Segundo notícia
do Jornal do Brasil, de 11 de janeiro de 1927, a empresa Auto Viação Carioca
havia inaugurado na véspera a linha de ônibus Estação de São Francisco Xavier x Palácio
Monroe. Os veículos eram para 27 passageiros, sendo montados em chassis Lancia. Era concessionária do serviço a
firma Kayat & Aquim.
(Jornal do Brasil, 08/01/1927) |
(Jornal do Brasil, 11/01/1927) |
No entanto,
somente a 17 de janeiro foi assinado um termo de obrigação junto à Inspetoria
de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, no qual a mencionada
firma Kayat & Aquim, estabelecida à Rua da Alfândega, nº 327,
comprometia-se a começar a operar a referida linha num prazo de 30 dias.
(Jornal do Brasil, 19/01/1927) |
Era este o
percurso: ida – Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da
Bandeira, Av. Lauro Müller, Mangue, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República,
Rua Marechal Floriano e Av. Rio Branco. Na volta era utilizada a Rua Senador
Eusébio, ao invés de Visconde de Itaúna.
A linha era
dividida em três seções: da Estação de São Francisco Xavier à Praça da Bandeira
– $400 (quatrocentos réis); desta à Rua Marechal Floriano, canto da Rua
Camerino – $400 (quatrocentos réis) e da Camerino até o Palácio Monroe – $200 (duzentos
réis).
A 7 de junho de
1927, os Srs. Kayat & Aquim assinaram um termo de modificação, prolongando a
linha acima citada para Méier x Monroe, sendo este o itinerário: Estação do
Méier, Rua Arquias Cordeiro, Rua Souza Barros, Rua Dr. Silva Freire, Rua Vinte
e Quatro de Maio, Rua São Francisco Xavier, Rua Mariz e Barros, Praça da
Bandeira, Av. Lauro Müller, Rua Visconde de Itaúna, Praça da República –
Estrada de Ferro e Quartel General –, Rua Marechal Floriano, Rua Visconde de
Inhaúma, Av. Rio Branco e Palácio Monroe.
Assim ficava
subdividida a linha: 1ª seção, do Méier à Estação do Sampaio, $200 (duzentos réis);
2ª seção, do Sampaio à Estação de São Francisco Xavier, $200 (duzentos réis);
3ª seção, da Estação de São Francisco Xavier à Rua Dona Zulmira, $200 (duzentos
réis); 4ª seção, da Rua Dona Zulmira à Rua Afonso Pena, $200 (duzentos réis);
5ª seção, da Rua Afonso Pena à Rua Machado Coelho, $200 (duzentos réis); 6ª
seção, da Rua Machado Coelho à Rua Camerino, $200 (duzentos réis). As passagens
diretas eram cobradas à razão de 1$200 (hum mil e duzentos) réis.
(Jornal do Brasil, 11/06/1927) |
De fins de
março/1928 em diante não mais encontramos notícias nos jornais sobre a empresa
de Kayat & Aquim. Reafirmando nossa convicção do ‘desaparecimento’ desta
concessionária por aquela época, os periódicos Jornal do Brasil e O Paiz, em
suas edições de 02/06 e de 05/06/1929, respectivamente, publicavam idêntica
matéria, dando conta de que no decorrer de 1928 três empresas deixaram de
trafegar, entre elas a Viação Carioca.
No entanto, em
maio/1932 a denominação Viação Carioca ‘renasceu’ nas mãos do então desconhecido
empresário Mário Bianchi, mas isto já será motivo de outra postagem.
[Pesquisa de
Claudio Falcão e Eduardo Cunha]
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