Em 03 de dezembro de 1931 é
assinado o Termo de Obrigação, por Reynaldo Moreira, razão social da Viação São
Jorge, para estabelecer a linha de auto-lotações Méier x Irajá.
Seu itinerário era Estação do
Méier, Rua Arquias Cordeiro, Rua das Oficinas, Rua da Abolição, Av. Suburbana,
Estrada Marechal Rangel, Estrada Monsenhor Félix, até Irajá, e vice-versa.
E todas as suas seções eram de
$200 (duzentos réis), a saber: da Estação do Méier à Rua da Abolição, esquina
de Av. Suburbana; dali à Estação de Cascadura; da Estação de Cascadura à
Estação de Madureira; da Estação de Madureira a Tombadouro; do Tombadouro ao
Pau Ferro e do Pau Ferro à Estrada Monsenhor Félix, em Irajá (1).
Em 05 de fevereiro de 1934, um
Termo Aditivo, assinado por Reynaldo Moreira, proprietário da Viação São Jorge,
estabelece a nova linha de ônibus Cascadura x Ramos, tendo como itinerário:
Cascadura, Av. Suburbana, Rua Carolina Machado, Rua Maria Freitas, Rua Carvalho
de Souza, Estrada Marechal Rangel, Estrada Monsenhor Félix, Estrada Vicente de
Carvalho (pelo Parque Celeste), Estrada Braz de Pina, Rua Ibiapina, Av. dos
Democráticos e Rua Uranos, até a Estação de Ramos, e vice-versa.
Todas as seções de $200 (duzentos
réis): de Cascadura a Madureira; de Madureira a Vaz Lobo; de Vaz Lobo a Vicente
de Carvalho; de Vicente de Carvalho a Thomaz Lopes; de Thomaz Lopes à Estação
da Penha e da Estação da Penha à Estação de Ramos (2).
(O Paiz, 08/02/1934) |
Informações citam multas
referentes a carros da linha Madureira x Penha (3) e a carros da linha Penha x
Vila da Penha (4).
No segundo caso, não sabemos se é
uma nova linha ou linha extraordinária ou trecho percorrido pela linha, já
conhecida da empresa, mas a linha Madureira x Penha foi noticiada (5).
Não temos a informação precisa de
quando, mas duas notícias citam a garagem da empresa com o endereço na Rua Lino
Teixeira, nº 178, Jacaré, e com a razão social de Viação São Jorge Ltda. (6) e (7).
Seguem
duas imagens, uma de um veículo CAIO e outra de uma ficha, usados pela empresa
na década de 30.
Em 19 de agosto de 1937 é
assinado um Termo de Incorporação e Transferência de Autorização, da Viação
Americana para a Viação São Jorge Ltda., pelo seu proprietário Reynaldo
Moreira, para a linha Monroe x Méier, com o itinerário: Av. Rio Branco, Av.
Marechal Floriano, Praça da República, Rua Senador Eusébio (ida), Rua Visconde
de Itaúna (volta), Rua Francisco Bicalho, Rua Francisco Eugênio, Rua Figueira
de Melo, Campo de São Cristóvão, Largo da Cancela, Rua São Luís Gonzaga, Rua
Ana Néri, Rua Dr. Garnier, Rua Conselheiro Mayrink, Rua Lino Teixeira, Rua
Sousa Barros, Rua Arquias Cordeiro, Rua Carolina Meyer, Rua Aristides Caire, e
vice-versa.
Suas seções eram do Monroe à Rua
Camerino, $200 (duzentos réis); do Monroe à Leopoldina, $400 (quatrocentos
réis); da Leopoldina à Cancela, $200 (duzentos réis); da Cancela ao Jockey
Clube, $200 (duzentos réis); do Jockey Clube ao Méier, $400 (quatrocentos réis),
com a direta (do Monroe ao Méier), a 1$200 (hum mil e duzentos réis) (8).
Todavia somente no dia 19 de
agosto de 1937, o Termo de Transferência de Autorização, da Viação São Jorge,
de Reynaldo Moreira, com sede, garagem e oficinas à Rua Lino Teixeira, nº 95,
Jacaré, é que foi oficializada a passagem para a firma Viação São Jorge Ltda.,
contendo os sócios Reynaldo Moreira, Celestino Esteves da Costa e Antônio
Moreira Pinto (8).
A ‘estreia’ da linha não foi tão
boa quanto desejada, devido ao acidente provocado por um veículo da empresa em
São Cristóvão.
