domingo, 23 de fevereiro de 2014

Viação Tijuca

A 21 de junho de 1928, o representante da Viação Tijuca, Sr. Francisco Machado, assinou um termo de obrigação junto à Inspetoria de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, para implantar uma linha de “ônibus-automóveis” ligando a Praça Mauá à Praça Serzedelo Corrêa (Copacabana).

Esta linha obedecia ao seguinte itinerário: Praça Mauá, Av. Rio Branco, Av. Beira Mar (Lapa, Glória e Flamengo), Av. Oswaldo Cruz, Av. Beira Mar (Praia de Botafogo), Av. Pasteur, Av. Wenceslau Braz, Praça Juliano Moreira, Rua do Túnel, Rua Salvador Corrêa, Av. Atlântica, Rua Hilário Gouvêa e Praça Serzedelo Corrêa (esquina de Rua Barroso – nota: atual Siqueira Campos). A volta era feita pela Rua Barroso, Av. Atlântica, e dali por diante seguindo o mesmo percurso da ida.

A linha era dividida em duas seções: da Praça Mauá ao Pavilhão Mourisco, $600 (seiscentos réis) e deste à Praça Serzedelo Corrêa, $400 (quatrocentos réis). A passagem direta custava 1$000 (hum mil) réis.

(Jornal do Brasil, 22/06/1928)

Encontramos uma referência em jornais sobre a Viação Tijuca, que tratava de um despacho administrativo, em maio/1929.

Em 1º de janeiro de 1930, o Jornal do Brasil publicava um termo aditivo, assinado dois dias antes, pelo qual o Sr. Francisco Machado, proprietário da Viação Tijuca, “ceda e transferia à Studebaker do Brasil S/A o termo de obrigação que mantinha com a Prefeitura, para o transporte de passageiros por meio de auto-ônibus.

Para efeito de esclarecimento, a firma citada como sendo a sucessora, Studebaker do Brasil S/A era, como pode ser visto no recorte a seguir, uma empresa internacional fabricante de automóveis e também de caminhões (chassis provavelmente utilizados na fabricação de ônibus), que manteve no Brasil uma subsidiária, que os importava e vendia localmente. Esta subsidiária teve sua liquidação em 15 de novembro de 1933.

(A Noite, 08/01/1921)
       
A empresa manteve o nome fantasia e circulou até 1931, quando foi adquirida pela Auto Omnibus S/A (site MILBUS e livros “Guerra de Posições na Metrópole” e “Prefeitura do Distrito Federal, Noronha Santos, 1934”).

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

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