domingo, 25 de janeiro de 2015

Viação Estrella do Sul

Aos 19 de setembro de 1931, o Sr. Severino Pereira do Nascimento assinava, junto à Inspetoria de Concessões da PDF, um termo de obrigação, comprometendo-se a estabelecer um serviço regular de transporte de passageiros por meio de auto-ônibus, com a linha Estação do Méier x Água Santa (Piedade).

Tal era o itinerário: Estação do Méier, ruas Dias da Cruz, Engenho de Dentro, Dr. Niemeyer, Borges Monteiro, Amaro Cavalcanti, Clarimundo de Mello, Assis Carneiro e Brasil, esquina da Rua Soares Pereira (Piedade), “local conhecido por Água Santa”.

Estas eram as seções: Estação do Méier à do Engenho de Dentro, $200 (duzentos réis) e dali a Água Santa, $200 (duzentos réis) (1).

No recorte adiante, vemos a notícia de uma multa aplicada à Viação Estrella do Sul, pela não comunicação de um acidente ocorrido com um dos seus veículos, na Rua Engenho de Dentro.

(Diário da Noite, 09/03/1933)

Em algum momento, que não conseguimos localizar, a empresa acima citada, Viação Estrella do Sul, passou à propriedade do Sr. Francisco Gonçalves Garcia, que por sua vez assinou, a 3 de agosto de 1933, um termo de transferência, pelo qual “cedia e transferia” para a firma individual do Sr. Arlindo Esteves Simões da Rocha, o termo de obrigação de 19/09/1931, mencionado no primeiro parágrafo (2).

Alguns dias depois, a 11 de agosto de 1933, o ‘Jornal do Brasil’ publicava um despacho do inspetor de concessões da PDF, com o seguinte exato teor: “Viação Estrela do Sul – Deferido, devendo ser percorrida apenas a linha ora requerida: Méier-Campo dos Affonsos” (3). Isto nos mostra que a linha primitiva, Méier x Água Santa (Piedade), não mais circularia.

Pelo mês de setembro de 1933, o endereço da empresa era Rua Elias da Silva, nº 13-15 – Piedade (4).

E por incrível que pareça, a 18 de outubro de 1933, pouco mais de dois meses após o deferimento para a implantação da linha para o Campo dos Afonsos, “foi cassada a licença da empresa ‘Viação Estrela do Sul’, de propriedade do Sr. Arlindo Esteves Simões da Rocha, visto estar paralisado o tráfego da linha ‘Méier-Campo dos Afonsos’, por mais de 24 horas, sem causa justificada” (5).

Referências:

(1) – Jornal do Brasil, 22/09/1931.
(2) – Jornal do Brasil, 04/08/1933.
(3) – Jornal do Brasil, 11/08/1933.
(4) – Jornal do Brasil, 28/09/1933.
(5) – Jornal do Brasil, 19/10/1933.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha] 

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