(A Noite, 22/11/1937) |
E, novamente, mais um acidente envolvendo
e também provocado por um veículo da São Jorge.
(Diário da Noite, 20/09/1940) |
Pequenas informações recolhidas
mostram diferentes situações, novas:
- a linha Monroe x Méier, recebeu
o número 34, como já aparece no ônibus batido no assunto anterior (9);
- a São Jorge compra a Viação
Globo Ltda., seus carros e linha, e estica a S-4 para a Penha (10);
e
- é colocado um veículo para
circular na linha 1, de ligação Mauá x Monroe (pool de empresas, como já foi
citado em outras empresas) (11);
A próxima notícia mostra o Termo
de Transferência e Incorporação, da Viação Globo pela Viação São Jorge Ltda.
DOU/DF – 17/01/1940
Secretaria Geral de Viação e Obras
DEPARTAMENTO
DE CONCESSÕES
TERMO DE INCORPORAÇÃO E TRANSFERÊNCIA
DE AUTORIZAÇÃO
“Pelo qual a Prefeitura do Distrito Federal concede a transferência da Empresa
"Viação Globo" para a firma Viação São Jorge Limitada, proprietária da
Empresa "Viação São Jorge", e a incorporação das referidas empresas com a denominação de Empresa
"Viação São Jorge"·
Aos dezesseis dias do mês de
janeiro do ano de mil novecentos o quarenta e um, no Departamento de
Concessões, da Secretaria Geral de Viação e Obras, da Prefeitura do
Distrito Federal, estando presentes o respectivo Diretor-Engenheiro Civil
Otávio Valdetaro Coimbra, e as testemunhas infra-assinadas, compareceram a
firma Viação Globo Limitada, representada pelo sócio remanescente senhor Melquiades
José Coelho da Rocha, proprietária da Empresa 'Viação Globo", e a firma Viação São Jorge Limitada, representada pelo senhor
João Ribeiro Marques e Manuel Ribeiro Marques, proprietários da Empresa "Viação São Jorge", com sede, garage e oficinas
à rua Lino Teixeira, 178, devidamente legalizada no Departamento Nacional da
Indústria e Comércio, sob números 141.991 e 143.281, afim de firmar o presente
termo, que, de acordo cem o despacho do Sr. Diretor, exarado em 20 de janeiro
de 1940, no processo de 1934, anexo ao processo 3.515-39, tem por finalidade
social transferir a Empresa "Viação Globo" para a firma Viação São Jorge Limitada, e incorporar as duas
empresas que passarão a constituir uma única, com a denominação de Empresa
"Viação São Jorge", sob as rendições abaixo estabelecidas.
Primeira - Fica, pois presente, transferida a Empresa "Viação
Globo" para a firma Viação São Jorge Limitada, que assume inteira responsabilidade pelo ativo e passivo da
Empresa que ora lhe é transferiria, conforme traslado de escritura de venda,
lavrada no livro 975, à folhas 97, no Cartório do 2º. Ofício (Tabelião Álvaro
Fonseca
da Cunha), que apresentou em
anexo ao processo protocolado neste Departamento sob n. 4.6 .46-39 .
Segunda
- Ficam, pelo termo ora assinado, incorporadas para todos os efeitos legais as
Empresas "Viação Globo" e "Viação São Jorge", constituindo, assim, as duas, uma só Empresa com a denominação de
Empresa "Viação São Jorge".
Terceira - A firma Viação São Jorge Limitada, se compromete, sob pena de nulidade da licença a que se
refere este termo a continuar a dar cumprimento integral no Regulamento baixado
com o Decreto o. 3.926, de 23 de junho de 1932, e a todas as leis, decretos,
regulamentos, portarias, ordens e avisos emanados da autoridade municipal competente,
quer os já em vigor, quer os que venham a ser baixados na vigência do presente
termo, e a não causar nenhum embaraço à execução do Decreto ri. 4.864, de 13 de
junho de 1934, que determina a divisão da Cidade em zonas, para efeito da
organização do serviço de ônibus, submetendo-se a tudo que nesse sentido for
determinado pela Prefeitura, bem como a fazer, desde que a mesma Prefeitura
julgue necessário para conveniência pública as alterações de itinerários,
pontos de estacionamento, secções e cobrança de passagens das linhas
mencionadas neste termo, de acordo com a legislação vigente.
