domingo, 21 de junho de 2015

Viação Oceania S.A.


Através de um manifesto publicado em fevereiro de 1946 no periódico ‘A Noite’, a Viação Oceania S.A., através de seu fundador, Aires Lopes Marinho, anunciava que seus ônibus, “luxuosos e confortáveis, com capacidade para 40 passageiros, entrarão em tráfego dentro em breve, no trajeto da ESTAÇÃO DA LEOPOLDINA-ARPOADOR (Ipanema)”.

Era anunciado ainda que a sede provisória da empresa situava-se à Rua Evaristo da Veiga, nº 47-A, sala 406 – fone: 22-1821.

E o itinerário da linha mencionada – Ida: LEOPOLDINA, Av. Francisco Bicalho, Av. Presidente Vargas, Av. Rio Branco, Praia do Flamengo, Av. Oswaldo Cruz, Praia de Botafogo, Av. Pasteur, Av. Wenceslau Braz, Túnel Coelho Cintra, Av. Princesa Isabel, Av. Atlântica, Rua Francisco Otaviano e ARPOADOR. Volta – ARPOADOR, Rua Francisco Otaviano, Av. Atlântica, Av. Princesa Isabel, Túnel Coelho Cintra, Av. Wenceslau Braz, Av. Pasteur, Praia de Botafogo, Av. Ruy Barbosa, Praia do Flamengo, Largo da Lapa, Rua do Passeio, Praça Marechal Floriano, Rua 13 de Maio, Largo da Carioca, Rua Uruguaiana, Av. Presidente Vargas, Av. Francisco Bicalho e LEOPOLDINA.

(A Noite, 22/02/1946)

No entanto, somente a 5 de setembro de 1946 era definitivamente constituída a Viação Oceania S.A., como pode ser verificado na nota “à praça”, a seguir.

(A Noite, 11/09/1946)

Novo anúncio, publicado em 21 de outubro do mesmo ano, dava conta da chegada, no mês seguinte, do “primeiro lote dos ônibus adquiridos nos Estados Unidos para o início das linhas de sua concessão”. Notem bem: “das linhas”.

(A Noite, 21/10/1946)

Já em 6 de março de 1948, era anunciado para o dia 15 daquele mês, o início das operações, pela Viação Oceania, da linha Cavalcanti x Mauá, “para servir aos moradores do núcleo residencial dos bancários”. 

(Gazeta de Notícias, 06/03/1948)

Mas logo no dia seguinte era publicada uma nota no periódico ‘Correio da Manhã’, relativa à solicitação, por um credor, da decretação da falência da empresa (aqui grafada equivocadamente como “Viação Oceanica”), então estabelecida à Av. Calógeras, nº 15, 3º andar, sala 301 – Centro.

(Correio da Manhã, 07/03/1948)

No mínimo, uma incoerência, pois se estavam noticiando a inauguração de uma nova linha para o dia 15 de março, teve requerida a decretação de sua falência publicada, em um diário de grande circulação, no dia 7 daquele mesmo mês e ano...

E nada mais foi localizado por nós, nos jornais, a respeito desta empresa.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha] 

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