domingo, 14 de junho de 2015

Viação Imperial

Foi de outubro de 1944 a primeira notícia que encontramos em jornais a respeito da Viação Imperial, transcrita a seguir: “S. A. Imperial de Transportes de Passageiros [razão social da empresa] – deferido, nos termos do parecer, marcado o prazo de 90 dias para execução do que se pede, devendo os ônibus serem movidos a gasogênio e trafegarem sob a responsabilidade da empresa requerente”.

(Correio da Manhã, 03/10/1944)

O endereço da empresa, em 1947, era Rua Ricardo Machado, nº 28 – São Cristóvão, tel.: 48-8764 [referência: DOU].

Adiante temos a imagem de um ônibus da Viação Imperial, acompanhado de outros, das viações Glória e Única. Reparem que a imagem está invertida, e o veículo da Imperial é o primeiro à direita.

(A Noite, 10/04/1947)

A seguir, verificamos imagem e texto sobre acidente no Jardim Botânico com um carro da Viação Imperial, trajeto Carioca x Ponte das Tábuas (linha 49).

(A Manhã, 10/06/1947)

E agora mais um acidente, verificado na Rua Dias da Cruz, desta vez com um coletivo da linha Cascadura x Saenz Peña.

(Diário de Notícias, 25/06/1947)

Em uma notícia de greve de motoristas e trocadores da Viação Imperial, tomamos conhecimento da numeração das três linhas que eram exploradas pela empresa, àquela época: 9, 49 e 50.

(Diário da Noite, 05/11/1947)

E no início do ano de 1948, novo acidente, agora envolvendo um carro da linha Mauá x Mourisco. Cremos que aí completamos o trio de linhas da Viação Imperial, mencionado na notícia anterior.

(Diário da Noite, 03/01/1948)

Mas em maio de 1950, através de uma nota mandada publicar pelos administradores da empresa em questão, verificamos que nova linha havia sido assumida por ela: Marquês de São Vicente x Largo da Carioca. Tratava-se de um incêndio em um dos seus veículos, na Rua Jardim Botânico, que ocasionou doze vítimas fatais.

(A Manhã, 07/05/1950)

Novo acidente, desta vez na Praia de Botafogo, envolvia um ônibus da linha 9 – Praça Mauá x Mourisco.

(Correio da Manhã, 10/05/1950)

E, mostrando que os coletivos da Viação Imperial constantemente protagonizavam acidentes, o fato repetiu-se com um carro da linha 50, porém com o letreiro “Garage”, no centro da cidade.

(Diário da Noite, 31/08/1950)

A empresa teria circulado até 1952, passando então a linha 9 a ser operada pela EMO [referência: DOU].

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

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