Quarta - A firma Viação São Jorge Limitada continuará a explorar
ás seguintes linhas: 34-Monroe-Meyer e a linha suburbana S4 Meyer-Olaria",
da Empresa Viação Globo, com os itinerários, seccionamento e preços de passagens
constantes dos termos assinados em 19 de agosto de 1937, no Livro G, à fls. 115
a 116, e 22 de novembro de 1940, no Livro 7, à fls. 10 v. a 12 v.
Quinta - Fica também, por este termo, transferida para a firma Viação São Jorge Limitada a caução de 2:000 (dois
contos de réis), depositada nos cofres municipais nas datas indicadas e do modo
seguinte: 1:000 (um conto de réis), em moeda corrente, pela guia n. 3.718 deste
Departamento, em 15 de outubro de 1937, em nome de A. S. Braga; 1:000 (um conto
de réis), em moeda corrente. pela guia n. 4.070, de 29 de agosto de 1938, em
nome de Viação Globo Limitada.
Sexta - De acordo com o que estabelece. o art. 10 do Regulamento baixado
com o Decreto n. 3.926, de. 23 de junho de 1932, garantirá o presente termo a
caução de 6:000 (seis contos de réis), depositada nos cofres municipais nas
datas indicadas e do modo que 2000 (dois contos de réis), em moeda corrente,
3:000 (três contos de réis), em apólices municipais, pelo talão n, 3.842, da
antiga Diretoria de Fazenda, ambos depositados em 29 de dezembro de 1933, em nome
de Viação São Jorge Limitada, e 1:000 (um conto de réis), em moeda corrente, pela guia n.
4.070, de 29 de agosto de 1938, em nome de Viação Globo Limitada; podendo ser
levantada a caução de 1:000 (um conto de réis) representada pela guia número 3.718,
mencionada na cláusula 5ª.
Sétima - A Prefeitura tem a faculdade de vender administrativamente os
títulos caucionados sempre que se tornar necessário descontar dos mesmos
qualquer importância.
Oitava - Continuam em pleno vigor as demais disposições contidas nos
termos de transferência assinados neste Departamento em 9 de janeiro e 7 de
novembro de 1910, no Livro 7, os totais ficam fazendo parte integrante do
presente termo. E, para firmeza do que acima ficou estabelecido, lavrou-se o
presente termo, lido e achado conforme pelas partes interessadas, é por elas
assinado, que o pelas testemunhas, e por mim Edgard Barbosa, funcionário escrevi
e subscrevo. Pela guia n. 4.966, deste Departamento, foi pago o imposto de
expediente, na importância do 21000, em 15 de janeiro de 1941, sobre quatro
estampilhas municipais no valor total de 21000 (vinte e um mil réis)”.
Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1940
Octavio Valdetaro Coimbra, diretor
A matéria paga a seguir, cita o
restabelecimento da passagem da linha Méier x Olaria, atual S-4, pela Rua
Cardoso de Moraes.
(A Noite, 22/10/1941) |
Aqui temos a realização da festa
de inauguração da nova garagem da empresa na Rua Viúva Cláudio, nº 408, no
Jacaré.
(A Noite, 04/04/1942) |
Nessa outra matéria paga, a
empresa informa que solicita a paralisação – não retirada –, por tempo
indeterminado, de duas linhas até então para nós desconhecidas operadas pela
São Jorge: Olaria x Porto de Maria Angu e Bonsucesso x Fábrica das Máscaras.
(Diário de Notícias, 09/10/1945) |
Mais um acidente foi registrado,
ainda na linha 34, dessa vez avançando uma linha férrea e sendo colhido por uma
locomotiva.
(A Noite, 04/07/1947) |
Agora a reclamação é quanto aos
ônibus velhos circulantes na S-4 – o veículo da foto é década de 30 e a matéria
é de 1949... – e a falta de ‘troco dos trocadores’, sem trocadilhos. A linha
agora faz Méier x Penha.
(Correio da Manhã, 02/10/1949) |
Já com um veículo aparentando ser
novo, mais uma batida ocorre com um carro da São Jorge na linha 34, batida esta
que deixou o auto de passeio totalmente avariado e muitos feridos.
(A Noite, 28/05/1951) |
Novo acidente, também com um
Carbrasa da São Jorge, fazendo a linha 34, e outro veículo da Copanorte, linha
92, em São Cristóvão.
(Novembro/1951 - acervo Hugo Caramuru) |
E como aconteciam acidentes com
os ônibus da São Jorge, desta vez a “provável nova linha 32”, Maria da Graça x
Monroe.
