Em novembro de 1917, ocorreu o
leilão do acervo da Empreza Auto-Avenida, que foi à falência em 1916, e arrematado
por Dias Tavares, para utilizá-lo em uma nova empresa, chamada Empresa de
Transporte, Comércio e Indústria (1).
A
mesma teve seu contrato com a Prefeitura do Distrito Federal lavrado em 27 de
dezembro de 1917 (2).
Então,
em uma notícia divulgada na imprensa, é comunicado aos interessados o projeto
dos estatutos da empresa, como também relaciona seus cinco fundadores e a quais
firmas estavam associados.
(A Noite, 03/06/1917) |
Em
1918, soubemos ter sido eleito José Dias Tavares à presidência da Empresa
de Transporte, Comércio e Indústria.
No
próximo recorte, a tão esperada informação, sobre linha e itinerário que a
empresa faria. Seria Praça Mauá x Lapa, passando pela Avenida Rio Branco,
Avenida Beira-Mar e Rua Teixeira de Freitas, e o preço de sua passagem era de
$200 (duzentos réis).
(Gazeta de Notícias, 14/12/1917) |
Em
nota da Prefeitura, publicada, segue o texto: “A Empreza de Transporte
Commercio e Industria, requereu ao Sr. Prefeito licença para fazer trafegar, na
Avenida Rio Branco, novos typos de autoomnibus pequenos, em substituição
aos actuaes, não tendo ainda obtido despacho” (3).
No
FÔRO, transcrevemos o que foi encontrado: “Patente de invenção - Infracção de
privilegio - Queixa crime - Condemnação - ... José Dias Tavares, Presidente da
Empreza de Transporte, Commercio e Industria... Com relação ao accusado José
Dias Tavares, o Juiz julgou-o isento de pena e culpa, por não ter ficado
provado o fabrico e uso do apparelho patenteado” (4).
Nosso
entendimento é que a empresa era mais voltada para o transporte de cargas do
porto do Rio, mas que em alguma época fez também transporte de passageiros.
Em
outras palavras, temos muito poucas referências desta empresa, não sabemos até
quando circulou, mas fazemos questão de postar esse pouco material, para não
deixar passar em branco parte da história dos transportes da antiga capital
federal.
Referências:
(1) – Site
MILBUS;
(2) – Livro
da Prefeitura do Distrito Federal, 1934;
(3) – Jornal
do Brasil, 16/01/1919 e
(4) – Jornal
do Brasil, 13/02/1919.
Cunha, eu e Edegar coletamos um registro sobre uma empresa de nome Companhia de Transportes Comercial Importadora do Rio de Janeiro. Como se trata de uma reportagem pode ser que tenham se equivocado com o nome. A referida existiu ao menos entre 1927 e 1959. Será que tinha alguma relação com esta?
ResponderExcluirNão Prazs, não é equivoco do jornal não. Esse nome citado na pergunta pertenceu a uma das razões sociais da Estrela do Norte, que você poderá localizar a informação na matéria dela. Abraços.
ExcluirOk, fui lá na pasta da Estrella do Norte. Bateu a informação. Grato.
ResponderExcluirLegal Prazs. Grato e abraços.
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