A primeira
referência que encontramos sobre a Empresa de Transportes Juçara relacionava-se
a uma explosão, seguida de um incêndio, ocorrida em um dos seus micro-ônibus da
linha 241 – Castelo x Cavalcanti, em dezembro de 1955, quando o mesmo era
abastecido, com passageiros a bordo.
(Correio da Manhã, 06/12/1955) |
Agora
apresentamos três imagens do ano de 1956, concernentes à linha 241.
(Mundo Ilustrado, 08/08/1956) |
(ver imagem abaixo) |
Tríplice colisão, em que se envolveu o 241 (E. T. Juçara), sendo que o ônibus da linha 201 pertencia à Viação Oswaldo Cruz (Arquivo Público do Estado de São Paulo) |
Já no final de
1957, verificamos em nota do extinto periódico ‘Correio da Manhã’, que a
empresa teve sua permissão cancelada pela PDF, em vista de ter sido provado que
se tratava de uma empresa de “agregados”, contrariando o regulamento vigente.
(Correio da Manhã, 22/12/1957) |
Outros jornais
da cidade também se ocuparam do assunto, como o ‘Diário de Notícias’ e o
‘Diário da Noite’, noticiando que várias empresas, entre elas a Juçara, foram
acusadas de terem sido beneficiadas por um determinado vereador, tendo então
sido “canceladas as facilidades proporcionadas” a elas, que tiveram suas
permissões de funcionamento canceladas.
(Diário de Notícias, 22/12/1957) |
(Diário da Noite, 24/12/1957) |
Em nota do
‘Jornal do Brasil’, em setembro de 1958, confirma-se que houvera a cassação da
mencionada linha, pelo motivo acima exposto pelo ‘Correio da Manhã’.
(Jornal do Brasil, 09/09/1958) |
Já em dezembro
do mesmo ano, um motorista profissional, alegando ter adquirido um ônibus à
empresa, do antigo proprietário, Oldemar Lourenço Bispo, apresentou denúncia
contra os novos dirigentes da Transportes Juçara, José Ascêncio Lucas, Raul
Mendes e Werner Provenzano, alegando que estava pagando as prestações em dia,
porém o veículo continuava circulando em nome do vendedor, e que estaria sendo
ameaçado por José Ascêncio de que se “arrependeria” caso pedisse abertura de
inquérito. Este último pleiteava a apreensão do ônibus.
Vejam mais
detalhes a seguir.
(Diário Carioca, 19/12/1958) |
(Diário da Noite, 19/12/1958) |
Em cartas
dirigidas à redação da ‘Luta Democrática’, ainda em dezembro de 1958, e ao
‘Diário Carioca’, no mês seguinte, José Ascêncio Lucas contestava as acusações
do motorista, de que mandara apreender o ônibus em questão, alegando, ainda,
que não mais fazia parte da sociedade, por ter cedido suas cotas a Raul Mendes
e Werner Dalmato Provenzano.
(Luta Democrática, 23/12/1958) |
(Diário Carioca, 07/01/1959) |
Concluímos esta
postagem informando que temos conhecimento de que a Empresa de Transportes
Juçara e a Empresa de Ônibus União Ltda. operavam em 1959, e que possivelmente
a primeira foi encampada pela segunda, visto que nada mais localizamos sobre a
E. T. Juçara nos periódicos por nós pesquisados.
[Pesquisa de Claudio
Falcão e Eduardo Cunha]
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