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Ficha da Lubrasa (anos 1949-1950) |
Em anúncio
publicado na imprensa em outubro de 1946, a Transportadora Lubrasa S/A
comunicava ao público ter adquirido a empresa ‘Independência Auto Ônibus Ltda.’,
bem como todo o acervo correspondente às linhas de ônibus 81 e 82 – Grajaú x
Santa Rita, que pertenciam à Viação Cruz de Malta, como veremos adiante.
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(A Noite, 30/10/1946) |
No início do mês
seguinte, a Lubrasa divulgava novo anúncio, desta vez comunicando ter comprado
à Viação Cruz de Malta as linhas acima mencionadas, 81 e 82, além de ter
adquirido à firma Castro e Silva Cia. Ltda. “uma frota de dez modernos ônibus”.
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(A Noite, 08/11/1946) |
Mais adiante, em
janeiro de 1948, outro aviso da Lubrasa era divulgado na imprensa, agora a
respeito da inauguração, no dia 20 daquele mês, da linha 107 – Grajaú x
Laranjeiras, com o seguinte itinerário: Rua Caruaru (esquina de Canavieiras),
Av. Júlio Furtado, ruas Borda do Mato, Bambuí, Rosa e Silva, Praça Nobel, ruas
Sá Viana, Barão de Mesquita, Uruguai, Conde de Bonfim, Almirante Cochrane,
Mariz e Barros, Av. Presidente Vargas, Av. Rio Branco, Av. Beira-Mar, Rua do
Catete, Praça Duque de Caxias (Largo do Machado), Rua das Laranjeiras e Praça
General Glicério.
No mesmo anúncio
a empresa aproveitava para comunicar que, a partir de 21 de janeiro, as linhas
81 e 82 passariam a ter o seu ponto terminal à Praça da Candelária.
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(Diário da Noite, 21/01/1948) |
Ainda no mesmo
mês, a firma ‘PROPAC’ divulgava um anúncio comercial, apregoando que uma frota
de Pusher Bus Reo, estava em serviço
na já mencionada linha 107, da Transportadora Lubrasa S/A. Eram ônibus com
diversas ‘modernidades’, tais como: teto duplo, “para isolamento térmico e
refrigeração interna e do motor”; carroceria inteiriça de aço, “para maior
segurança e durabilidade”; portas de comando pneumático e freios Westinghouse (ar comprimido) nas 4
rodas.
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Correio da Manhã, 25/01/1948) |
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Ônibus da Lubrasa (linha 107 - Grajaú x Laranjeiras) (Cia. de Ônibus - acervo Leonardo Roseira) |
Agora, em maio
de 1948, mais uma inauguração era anunciada pela empresa. Tratava-se da linha
115 – Grajaú x Cosme Velho, com o seguinte itinerário: Rua Mearim, Rua Araxá,
Av. Júlio Furtado, Rua Caruaru, Rua Barão de Mesquita, Praça Saenz Peña, ruas
Conde de Bonfim, Haddock Lobo, Machado Coelho, Av. Presidente Vargas, Av. Rio
Branco, Praça Paris, Rua do Catete, Rua Bento Lisboa, Largo do Machado, Rua das
Laranjeiras e Cosme Velho.
Suas seções:
Grajaú à Afonso Pena, Cr$1,00 (hum cruzeiro); Afonso Pena à Lapa, Cr$1,00 (hum
cruzeiro); Estrada de Ferro ao Cosme Velho, Cr$1,00 (hum cruzeiro) e direta,
Cr$2,50 (dois cruzeiros e cinquenta centavos).
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(A Noite, 17/05/1948) |
Segue a imagem
de um recorte de jornal, de novembro de 1948, com a relação das linhas
exploradas pela empresa.
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(Diário da Noite, 01/11/1948) |
E através da
notícia de um acidente ocorrido ainda em novembro de 1948, confirmamos a
existência de uma das linhas então exploradas pela Lubrasa, a 48 – Clube Naval
x Laranjeiras, como os leitores poderão verificar a seguir. Esta linha
pertencera à Viação Excelsior.
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(Diário da Noite, 03/11/1948) |
Menos de um ano
depois, um grave incêndio ocorreu na garagem da empresa, à Rua Engenheiro
Richard, nº 21 – Grajaú. Leiam adiante.
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(Diário Carioca, 07/10/1949) |
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(Diário da Noite, 07/10/1949) |
Em abril de 1950
a Lubrasa mandou publicar, no periódico ‘Diário Carioca’, seu relatório e
contas da gestão, relativos ao ano de 1949.
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(Diário Carioca, 19/04/1950) |
Passando os
olhos por esse relatório, verificamos que a situação da empresa já não era das
melhores, tendo inclusive sido paralisadas, em junho de 1949, a circulação das
linhas 48, 82 e 107, permanecendo em operação com a linha 115, porém com o
mesmo trajeto da 107. E mais adiante foi paralisada também a linha 81.
Em maio de 1950
começaram a circular notícias da reintegração de posse dos ônibus ‘gostosões’,
de marca Reo, da linha 115, contra a
Lubrasa, que “não pagou as duplicatas” junto ao Banco da Prefeitura.
Na notícia a
seguir, vejam que após o incêndio ocorrido na garagem do Grajaú, em outubro de
1949, os ônibus da empresa, que eram pintados de cinzento, passaram a circular
com a cor verde, e suas linhas não mais partiam daquele bairro, mas sim da
Central, indo até o Cosme Velho.
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(Diário Carioca, 18/05/1950) |
A Transportadora
Lubrasa S/A acabou por ter sua falência decretada em junho de 1950.
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(A Noite, 30/06/1950) |
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(Diário da Noite, 30/06/1950) |
Ainda houve
tempo para que ocorresse um acidente com um carro da empresa, da linha 155 (um
equívoco, pois certamente era 115), Estrada de Ferro x Laranjeiras, como
poderão verificar pela notícia adiante.
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(A Noite, 16/08/1950) |
E também a
divulgação da reclamação dos moradores do Grajaú, bairro eminentemente
residencial, com relação à falta de higiene, ao barulho (sobretudo o noturno) e
às ameaças de incêndio, na garagem da Lubrasa.
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(Correio da Manhã, 05/11/1950) |
Cabe-nos aqui
informar que a linha 115 passou em 1951 para a T.U.R.I. Ltda., a qual ainda
será motivo de postagem aqui no blog.
[Pesquisa de
Claudio Falcão e Eduardo Cunha]