(A Noite, 03/11/1952) |
Outro acidente ocorrido com um
carro da 34, onde podemos verificar a grade, lataria e para-choque amassados,
bem como um farol e o vidro dianteiro quebrados.
(1953 - Acervo 'Memória do Ônibus e Empresas Cariocas') |
Nesta notícia a seguir, a empresa
é autorizada a colocar quatro novos veículos para atender as linhas Méier e
Maria da Graça x Mauá. Nesta matéria, aparecem também autorizações para algumas
linhas individuais de lotações, bem como autoriza a Viação Guanabara a colocar uma
linha de lotações e a empresa de ônibus Boa Viagem a colocar mais veículos para
a linha Mauá x Campinho.
(Diário de Notícias, 26/07/1953) |
Agora temos um novo golpe na
praça, ou seja, quando seu ônibus enguiçar e você tiver que pegar outro para continuar
a viagem, terá que pagar nova passagem. Só dá golpista e desde aquela época.
Leiam a matéria completa, para entender.
(Gazeta de Notícias, 03/09/1953) |
Essa foto é no Méier, na Rua
Amaro Cavalcanti, para onde a garagem mudou, e os veículos paravam na frente,
não sabemos se para entrar ou para circular. Como referência ela ficava, ou
onde é, ou perto do atual Hospital Pasteur, logo após o terminal do Méier.
(1954 - Rua Amaro Cavalcanti) |
Informe noticioso da empresa
sobre a quantidade de veículos seus circulando, devido à greve dos rodoviários
urbanos.
(A Noite, 16/03/1954) |
Reclamação dos passageiros em
relação aos ‘troca-trocas’ entre motoristas e trocadores, em suas efetivas
atividades nos veículos da empresa.
(A Noite, 30/11/1954) |
Mais reclamações das empresas São
Jorge e também da Central, que não é alvo da nossa publicação, sobre aumento do
preço das passagens e ‘renascimento’ de uma linha da qual havia sido pedido
baixa.
(Diário da Noite, 04/04/1955) |
A antiga e famosa COFAP aparece
aqui penalizando, além da São Jorge, quatro outras empresas que majoraram seus
preços, conforme citado acima. Leiam a matéria, que é muito interessante.
(Diário da Noite, 15/04/1955) |
E tome mais uma penalização à São
Jorge pelas atitudes indevidas, contra preços e linhas.
(Diário da Noite, 16/04/1955) |
Nessa matéria bem grande, podemos
ver alguns absurdos, não só feitos pela COFAP, mas principalmente pela São
Jorge, como outras empresas relacionadas na matéria – que inclui números de
novas linhas –, e conheçam uma empresa ‘fantasma’, a Ônibus OK Ltda. Como o
trambique é algo antigo no Brasil...
Nessas histórias todas, temos uns
mistérios a resolver: que empresa fazia a linha 39 – Castelo x Piedade?
Esquisito é que essa linha foi operada pela Estrela do Norte, Tiradentes x
Penha, linha extinta em 1956, quando o jornal informa que a 39 já existia em 1955,
fazendo Castelo x Piedade!!! Outra dúvida: qual seria a empresa que operava a
linha 54, para a Taquara? Provavelmente a própria Viação Taquara Ltda. Outra
incógnita é a linha 222.
Há outras irregularidades com
outras empresas, além do ‘assassinato’ à língua portuguesa em alguns letreiros.
(Correio da Manhã, 01/05/1955) |
Aqui temos duas imagens da mesma
ficha da linha 34, onde na borda do reverso há os dizeres que afirmam os
comentários sobre os erros de português existentes. Atentem para: “ADQUIRA ESTA FIXA COM O TROCADOR”.
Além do erro linguístico, a frase
em si é imprópria, pois se você já comprou a passagem para que a informação
onde adquiri-la???
E agora temos uma ‘matéria’,
dando total impressão que a empresa era o suprassumo dos transportes coletivos,
um ano após a matéria anterior arrasando a empresa, publicada por outro jornal.
Aqui nessa matéria, ‘presenciamos’
o nascimento da Auto Lotações Jacaré, futura Auto Viação Jacaré Ltda., e
fazendo a linha 236 – José Bonifácio x Castelo e, claro, fazendo concorrência à
São Jorge, que se achou a dona do pedaço e não gostou.
(Diário da Noite, 13/08/1955) |
Temos agora a notícia de um
acidente de um carro da 235.
