Aspecto da garagem da Viação Grajahú (Diário Carioca, 10/04/1935) |
Através do termo
de transferência de obrigações de 23 de setembro de 1935, pelo qual o
proprietário da Viação Estrella do Norte “cedia e transferia” à firma João
Ferreira & Martins, de João Ferreira e Luís Martins, proprietária da Viação
Grajahú, a linha de “ônibus-automóveis” Grajaú x Monroe (via Barão de
Mesquita), tomamos conhecimento de que foi a 22 de agosto de 1933 que os
representantes da mencionada Viação Grajahú assinaram o termo de obrigação para
explorar a linha Grajaú x Monroe (via Almirante Cochrane).
Portanto, a
partir de setembro/1935, a Viação Grajahú passava a deter o “monopólio” das
linhas de ônibus que ligavam aqueles dois logradouros.
Itinerários:
1) Grajaú x
Monroe (via Almirante Cochrane) – Rua Grajaú, esquina de Rua Canavieiras, Rua
Caravelas, Praça Edmundo Rego, ruas Maquiné, Canavieiras, Professor Valadares,
Barão do Bom Retiro, Barão de Mesquita, Santa Sofia, Pareto, Almirante
Cochrane, Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Av. do Mangue,
Praça Onze de Junho, Rua Visconde de Itaúna (ida), Rua Senador Eusébio (volta),
Praça da República, Av. Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio
Branco e Monroe.
Seções – Grajaú
à Rua Uruguai, $200 (duzentos réis); Rua Uruguai à Rua Afonso Pena, $200
(duzentos réis); Rua Afonso Pena ao Monroe, $600 (seiscentos réis); Camerino ao
Monroe, $200 (duzentos réis) e direta, 1$000 (hum mil réis).
2) Grajaú x
Monroe (via Barão de Mesquita) – Rua Grajaú, esquina de Rua Canavieiras, Rua
Caravelas, Praça Edmundo Rego, ruas Maquiné, Canavieiras, Professor Valadares,
Barão do Bom Retiro, Barão de Mesquita, São Francisco Xavier, Morais e Silva,
Ibituruna, Mariz e Barros, Praça da Bandeira, Av. Lauro Müller, Av. do Mangue,
Praça Onze de Junho, Rua Visconde de Itaúna (ida), Rua Senador Eusébio (volta),
Praça da República, Av. Marechal Floriano, Rua Visconde de Inhaúma, Av. Rio
Branco e Monroe.
Seções – Grajaú
à Rua Uruguai, $200 (duzentos réis); Rua Uruguai à Praça General Portinho, $200
(duzentos réis); Praça General Portinho ao Monroe, $600 (seiscentos réis);
Camerino ao Monroe, $200 (duzentos réis) e direta, 1$000 (hum mil réis).
Pelo mesmo termo
de transferência acima citado, ficava prorrogada por quatro anos a licença da
Viação Grajahú, contada a partir de 22 de agosto de 1937, quando findaria
aquela estabelecida pela concessão inicial, de 22/08/1933.
(Jornal do Brasil, 01/10/1935) |
No entanto, pela
pequena notícia adiante, vejam que o mesmo ‘Jornal do Brasil’, no mês de agosto
imediatamente anterior, já dava conta da cessão da linha Grajaú x Monroe (via
Barão de Mesquita) da Viação Estrella do Norte para a Viação Grajahú.
(Jornal do Brasil, 11/08/1935) |
Mas leiam a
seguir que as “disputas” pela primazia do transporte no trajeto Grajaú-Monroe
já ocorriam há mais de um ano, com as consequentes reclamações dos usuários e
cobertura da imprensa.
(Diário de Notícias, 09/03/1934) |
(Diário de Notícias, 17/03/1934) |
(Diário da Noite, 24/06/1935) |
Agora, a notícia
de um acidente ocorrido com um veículo da empresa.
(Diário da Noite, 19/09/1935) |
No próximo
recorte vejam que, por intermédio de um edital da Diretoria dos Serviços de
Utilidade Pública da PDF, de 27 de agosto de 1937, determinava-se que os ônibus
das linhas urbanas do Rio de Janeiro deveriam trazer ‘vistas externas’ padronizadas,
com a numeração de suas respectivas linhas.
Couberam às
linhas da Viação Grajahú os seguintes números: 21 – Monroe x Grajaú (via Barão
de Mesquita) e 22 – Monroe x Grajaú (via Morais e Silva).
(Jornal do Brasil, 29/08/1937) |
E, em dezembro
de 1937, as reclamações passaram a se referir justamente ao “monopólio” do qual
passara a gozar a empresa, nos trajetos que lhe cabiam, do Monroe ao Grajaú.
(Diário de Notícias, 02/12/1937) |
Já em 1938,
foram implantadas as chamadas “linhas auxiliares”, com os ônibus ditos “faixas
brancas”, apelido que ganharam por terem faixas brancas pintadas em suas
laterais. No caso das linhas que ficaram a cargo da Viação Grajahú, as mesmas
partiam do Largo de Santa Rita, e receberam as seguintes numerações: 81 – Largo
de Santa Rita x Grajaú (via Almirante Cochrane, auxiliar da 21) e 82 – Largo de
Santa Rita x Grajaú (via Morais e Silva, auxiliar da 22).
(Diário de Notícias, 26/08/1938) |
Em setembro de
1939, o periódico ‘Correio da Manhã’ trazia uma interessante informação para
ilustrar a nossa postagem: a Viação Grajahú havia licenciado naquele ano, até a
data mencionada, sete novos carros.
(Correio da Manhã, 26/09/1939) |
Ficha da Viação Grajahú |
E sabemos ainda
que, no período de setembro a novembro de 1940, através de um termo assinado
junto ao Departamento de Concessões da PDF, a empresa era transferida para a
firma individual José Joaquim de Brito, proprietária da Viação Cruz de Malta,
como aparece nos próximos recortes.
(Gazeta de Notícias, 19/09/1940) |
(A Noite, 15/11/1940) |
Entretanto, pela
notícia que segue, de fevereiro/1946, vejam que mesmo após a transferência para
a firma de José Joaquim de Brito (Viação Cruz de Malta), o nome fantasia Viação
Grajaú (agora sem o ‘h’) continuava sendo utilizado.
(Gazeta de Notícias, 06/02/1946) |
Sensacional!!!!!
ResponderExcluirGrato Edmilson, pelo elogio e comentário. Sua solicitação foi enviada pelo Face, no seu private.
ExcluirCaro Eduardo, a Cruzeiro do Sul quando foi comprada pela Viação Carioca tinha sua garagem na rua Babilônia 49 esquina com rua Major Ávila, onde hoje se encontra o edifício Jamaica. Segundo relatos de moradores antigos da rua, com a desativação do local, o terreno virou um ferro-velho. Sds, Antonio Sérgio.
ResponderExcluirAntonio Sérgio, grato pelo comentário e tão logo possa farei a inclusão da informação na matéria. Só não entendi por que você não comentou na Viação Cruzeiro do Sul. Abraços.
ExcluirXi!!! Fiz besteira, comentei no lugar errado, foi sono mesmo (rs). Abraços, Antonio.
ResponderExcluirSem problemas. Abraços.
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