domingo, 14 de fevereiro de 2016

Viação Santa Thereza

Foi uma pequena nota publicada em maio de 1936 no ‘Jornal do Brasil’ a mais remota notícia que tivemos sobre a Viação Santa Thereza.

Tratava-se de um despacho definitivo, “deferido”, da Diretoria dos Serviços de Utilidade Pública da PDF, para a empresa.

Teria sido a autorização para que a empresa passasse a circular com seus ônibus?

(Jornal do Brasil, 13/05/1936)

E cerca de um mês depois, já vinha a primeira multa.

(Jornal do Brasil, 17/06/1936)

Através da notícia de um incêndio ocorrido em um dos seus carros, em dezembro de 1937, verificamos que a Viação Santa Thereza operava uma linha para Madureira.

(Correio da Manhã, 14/12/1937)

E a informação se completava, logo no mês seguinte, com um acidente em Rocha Miranda, que envolveu um dos seus carros, que circulava na linha S-25 – Madureira x Coelho Neto (operada depois pela Viação Santos Dumont), e dois caminhões.

(A Noite, 03/01/1938)

(Correio da Manhã, 04/01/1938)

(Jornal do Brasil, 04/01/1938)

Ainda no mesmo mês, chegavam pelo ‘Jornal do Brasil’ reclamações quanto ao pequeno número e ao mau estado dos ônibus da empresa, que no dizer deste periódico fazia “as diversas linhas”: S-21 – Madureira-Colégio (também explorada depois pela Viação Santos Dumont), S-24 – Madureira x Bento Ribeiro (depois Madureira x Honório Gurgel, via Bento Ribeiro, operada posteriormente pela Viação Estrela do Norte), etc.

(Jornal do Brasil, 19/01/1938)

(Livro '100 Anos de Ônibus na Cidade do Rio de Janeiro')

Adiante, mais uma multa dirigida a um dos carros da empresa.

(Diário de Notícias, 29/07/1938)

E agora, novo acidente com um dos seus veículos, em Madureira, com vítima fatal.

(O Jornal, 21/03/1939)

A seguir, uma intimação para quitação de débito.

(Diário Carioca, 12/04/1939)

E ainda no mesmo mês, intimação para retirar um dos seus carros de circulação, que deveria ser substituído por um novo ou reformado.

(Diário Carioca, 20/04/1939)

No final de outubro de 1939, mais um acidente com um dos seus ônibus.

(O Jornal, 01/11/1939)

Outro acidente com vítima fatal, agora em fevereiro de 1940.

(Correio da Manhã, 08/02/1940)

Ainda em fevereiro de 1940, nova multa contra a empresa, “por ter deixado de observar o horário em duas de suas linhas” (o detalhe sublinhado é nosso).

(O Imparcial, 21/02/1940)

E, adiante, temos mais reclamações quanto à irregularidade no cumprimento dos horários e na “falta de conforto” dos carros da linha Madureira x Colégio, da empresa.

(Jornal do Brasil, 05/04/1940)

Depois dessa data nada mais localizamos sobre a Viação Santa Thereza nos jornais por nós pesquisados, embora saibamos ainda que, na década de 40, a empresa também explorou a linha Madureira x Pavuna, da qual não sabemos o número.

[Pesquisa de Claudio Falcão e Eduardo Cunha]

4 comentários:

  1. O "Ônibus 261" a que se referem as notícias, seria o mesmo veículo ? Três acidentes com o "261"....

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    1. Olá Jaime, grato pela pergunta, muito propícia. Ela serve para vermos, no caso, que não só era o mesmo carro nas 3 situações, como que em duas delas era o mesmo motorista. Aí cria-se uma outra pergunta, quantos ônibus trafegavam por este percurso, somente 1? Um abraço e bom dia.

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    2. Quanto ao carro 261, pelo menos em três situações tratou-se do mesmo acidente. No geral a matéria está esplêndida... Edu, veja aquele DOU de 28/11/1945 em minhas pesquisas para anexar aqui. A Viação Santa Teresa sobreviveu até 1945.

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    3. Prazs, como citei na outra resposta, em breve estarei incluindo, valeu.

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