Bem como uma ficha usada nessa
linha.
(A Noite, 16/09/1955) |
Ficha utilizada na linha 235 |
Mais uma notícia desencontrada,
as informações que temos e a que foi publicada pelo jornal. A linha S-4 foi
operada pela São Jorge até 1947. Aqui o jornal cita que o veículo é dela,
quando em 1955 quem operava a linha era a Viação São Paulo. Pena não estar
identificado o número de ordem deste carro, para podermos ter certeza de qual
empresa era. Teria a São Jorge apoiado a operação da São Paulo, nessa época?
Duas matérias a seguir sobre o
mesmo acidente entre um 235 e um lotação individual, da linha Praça Mauá x
Padre x Nóbrega.
Notícias informam dois acidentes
da 235 – Cachambi x Castelo (12).
Neste recorte um incêndio, no
Centro, deixando o carro totalmente acabado.
Carro da empresa, da marca CAIO,
conhecido na intimidade como “goiabada”.
Informações sobre a atual garagem
da empresa: Rua Miguel Cervantes, nº 88, Cachambi (13).
A década de 60 começa ruim para a
São Jorge, prevendo que sua derrocada estava a caminho.
Em 1963, a linha 235 – Castelo x
Cachambi, mudou para 274, que em 1967 mudou para Castelo x Maria da Graça (14).
Acompanha
uma imagem da ficha da 274.
Em 1965 a empresa troca de razão
social de Ltda. para S/A, com sede à Rua Miguel de Cervantes, nº 240, Cachambi (15).
E continuam em 1966 os problemas
com a empresa, como podemos ver no próximo recorte.
Em 1967, a linha 235 foi esticada
até Todos os Santos e retirada em 1968.
[Referência: DOU]
De 1966 a 1968, a 275 operou Praça XV x Maria da Graça.
[Referência: DOU]
E agora também em 1967.
Vejam duas imagens da ficha
usada, senso que na segunda imagem a indicação da seção “DIRETA”.
Conforme vínhamos percebendo, a
empresa ia de mal a pior, tanto é que 17 de março de 1967 foi cassada, mas teve
sobrerrestada sua cassação por 90 dias, a partir de 08/1967.
Conseguiu uma sobrevida até 08/1968,
quando sua cassação foi suspensa, mas infelizmente nada adiantou, pois em 13 de
novembro de 1968 foi obrigada a dar baixa nos 26 veículos e a concessão da
linha 274 foi passada para Auto Viação Paraense S/A.
Mais uma antiga empresa, com 37
anos de existência, que termina por descaso e má administração dos seus
proprietários.
Referências:
(1) – Jornal do Brasil,
08/12/1931;
(2) – Jornal do Brasil,
07/02/1934;
(3) – Jornal do Brasil,
27/06/1934 e 18/01/1935;
(4) – Jornal do Brasil,
18/01/1935 e 09/03/1935;
(5) – Jornal do Brasil,
27/06/1934;
(6) – Jornal do Brasil,
20/01/1937;
(7) – Jornal do Brasil,
12/03/1937;
(8) – Jornal do Brasil,
21/08/1937;
(9) – Jornal do Brasil,
24/03/1940 e 11/03/1941;
(10) – Livro Guerra de Posições
na Metrópole;
(11) – Jornal do Brasil,
10/05/1942;
(12) – Jornal do Brasil,
03/08/1957 e 21/11/1958;
(13) – Jornal do Brasil,
13/10/1959, 15 e 17/04/1960;
(14) – Informações de DOUs.
(15) – Jornal do Brasil, 30 e
31/03 e 01/04/1965.
[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio
Falcão]
Comentário, via email:
ResponderExcluirMais uma vez , Parabéns pelo excelente trabalho !
Quando ainda garoto viajei muito nos ônibus da São Jorge, na linha S-4 , Meier- Penha.
Eram todos Fords , com motor Hercules, à diesel, todos lambuzados de óleo... Uma bagunça total !
Em 1952 ou 53, colocaram um unico ônibus FNM na linha.
Na época a garagem era na Rua Cachambi. aonde hoje é um supermercado.
Era comum, durante a viagem passarem na garagem para abastecerem o tanque.
Eram pintados de creme, cor de sujeira...
Um abração do
Jaime Moraes
Jaime, mais uma vez grato pela visita, comentário e elogio a matéria, desta vez da São Jorge. Seja sempre bem vindo. Abraços, Eduardo.
Excluir