domingo, 9 de fevereiro de 2014

Auto Viação Carioca

Segundo notícia do Jornal do Brasil, de 11 de janeiro de 1927, a empresa Auto Viação Carioca havia inaugurado na véspera a linha de ônibus Estação de São Francisco Xavier x Palácio Monroe. Os veículos eram para 27 passageiros, sendo montados em chassis Lancia. Era concessionária do serviço a firma Kayat & Aquim.


(Jornal do Brasil, 08/01/1927)

(Jornal do Brasil, 11/01/1927)

No entanto, somente a 17 de janeiro foi assinado um termo de obrigação junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, no qual a mencionada firma Kayat & Aquim, estabelecida à Rua da Alfândega, nº 327, comprometia-se a começar a operar a referida linha num prazo de 30 dias.

(Jornal do Brasil, 19/01/1927)

Era este o percurso: ida – Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Mangue, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República, Rua Marechal Floriano e Av. Rio Branco. Na volta era utilizada a Rua Senador Eusébio, ao invés de Visconde de Itaúna.

A linha era dividida em três seções: da Estação de São Francisco Xavier à Praça da Bandeira – $400 (quatrocentos réis); desta à Rua Marechal Floriano, canto da Rua Camerino – $400 (quatrocentos réis) e da Camerino até o Palácio Monroe – $200 (duzentos réis).

A 7 de junho de 1927, os Srs. Kayat & Aquim assinaram um termo de modificação, prolongando a linha acima citada para Méier x Monroe, sendo este o itinerário: Estação do Méier, Rua Arquias Cordeiro, Rua Souza Barros, Rua Dr. Silva Freire, Rua Vinte e Quatro de Maio, Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República – Estrada de Ferro e Quartel General –, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio Branco e Palácio Monroe.

Assim ficava subdividida a linha: 1ª seção, do Méier à Estação do Sampaio, $200 (duzentos réis); 2ª seção, do Sampaio à Estação de São Francisco Xavier, $200 (duzentos réis); 3ª seção, da Estação de São Francisco Xavier à Rua Dona Zulmira, $200 (duzentos réis); 4ª seção, da Rua Dona Zulmira à Rua Afonso Pena, $200 (duzentos réis); 5ª seção, da Rua Afonso Pena à Rua Machado Coelho, $200 (duzentos réis); 6ª seção, da Rua Machado Coelho à Rua Camerino, $200 (duzentos réis). As passagens diretas eram cobradas à razão de 1$200 (hum mil e duzentos) réis.

(Jornal do Brasil, 11/06/1927)

De fins de março/1928 em diante não mais encontramos notícias nos jornais sobre a empresa de Kayat & Aquim. Reafirmando nossa convicção do ‘desaparecimento’ desta concessionária por aquela época, os periódicos Jornal do Brasil e O Paiz, em suas edições de 02/06 e de 05/06/1929, respectivamente, publicavam idêntica matéria, dando conta de que no decorrer de 1928 três empresas deixaram de trafegar, entre elas a Viação Carioca.

No entanto, em maio/1932 a denominação Viação Carioca ‘renasceu’ nas mãos do então desconhecido empresário Mário Bianchi, mas isto já será motivo de outra postagem.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha] 

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