Através da
notícia de um acidente, cujo recorte se segue, verificamos que em novembro de
1948 os ônibus da Viação Flamengo já circulavam em sua linha Praça Mauá x
Penha.
(A Noite, 04/11/1948) |
No entanto, até
o momento, não temos como afirmar exatamente a partir de quando a empresa
começou a operar.
Novo acidente,
este ocorrido em junho de 1949, mostra que a Viação Flamengo passara a circular
com a linha Mauá x Méier.
(Diário da Noite, 28/06/1949) |
Já no mês seguinte,
a empresa entrava em concordata preventiva, como podemos confirmar pelo recorte
adiante, no qual está mencionado o seu endereço: Rua Lino Teixeira, 176/182 –
Jacaré.
(A Noite, 16/07/1949) |
Ainda no mesmo
mês, o juiz da 2ª Vara Cível deferiu o pedido da concordata preventiva, sendo
nomeado comissário o credor Banco dos Estados S.A.
(Correio da Manhã, 27/07/1949) |
(Gazeta de Notícias, 31/07/1949) |
De acordo com a
notícia do diário ‘Correio da Manhã’, exibida a seguir, verificamos que a
numeração que coube à linha Mauá x Méier era 32, bem como tomamos conhecimento
da ‘estreita relação’ que havia entre a Viação Flamengo e a Viação São Jorge,
visto que a segunda explorava a linha 34, com os mesmo extremos, Mauá x Méier.
Pelo texto, também ficamos sabendo que os ônibus da linha 32 “praticamente
desapareceram, pois apenas um resta em circulação, naturalmente para manter a
concessão da linha”. Os carros (ou o carro?) da 32 eram alaranjados, com uma
faixa vermelha, e os da 34, também alaranjados, só que com a faixa azul escura,
sendo de Cr$2,00 (dois cruzeiros) o preço das passagens.
(Correio da Manhã, 25/09/1949) |
Já em outubro de
1951, o periódico ‘Diário de Notícias’ publicava uma relação de empresas de
transporte que apresentavam débitos junto ao Departamento de Concessões da PDF,
dentre elas a Viação Flamengo, “sob pena de cassação imediata dos respectivos
privilégios”, no caso de os débitos não serem liquidados em dez dias.
(Diário de Notícias, 14/10/1951) |
O ‘processo’ da
concordata ainda continuava em junho de 1952, conforme demonstrado na pequena
nota a seguir, onde o juiz da 2ª Vara Cível mandava decretar a falência.
(Correio da Manhã, 29/06/1952) |
Já na edição de
03/10/1952 do ‘Jornal do Brasil’, era publicado um anúncio classificado, acerca
do leilão da massa falida da Viação Flamengo, nos seguintes termos:
“CENTRO – LEILÃO
– HOJE
Três auto-ônibus
e um auto-socorro.
Massa falida da
Viação Flamengo Limitada.
Concessão da
linha 113 (Estrada de Ferro-Jockey Club) – Acessórios e três chassis.
Bens depositados
na Garagem ‘Viação S. Jorge’, à Avenida Amaro Cavalcanti, 511, onde podem ser
vistos e examinados.
O LEILÃO SERÁ
REALIZADO À RUA SÃO JOSÉ, Nº 63.
O leiloeiro
BRÍCIO, autorizado por alvará do MM. Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª Vara Cível,
venderá em leilão, hoje, sexta-feira, 3 de outubro de 1952, às 15 horas, em seu
armazém, na rua São José nº 63”.
Mais um indício
da relação existente entre as duas mencionadas empresas.
E na coluna
‘Falências e Concordatas’ do diário ‘A Noite’, em março de 1954, o juiz da
mesma vara indagava ao síndico sobre o motivo da paralisação do processo
relativo à empresa.
(A Noite, 11/03/1954) |
A partir daí não
mais encontramos notícias nos jornais do Rio de Janeiro, a respeito da Viação
Flamengo Ltda.
[Pesquisa de
Claudio Falcão e Eduardo Cunha]
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