Aos 19 de
setembro de 1931, o Sr. Severino Pereira do Nascimento assinava, junto à
Inspetoria de Concessões da PDF, um termo de obrigação, comprometendo-se a
estabelecer um serviço regular de transporte de passageiros por meio de auto-ônibus,
com a linha Estação do Méier x Água Santa (Piedade).
Tal era o
itinerário: Estação do Méier, ruas Dias da Cruz, Engenho de Dentro, Dr.
Niemeyer, Borges Monteiro, Amaro Cavalcanti, Clarimundo de Mello, Assis
Carneiro e Brasil, esquina da Rua Soares Pereira (Piedade), “local conhecido
por Água Santa”.
Estas eram as
seções: Estação do Méier à do Engenho de Dentro, $200 (duzentos réis) e dali a
Água Santa, $200 (duzentos réis) (1).
No recorte
adiante, vemos a notícia de uma multa aplicada à Viação Estrella do Sul, pela
não comunicação de um acidente ocorrido com um dos seus veículos, na Rua
Engenho de Dentro.
(Diário da Noite, 09/03/1933) |
Em algum
momento, que não conseguimos localizar, a empresa acima citada, Viação Estrella
do Sul, passou à propriedade do Sr. Francisco Gonçalves Garcia, que por sua vez
assinou, a 3 de agosto de 1933, um termo de transferência, pelo qual “cedia e
transferia” para a firma individual do Sr. Arlindo Esteves Simões da Rocha, o
termo de obrigação de 19/09/1931, mencionado no primeiro parágrafo (2).
Alguns dias
depois, a 11 de agosto de 1933, o ‘Jornal do Brasil’ publicava um despacho do
inspetor de concessões da PDF, com o seguinte exato teor: “Viação Estrela do
Sul – Deferido, devendo ser percorrida apenas a linha ora requerida:
Méier-Campo dos Affonsos” (3). Isto nos
mostra que a linha primitiva, Méier x Água Santa (Piedade), não mais
circularia.
Pelo mês de
setembro de 1933, o endereço da empresa era Rua Elias da Silva, nº 13-15 –
Piedade (4).
E por incrível
que pareça, a 18 de outubro de 1933, pouco mais de dois meses após o
deferimento para a implantação da linha para o Campo dos Afonsos, “foi cassada
a licença da empresa ‘Viação Estrela do Sul’, de propriedade do Sr. Arlindo
Esteves Simões da Rocha, visto estar paralisado o tráfego da linha ‘Méier-Campo
dos Afonsos’, por mais de 24 horas, sem causa justificada” (5).
Referências:
(1) – Jornal do
Brasil, 22/09/1931.
(2) – Jornal do
Brasil, 04/08/1933.
(3) – Jornal do
Brasil, 11/08/1933.
(4) – Jornal do
Brasil, 28/09/1933.
(5) – Jornal do
Brasil, 19/10/1933.
[Pesquisa de
Claudio Falcão e Eduardo Cunha]
Nenhum comentário:
Postar um comentário