A primeira
referência que encontramos sobre a Viação Mendanha relaciona-se a um despacho
“deferido” a 2 de dezembro de 1932, sem maiores detalhes (1).
Já em setembro
de 1939, através de uma notícia publicada no periódico ‘Correio da Manhã’,
verificamos que a empresa havia licenciado dois novos veículos naquele ano.
(Correio da Manhã, 26/09/1939) |
Um apelo
dirigido por moradores da localidade de Mendanha, em Campo Grande, ao Conselho
Nacional do Petróleo, publicado em fevereiro/1943 na seção de cartas dos
leitores do jornal ‘Diário de Notícias’, solicitava uma quota maior de gasolina
para a empresa da zona oeste, a fim de que a mesma pudesse prestar um melhor
serviço aos usuários. Certamente era o reflexo dos tempos difíceis da II Guerra
Mundial.
(Diário de Notícias, 13/02/1943) |
Pequeno anúncio
da empresa, mencionando a razão social Viação Mendanha Ltda., foi divulgado em
março/1944 no ‘Jornal do Brasil’, no qual o então proprietário, Avelino Lopes
da Silva Filho, informava ter adquirido a Viação Santa Cruz do Sr. Ataualpa
Pereira da Silva (2).
Nova carta dos
leitores do ‘Diário de Notícias’, agora em setembro/1949, mencionava uma linha
que era então explorada pela Viação Mendanha: Campo Grande x Serrinha. As
reclamações quanto às viagens muito espaçadas e com os ônibus superlotados
repetiam-se.
(Diário de Notícias, 22/09/1949) |
Mais uma
reclamação dos moradores com relação à Viação Mendanha, agora publicada no
jornal ‘A Manhã’, em fevereiro/1950, denunciava que os ônibus da empresa não os
estavam conduzindo ao ponto final da linha, a localidade de Serrinha, só os
levando “até a metade da viagem” e cobrando “o mesmo preço da passagem”.
(A Manhã, 15/02/1950) |
Através da
notícia de um grave acidente ocorrido em junho/1951 na Estrada do Monteiro, em
Campo Grande, publicada no periódico ‘A Noite’, verificamos que a Viação
Mendanha estava operando uma nova linha, “Pedra” (de Guaratiba).
(A Noite, 06/06/1951) |
Outra linha que
a empresa operou foi a Barra (de Guaratiba) x Campo Grande. Vejam adiante a
notícia de um atropelamento que teve lugar em julho/1955 na mesma Estrada do
Monteiro do acidente acima mencionado, no qual um veículo da linha “Barra” esteve
envolvido.
Diário Carioca, 24/07/1955) |
Foi a última
referência que localizamos em jornais sobre a Viação Mendanha.
Notas:
(a) – Pelo livro
‘Guerra de Posições na Metrópole’ verificamos que a empresa teve sua garagem à
Estrada do Mendanha, nº 944.
(b) – E através
de pesquisas realizadas no D.O.U./DF, tomamos conhecimento que a Viação
Mendanha operou com a linha S-53 – Campo Grande x Mendanha, de 1939 a 1956, bem
como a linha Campo Grande x Serrinha, em 1957 e a S-43 – Bangu x Largo do
Mendanha, esta em 1958. A linha Campo Grande x Mendanha posteriormente foi
explorada pela Viação Garcia Ltda.
Referências:
(1) – Jornal do
Brasil, 03/12/1932.
(2) – Jornal do
Brasil, 03/03/1944.
[Pesquisa de
Claudio Falcão e Eduardo Cunha]
Cunha, fiquei radiante com tantas informações históricas e fundamentais para minhas pesquisas. Só uma observação: Segundo minhas pesquisas, a Viação Mendanha sai de cena pra entrar a Viação Garcia que era da mesma família ''Garcia Ferreira''. O patriarca Sr Francisco deixou o 'bastão' para seus filhos (supostamente) Walter e Marcos, donos da Viação Garcia. Confere?
ResponderExcluirPrazs, grato pela informação, mas como a empresa já era Ltda., eu não me preocupo em relacionar seus proprietários e só quando ela é individual, quando sei, eu cito. Sobre ela ter se transformado na Garcia, não tenho informações sobre isso e então também não toquei no assunto, porém cito no texto, que uma de suas linhas, a S-53, foi posteriormente explorada pela Garcia. Abraços.
ExcluirCunha, expus um tópico em minhas pesquisas que, de fato, a Mendanha sai de cena em torno de 1954 e entra em cena a Viação Garcia (mesma família). Portanto, eu chego a conclusão que a Garcia assumiu geral a partir de 1955 em diante, conforme as pesquisas.
ResponderExcluirPrazs, você quer dizer que todas as linhas que eram da Mendanha passaram para a Garcia? Concordo, pois como era uma das poucas empresas existentes na região e como uma delas foi absorvida por ela, com grande certeza as demais linhas também. Pode ter até sido, troca de razão social, já pensou nessa hipótese?
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