domingo, 19 de julho de 2015

H. L. Wheatley

O terceiro termo de contrato com a Prefeitura foi assinado em 27 de novembro de 1916, por H. L. Wheatley, engenheiro domiciliado no Rio de Janeiro.

Comprometeu-se a manter um serviço de ‘auto-omnibus’ por toda a extensão da Avenida Central, da Praça Mauá x Palácio Monroe.

Esses ônibus seriam de tração elétrica, movidos a baterias e fabricados nos Estados Unidos, e levariam um tempo para fabricação e para entrada em circulação da linha. Esses veículos foram recebidos e utilizados em 1918.

A licença para estabelecimento da empresa foi dada em 21 de maio de 1918, a título de experiência e sem passageiros, junto com o DOU/DF, em nome de Henry Lawrence Wheatley, tendo em agosto o serviço sido inaugurado.

Aqui temos o Termo de Obrigação, citado no item anterior. Tinha como itinerário a Praça Mauá, Avenida Rio Branco até a Rua Joaquim Nabuco, esquina com a Rua Luiz de Vasconcellos, de onde retornava pela Avenida Rio Branco até a Praça Mauá.

A linha tinha uma única seção, de ida ou de volta, de $200 (duzentos réis).


(Livro 'Auto-Ônibus, Legislação - Autorizações', Light - 1940)

Seguem imagens dos ônibus elétricos adquiridos pela empresa para tráfego por toda a Avenida Rio Branco. Aparentam mais um bonde do que propriamente um ônibus.



Imagens dos ônibus elétricos da linha Mauá x Monroe - 1918

Poucos meses depois da inauguração da linha, conforme Termo de Transferência de 5 de dezembro de 1918, a empresa é passada para a The Rio de Janeiro, Tramway, Light and Power Company Limited, que ainda não era chamada de Viação Excelsior.

Esta foi uma forma “maquinada” para passar pela Avenida Rio Branco, pois na mesma era proibida a passagem de bondes, e assim ela começou a marcar seu território.

(Livro 'Auto-Ônibus, Legislação - Autorizações', Light - 1940)

Essa empresa posteriormente, quando a Light começou a operar ônibus, transformou-se na The Rio de Janeiro, Tramway, Light and Power Company, Ltd., a ser mostrada em outra postagem.


[Pesquisa de Eduardo Cunha e Claudio Falcão]

2 comentários:

  1. Os veículos fabricados pela ACF Brill eram operados à baterias, uma tecnologia de ponta, para aquela época.

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  2. Bem vindo Jaime. Pelo que li no livro da Light, o Sr. H. L. Wheatley, encomendou esses ônibus com estas baterias, devido ao Termo de Concessão lavrado com a PDF, condicionando aos ônibus terem essas características. As sua fabricações levaram mais de um ano.

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