindo a firma para Dionel & Pereira Ltda., o termo de obrigação assinado por eles com a Prefeitura em 30 de julho de 1932.

(Jornal do Brasil, 14/03/1936)

A partir de setembro-outubro/1937 o número da linha mudou para 36, como atestamos a seguir.

A última referência que encontramos sobre a Viação Progresso (Auto Viação Progresso Ltda.), foi a publicação do termo de transferência e unificação das empresas Viação Selecta, Viação Guanabara e Viação Progresso para a firma Viação Penha Ltda., assinado a 20 de dezembro de 1937.

Ônibus Penha, da Viação Progresso
(A Noite, 06/08/1937)

(Jornal do Brasil, 28/12/1937)

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

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