domingo, 16 de agosto de 2015

The Rio de Janeiro, Tramway, Light and Power Company, Ltd.

Empresa tradicionalíssima e uma das mais antigas no nosso velho Distrito Federal, que além dos transportes coletivos, executou outras atividades: a The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company, Ltd., na tradução: Companhia de Bondes, Luz e Força do Rio de Janeiro Limitada, a nossa conhecidíssima Light.

Desde 7 de janeiro de 1905, a história da Light, inicia-se na cidade do Rio de Janeiro, com uma concessão para a exploração de energia elétrica por força hidráulica, em Ribeirão das Lajes, a 60 quilômetros da capital. Tendo como base o setor de energia, a empresa também consolidou suas atividades com a instalação de bondes (puxados a burro e posteriormente elétricos), como a telefonia e o abastecimento de gás. Em menos de três anos respondia por 212 quilômetros de rotas, sendo pouco mais de 50, eletrificadas, no controle de cinco empresas de bondes (Carioca Company, Companhia Jardim Botânico, Companhia Carris Urbanos, Companhia São Cristóvão e a própria Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company, Ltd.).

O serviço de ônibus, foi operado por 30 anos (de 5 de dezembro de 1918 a 1948), mas inicialmente operou uma única linha de veículos de tração elétrica – não confundir com os ônibus elétricos (“trolleys”) da década de 60, mas sim veículos movidos a baterias elétricas – que percorriam toda a Av. Rio Branco, onde não era permitido o tráfego de bondes.

Esses ônibus inicialmente foram concessão da empresa H. L. Wheatley (seu proprietário, Henry Lawrence Wheatley), e posteriormente incorporados à primeira empresa comprada pela Light a operar ônibus comuns, a Auto Omnibus, que foi a precursora da Light na exploração de linhas de ônibus, em dezembro de 1918.

Como citado, percorria a Av. Rio Branco, desde a Praça Mauá até ao Palácio Monroe e eram conhecidos como Auto-Avenida. 

Ônibus a bateria

Ônibus da linha Mauá x Monroe  1918

Citações do livro 'Guerra de Posições na Metrópole'

Até 1926, a empresa só operou essa linha com esses ônibus elétricos, quando nesse ano foi repassada a concessão para a Auto Omnibus, que junto com a Excelsior, compuseram a força da Light, em termos de transportes coletivos – bondes e ônibus –, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal.

[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

2 comentários:

  1. Em alguma época a empresa teve como razão social " Companhia Carris Luz e Força do Rio de Janeiro" .

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    1. Boa tarde. Grato por ter vindo ao blog e comentado, mas por favor, informe seu nome, mesmo entrando como anônimo. A razão social, que você citou só aconteceu na década de 40 e como tal não pertence a essa parte da matéria. Se você for a matéria da Viação Excelsior, verá que no fim dela é informada a troca de razão para a que você citou.Volte sempre.

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