Foi uma pequena
nota publicada em maio de 1936 no ‘Jornal do Brasil’ a mais remota notícia que
tivemos sobre a Viação Santa Thereza.
Tratava-se de um
despacho definitivo, “deferido”, da Diretoria dos Serviços de Utilidade Pública
da PDF, para a empresa.
Teria sido a
autorização para que a empresa passasse a circular com seus ônibus?
E cerca de um
mês depois, já vinha a primeira multa.
Através da
notícia de um incêndio ocorrido em um dos seus carros, em dezembro de 1937,
verificamos que a Viação Santa Thereza operava uma linha para Madureira.
E a informação
se completava, logo no mês seguinte, com um acidente em Rocha Miranda, que
envolveu um dos seus carros, que circulava na linha S-25 – Madureira x Coelho
Neto (operada depois pela Viação Santos Dumont), e dois caminhões.
(Correio da Manhã, 04/01/1938) |
(Jornal do Brasil, 04/01/1938) |
Ainda no mesmo mês, chegavam pelo ‘Jornal do Brasil’ reclamações quanto ao pequeno número e ao mau estado dos ônibus da empresa, que no dizer deste periódico fazia “as diversas linhas”: S-21 – Madureira-Colégio (também explorada depois pela Viação Santos Dumont), S-24 – Madureira x Bento Ribeiro (depois Madureira x Honório Gurgel, via Bento Ribeiro, operada posteriormente pela Viação Estrela do Norte), etc.
Adiante, mais
uma multa dirigida a um dos carros da empresa.
E agora, novo
acidente com um dos seus veículos, em Madureira, com vítima fatal.
A seguir, uma intimação
para quitação de débito.
E ainda no mesmo
mês, intimação para retirar um dos seus carros de circulação, que deveria ser
substituído por um novo ou reformado.
No final de
outubro de 1939, mais um acidente com um dos seus ônibus.
Outro acidente
com vítima fatal, agora em fevereiro de 1940.
Ainda em
fevereiro de 1940, nova multa contra a empresa, “por ter deixado de observar o
horário em duas de suas linhas” (o detalhe sublinhado é nosso).
E, adiante, temos
mais reclamações quanto à irregularidade no cumprimento dos horários e na
“falta de conforto” dos carros da linha Madureira x Colégio, da empresa.
Depois dessa
data nada mais localizamos sobre a Viação Santa Thereza nos jornais por nós
pesquisados, embora saibamos ainda que, na década de 40, a empresa também explorou
a linha Madureira x Pavuna, da qual não sabemos o número.
[Pesquisa de
Claudio Falcão e Eduardo Cunha]
O "Ônibus 261" a que se referem as notícias, seria o mesmo veículo ? Três acidentes com o "261"....
ResponderExcluirOlá Jaime, grato pela pergunta, muito propícia. Ela serve para vermos, no caso, que não só era o mesmo carro nas 3 situações, como que em duas delas era o mesmo motorista. Aí cria-se uma outra pergunta, quantos ônibus trafegavam por este percurso, somente 1? Um abraço e bom dia.
ExcluirQuanto ao carro 261, pelo menos em três situações tratou-se do mesmo acidente. No geral a matéria está esplêndida... Edu, veja aquele DOU de 28/11/1945 em minhas pesquisas para anexar aqui. A Viação Santa Teresa sobreviveu até 1945.
ExcluirPrazs, como citei na outra resposta, em breve estarei incluindo, valeu.
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